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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O título 'From The Ground Up' faz alusão à 'From The Sky Down'

O site U2.COM informa: ‘From The Ground Up – U2 360° Tour Official Photobook’ é o livro oficial de fotos da turnê 360° do U2 e traz fotos do fotógrafo Ralph Larmann e texto de Dylan Jones. O livro será lançado em outubro, mas a pré-venda já estará disponível na próxima semana.

Do site: www.ultraviolet-u2.com

Curiosidade: O título 'From The Ground Up' (Do Chão Para Cima) faz alusão ao título do documentário de 20 anos do álbum 'Achtung Baby', batizado de 'From The Sky Down' (Do Céu Para Baixo).

O áudio da canção "Oh Berlin"

"Oh Berlin (Analogue Mix 1 190711)" é uma das canções inéditas presentes em edições especiais de 20 anos de 'Achtung Baby' do U2.
Assim como já tinha acontecido com canções das edições especiais de aniversário de 'The Unforgettable Fire" e "The Joshua Tree", a canção 'Oh Berlin' (certamente gravada em Berlim no Hansa Studios) traz uma base instrumental original analógica da época (não editada em 1991), com um novo vocal digital de Bono gravado no ano de 2011, 20 anos depois da canção ter nascido.

Bono e as gravações da faixa "I've Got You Under My Skin" - 3° Parte

Quando Bono retorna à cabine de controle para a gravação, Ramone toca a composição que ele montou e é ótima. Ele usou a primeira metade do solo estilo trompete e terminou com as “la-las” estilo Oktoberfest. Ele fez escolhas inteligentes durante todo o tempo com relação às mixagens. Esses velhos caras estão muito bem! Como Phil tem se mostrado tão legal quanto a isso, Bono decide lhe golpear com esta:
“Já que Frank está cantando: ‘Don't you know, little fool, you never can win’[ ‘Você não sabe, pequeno tolo, você nunca pode ganhar’]”, Bono diz com um sorriso enorme, tentando disfarçar a intenção, "Que tal seria seria se na segunda vez eu dissesse: ‘Don't you know, old fool, you never can win?’ ['Você não sabe, velho tolo, você nunca pode ganhar?’]"
Ramone e Rubin olham para ele.
"Algo assim", Bono diz, mostrando um grande sorriso e emotivo como um ministro metodista: "Don't you know, old foooool"
Ramone e Rubin olham para ele.
"Como um pai e filho", Bono diz. "Mas não tanto como lutar pelo mesmo carro e sim como lutar pela mesma garota".
Ramone e Rubin olham um para o outro. Eles olham para Bono. Finalmente Ramone diz: "Ok, vamos tentar. E se o velho não gostar, que tipo de botas que você gosta mais? De borracha ou cimento?"
Há uma longa pausa e então Bono sorri e diz: "Eu quero o tipo de botas que Nancy veste!" Todo mundo ri. (Para os leitores mais jovens que podem não saber, as botas de Nancy Sinatra, foram feitas para caminhar'.)
Bono tenta cantar o verso do Velho Tolo e todo mundo fica incomodado. Parece desagradável. Assim, ele tenta: “Don't you know, Blue Eyes, you never can win”. ["Você não sabe, Olhos Azuis, você nunca pode ganhar"]. Esta recebe uma recepção muito melhor dos produtores.
Na seguinte tomada Bono canta a música inteira, sem ouvir o vocal de Sinatra. Na primeira volta do verso ele canta "Olhos Azuis”, na segunda vez ele irrompe em um sorriso tão largo que poderia absorver o microfone, e canta: “Don't ye know y'auld fool, ye never can win!” ["Não sabes meu velho tolo, nunca pode ganhar!"] como uma feliz vovózinha irlandesa provocando seu amado marido. Quando Ramone toca a fita de novo todos explodem de rir. Bono está muito contente. Ele está orgulhoso pela forma como a música está ficando.
Pela hora do jantar Bono termina seu trabalho. Ramone segue trabalhando por um tempo ainda. 


Agradecimento: Forum UV Brasil

Sorria Larry Mullen: uma das maiores fortunas do mundo entre os bateristas

Ringo Starr pode não ter sido o beatle mais famoso, mas ao menos lidera a lista dos bateristas mais ricos do mundo. Aos 72 anos, Ringo é dono de uma fortuna de mais de US$ 300 milhões, superando outros colegas de baquetas como Phil Collins e Dave Grohl, que detém US$ 250 milhões e US$ 225 milhões, respectivamente.
A lista é organizada pelo site Celebritynetworth.com e ainda conta com Don Henley, do Eagles, na quarta posição, com US$ 200 milhões, seguido por Lars Ulrich, do Metallica, com US$ 175 milhões.
Outros nomes são Charlie Watts, dos Rolling Stones, Larry Mullen, do U2 (7° posição), Roger Taylor, do Queen, Joey Kramer, do Aerosmith e Chad Smith, do Red Hot Chili Peppers.

Do site: http://www.d24am.com

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Miles Davis ouvia o álbum 'The Unforgettable Fire' antes de sua morte

Ao gravar os vocais para a nova versão de "I've Got You Under My Skin" em 1993, o pensamento de Bono estava em Miles Davis. Depois de três dias vestindo suas camisetas de Miles, seu estilo jazzista tinha se infiltrado debaixo de sua pele. 
Miles disse uma vez à Bono que o estilo de voz de Sinatra havia influenciado o estilo de Davis com sua trombeta. Essa poderia ser a forma em que Bono estava se reconectando com essa influência, de devolver o favor.
Quando a lenda do jazz Miles Davis estava em seus últimos meses de vida, às vezes ele pedia para ouvir o álbum 'The Unforgettable Fire'. Era um dos seus 10 álbuns favoritos!

A versão alternativa de "Even Better Than The Real Thing" presente em 'Kindergarten'

Esta versão alternativa de "Even Better Than The Real Thing" presente em 'Kindergarten' traz um take da canção mais cru, menos processado e com menos efeitos. A voz de Bono foi duplicada. A estrutura é inconfundível, trazendo o solo clássico e cortante de Edge, e com uma letra completa, em vez de improvisada (e bem diferente da letra da versão final presente em 'Achtung Baby'). Esta versão é nitidamente de um trabalho ainda em andamento, e uma faixa muito interessante do disco baby. Foi registrada no Hansa Ton Studios, em Berlim.

Confira a versão de "Even Better Than The Real Thing" de 'Kindergarten', e sua letra:


I'm sliding, sliding down the surface of things
Skin-diving, riding on the waves that she brings
Won't you lay me down in the silver sound
While the moon is high, no one around
I'm sliding, sliding down the surface of things
Yeah

You're the real thing
Gimme gimme the real thing
Yeah, you're the real thing
Even better than the real thing, child

You're a drag star, you sent me a song of speed
You're electric guitar, it's a habit I've gotta feed
Check it out, someone
You're a high wire, an acrobat
A wrestler, take away the mat
You're a drag star, I'll be your spin machine
Oh yeah, let's go

You're the real thing
Gimme gimme the real thing
You're the real thing
Even better than the real thing, child

I wanted it
I want to cross the rich and powerful
Ride your love, your gold skin
Girl, your love

Take me higher
Take me higher
You take me higher
You take me higher
Take me higher
You take me higher
Take me higher
You take me higher

Even better than the real thing
Yeah, you're the real thing

Bono e as gravações da faixa "I've Got You Under My Skin" - 2° Parte

Quando Frank chegou até o estúdio para fazer seus du-bi-dus, ele teve a mesma reação que tiveram muitos críticos de música sobre esta idéia: "O que é isso? Por que deveria gravar canções que eu já havia gravado antes?" Ramone e Rubin rogaram e o bajulavam e Sinatra fez uma tentativa, mas a primeira noite acabou mal. O cantor saiu mais cedo com muito mal humor, deixando Ramone num ânimo ainda pior. O convenceram de ir novamente e prometeram não pedir-lhe para cantar qualquer canção mais que duas vezes. Sinatra, sob sua pose de durão, inseguro sobre o interesse de seu público, entregou um excelente trabalho. Ramone tocou uma versão mal-assombrada de "One For My Baby (And One More For The Road)". Bono destaca que quando Sinatra gravou pela primeira vez esta música na década de 1950 ele estava olhando para a estrada à frente. Agora ele está olhando para a estrada que percorreu.
"Tenho 33 anos", Bono diz a Ramone, "e eu estou começando a ter uma idéia do que é esse caminho. Frank já sabe".
Bono se senta em um pequeno sofá na sala de controle, pega um microfone e diz: "Vamos fazer um mapa". Durante a hora seguinte, ele canta a canção de cinco maneiras diferentes. Em uma delas ele faz tudo em falsete, em outra ele murmura de forma meio louca, como na regravação de "Night And Day", de Cole Porter que o U2 fez em 1990. A terceira vez ele canta todas as suas linhas com um atraso, de modo que elas fazem eco às de Sinatra. A quarta vez, quando o arranjo instrumental surge, Bono desencadeia um alto e ressonante solo, soando como soaria Margaret Dumont se ela engolisse uma trombeta. Don Rubin quase pula da cadeira surpreendido.
Ramone gosta da primeira parte do solo estilo trompete de Bono, mas acha que ele perde o fio até o final. O produtor pede ao cantor para repensar a conclusão e Bono lhe diz para reverter a fita e ouvir isto: Bono se transforma em Gavin Friday, bailando ao estilo Brechtiano ‘la la la’ como se fosse um soldado nostalgico balançando uma jarra de cerveja na Casablanca. É tão exagerado que se torna perigoso; seria fácil para um ouvinte não familiarizado com Bono, pensar que ele estava apenas gozando, uivando como um bêbado em Vegas em pleno show de Dean Martin.
Ramone e Rubin acabam rindo. Eles parecem tão complacentes e impressionados que Bill Flanagan se pergunta se eles estão sendo sinceros. Ramone é um grande urso beatnik de barba grisalha. Rubin é leve e meticuloso, impecavelmente vestido para o verão com calças, suéter claro, meias claras e sapatos claros. (Ele explicou o que usou para produzir Bobby Darin com uma gravidade histórica perdida com Bono.) Se estes dois sairem e trabalharem em um mix final, que inclua algumas das excentricidades de Bono, esta será uma estranha e interessante faixa, algo como um pequeno texto secreto de música pop com a voz de Bono servindo de contraste que comenta e acentúa a voz de Sinatra. Mas os dois velhos produtores poderiam estar simplesmente cedendo a estrela do rock para que eles possam ir para casa e delinear juntos um dueto convencional.
Ramone sugere que Bono vá almoçar enquanto ele monta um esquema de mixagem.

Agradecimento: Forum UV Brasil

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A versão alternativa de "One" presente em 'Kindergarten'

"One" é o terceiro single do álbum 'Achtung Baby', sendo lançada como single em 2 de fevereiro de 1992. Durante a gravação do álbum, o conflito surgiu entre os membros da banda sobre a direção do som do U2 e qualidade de seu material. As tensões quase levaram a banda a se separar, até que The Edge compôs uma progressão de acordes que inspirou o grupo a improvisar a música. A mixagem da música foi trabalhada durante o resto das sessões do álbum. A letra, escrita por Bono, descreve as lutas para manter relações com os outros, mas têm sido interpretada de diversas outras maneiras. A demo era conhecida como "Young Blood".
A canção já foi aclamada como uma das maiores canções de todos os tempos.
Inicialmente, Brian Eno queria que a banda removesse os elementos de melancolia de uma das versões iniciais da música, e levou eles para a remoção também, do acústico inicial da canção.
É esta versão acústica só com violão que está presente no disco 'Kindergarten' nas edições especiais de 20° aniversário do álbum.
"A mixagem final foi concluída em setembro de 1991, no Windmill Lane Studios, na última noite de gravação das sessões do álbum, quando algumas adições foram feitas para "One". Bono não gostou de uma linha no vocal e passou a maior parte do dia, regravando-a.
A versão acústica presente no disco 'Kindergarten' tem o mesmo take vocal de Bono da versão final de 'Achtung Baby'. A versão mais 'insignificante' do disco, com uma bateria muito estranha. Poderiam ter caprichado mais nesta escolha, e terem inserido a versão mostrada brevemente no Achtung Baby Solicitation Kit (falarei sobre ele depois de vocês escutarem a versão de "One" do 'Kindergarten').
Como este diário das gravações diz que adições foram feitas e Bono regravou uma linha vocal da canção, é bem provável que esta versão presente em 'Kindergarten' seja um take montado à partir da primeira versão da canção (acústica) e da versão final (adições e vocal regravado).

Ouça a versão de "One" presente em 'Kindergarten':


Conforme prometido: Em 1991, foi lançado em modo promocional um kit do álbum 'Achtung Baby' para a imprensa, chamado 'Achtung Baby Solicitation Kit', que continha uma fita cassete trazendo um medley de 4 canções que seriam os singles do álbum.
O trecho contido no K7, de pouco mais de 1 minuto e meio de "One", tem um vocal de Bono diferente da versão final contida no album.

'Anton Corbijn Inside Out': assista à um clipe de Bono falando sobre o fotógrafo


O novo documentário sobre Anton Corbijn, famoso fotógrafo de rock e diretor de 'Control' e 'The American', explora a relação entre o artista e alguns de seus temas. Neste pequeno clipe, Bono, vocalista do U2, explica como são os laços entre ele, Corbijn e a banda. 'Anton Corbijn Inside Out' será lançado em cinemas do Reino Unido na sexta-feira, 14 de Setembro e estará disponível em DVD à partir de 17 de setembro.

A versão alternativa de "Who's Gonna Ride Your Wild Horses" presente no álbum 'Kindergarten'

O sexto disco das edições especiais de 20° aniversário do álbum “Achtung Baby” do U2; é batizado de “Kindergarten” (Jardim de Infância) e traz versões alternativas de todas as faixas originais do álbum.
A faixa de maior destaque é "Who's Gonna Ride Your Wild Horses", pois é uma versão totalmente diferente da versão original, com uma letra totalmente modificada. É a versão gravada no STS Studios em 1990.
A explicação desta incerteza e insegurança com a faixa, que vinha sendo trabalhada desde o Hansa Studios em Berlim, é que o U2 sempre deixou bem claro que odiavam esta música. Steve Lillywhite, o produtor da faixa, disse: "Passei um mês trabalhando nela, e eu ainda não acho que foi feita da maneira como poderia ter sido feita. É quase como uma banda de covers, fazendo um momento de U2."
Esta versão presente em "Kindergarten" é só uma de diversas que a canção possui, além de mais de uma dúzia de mixagens. Mesmo depois de chegarem à versão final presente em "Achtung Baby" de 1991, a banda continuou descontente com a faixa e fizeram novos arranjos e uma nova mixagem, "Temple Bar Remix", que fez parte do single da canção lançado em 1992.
Bono escreveu a música para Edge, que estava passando por um divórcio horrível. O divórcio era menosprezado na Irlanda.

Ouça a versão presente em "Kindergarten", e confira a letra:


You're innocence, I'm experience
The windows of my room all look over you
Now the night has turned a different kind of blue

The winds turn as you walk away
Black, was I asking you to stay

I'm a sinner, you're the holy child
But your secret heart is a savage scratching at my door
And your lips of blood have me screaming out
For more and more

You cried, I came for you
I lied, you made it true

Who's gonna ride your wild horses
Who's gonna drown in your blue sea
Who's gonna ride your wild horses
Who would take the place of me

Took a drive in the dirty rain
To a place where the wind calls your name
Only the trees, the river laughing
As she turns away and the car door slams

And you're back, you scratch, your tear off
Your relief for love
And you beg, steal, lie
Like a thief for love

She says, come on now love
Don't you look back
Child that you love

Who's gonna ride your wild horses
Who's gonna ride your wild horses
Who's gonna fall at the foot of thee
Oh no no

I want you now, where are you now
Days unseen and the nights turn mean
Were you talking to me
Was it someone else who could hear you better
When you cried for me
But who was she with, not what you said
Follow you down to the wind, baby

Don't turn around
Don't turn around again
Don't turn around your gypsy heart
Don't turn around
I won't turn around again
Don't turn around again and don't look back
Come on now, love
Don't you look back, child, oh no

Who's gonna ride your wild horses

Bono e as gravações da faixa "I've Got You Under My Skin" - 1° Parte

No início de uma tarde em 1993, Bono se dirige ao STS, um pequeno estúdio de gravação na área do Temple Bar em Dublin, uma espécie de bairro de estudantes/hippies, onde o U2 faz muitas de suas demos. O STS se encontra subindo um lance de escadas estreito, sobre uma loja de discos. No primeiro andar está a cozinha e sala de jantar, no segundo andar está o estúdio de gravação. As janelas têm vista sobre os telhados de barro e chaminés de ladrilho.
Bono entra na pequena cabine do engenheiro de som, onde ele é apresentado ao produtor Phil Ramone e ao executivo da EMI Records, Don Rubin. Eles vieram dos Estados Unidos para este encontro para uma gravação de Frank Sinatra cantando "I've Got You Under My Skin". Bono está aqui para gravar um overdub, outro vocal ao lado de Frank, criando um dueto para o grande álbum de retorno de Sinatra. Ramone enviou a Bono uma cassete da versão de Frank para que ele pudesse se familiarizar com o arranjo. O produtor, amavelmente, tinha gravado em uma fita um cantor americano fazendo uma imitação da sessão de Bono para dar ao nosso herói uma dica de como ele poderia abordar música.
Bono, no entanto, conseguiu (para variar) perder a fita antes de ouvi-la. Quando chegou, ele a meteu no porta-luvas de seu carro, e logo em seguida emprestou o carro para George Regis, um dos advogados americanos do U2, para ir em uma viagem de pesca para o oeste da Irlanda. George voltou na última noite, Bill Flanagan se encontrou com ele em Tosca, o restaurante de Norman Hewson (irmão de Bono), onde ele disse a Bono quanto gostou da fita de Sinatra. "Ah", Bono disse, então ela estava aí!
Então Bono aparece hoje despreparado, mas implacável, com muito entusiasmo. Ele está pronto para cantar com Frank. Ramone é uma espécie de hippie da velha escola de Nova York. Nos anos setenta, ele produziu Paul Simon, Billy Joel e Barbra Streisand. Enquanto coloca a fita e toca para Bono a voz principal que lhe servirá de guia vocal ele diz: "Só como sugestão, não há script aqui". Ramone tem feito que o cantor faça uma sessão vocal com a voz alta, para ficar diferente do tom sempre descendente do Chefe. Bono diz que está tudo bem, ele não tem nenhum problema com o vôo acima do espaço aéreo de Frank.
O projeto de Sinatra é um pouco de um artifício. O 'Velho Olhos Azuis' não fez um novo álbum nos últimos nove anos. Ele não tem interesse em fazer algo similar. Ele diz que não há músicas novas que ele queira cantar (o que dá profundidade à tragédia por Bono ter sido incapaz de fazê-lo considerar "Two Shots of Happy, One Shot Of Sad", ao menos o é para Bono), apesar de que pode significar que não há músicas novas que ele queira ter de aprender. Sinatra continua fazendo turnês regularmente. Algumas noites ele improvisa, de forma fantástica, inventando frases e atuando para compensar a perda da originalidade ou o alcance da voz. Em uma boa noite ele prova porque é considerado o maior cantor popular de sua época. Durante estes shows até os momentos mais foleiros são divertidos e sua famosa grosseria (apresentando o diretor da orquestra, como seu filho, Frank Jr., e, em seguida, tão logo se calam os aplausos, dizendo: "Sua mãe me fez dar-lhe o trabalho, ninguém mais o contrataria".) é perdoável. Além disso, é ótimo ver as velhas senhoras de cabelo azul guinchando e gritando: "Oh, Frankie, você ainda tem o dom!" Em uma noite ruim de Sinatra ele apenas está presente. Ele passeia pelas músicas distraidamente e lê as letras de um teleprompter. Há muito que dizer de sua atitude que dá motivos para que não faça mais nenhum álbum. Se as pessoas querem comprar um disco de Frank Sinatra, existem ainda dezenas nas prateleiras. E ele certamente não fará em seus setenta anos, algo tão bom quanto as profundas obras primas que ele gravou na casa dos trinta. Por que dissolver o legado?
Bem, para fazer um monte de dinheiro, só para dizer um motivo. A EMI, possuidora do Capitol, o selo em que Sinatra fez o seu melhor trabalho na década de 1950, entrou em cena depois que Sinatra deixou sua longa associação com a Reprise Records e sugeriu esta maneira fácil de voltar à gravar. Tudo o que Frank tinha que fazer era ir para um estúdio e cantar as músicas que ele cantava todas as noites no palco. Ramone pegaria as fitas e gravaria por cima, outras pessoas famosas cantando junto com ele. Um gancho excelente de marketing! Uma maneira de chegar a todos os baby boomers, que gostariam de possuir um CD de Frank Sinatra, mas não sabem qual deles comprar. (Um tipo semelhante de estratégia de marketing parece estar sendo planejado para a gravação de um disco de Johnny Cash, para o qual todas as estrelas de rock atualmente estão sendo convidadas a escrever uma canção. Em um único período de 24 horas no mês anterior, Bono, Elvis Costello, e Mark Knopfler disseram à Bill Flanagan: "Adivinha o que estou escrevendo? Uma canção para Johnny Cash".), Bono disse aos produtores de Sinatra desde o início que não queria ser apenas mais uma "estrelinha". E outras celebridades convidadas, Carly Simon, Barbra Streisand, Kenny G não são o que há de melhor. Madonna, aparentemente, desistiu quando soube que seu dueto não seria o único no álbum.

Do livro 'U2 At The End Of The World'.

Agradecimento: Forum UV Brasil

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Tudo sobre a gravação da canção "What's Happened To You", escrita por Bono

Michael Been, da banda The Call, explica sobre a gravação da canção de 1990 "What's Happened To You", com backing vocal de Bono: "Bem, Bono estava na cidade para um período de férias, mas ele queria gravar essa música que ele havia escrito. É uma música country e acho que ele escreveu com Willie Nelson em mente. Ele tentou gravá-la algumas vezes de formas diferentes e não conseguia se sentir bem com os músicos que estavam tocando com ele. T-Bone ouviu a canção e sugeriu à Bono que ele deveria tocar comigo e com Jim. Isto aconteceu durante a mixagem do nosso álbum, e então Tom e Scott tinham ido para casa. Então Bono veio e nós gravamos a música. É uma música muito bonita e parecia bastante grandiosa. Depois ele quis ouvir algumas das coisas que estávamos fazendo. Ele nos disse que ele era "um fã de longe". T-Bone quis ouvir "What's Happened To You" e no momento nós não tínhamos as harmonias, só o meu vocal principal. Então eu disse: "que tal cantar conosco?" E ele disse que sim. Então eu e ele cantamos o refrão e o la, la, e as vozes soaram muito bem juntos.
Bono não precisa cantar em harmonia - sua voz é muito distinta. Mas nós queríamos as vozes para mixar como um coro - para criar um efeito de sonho. E eu sabia que ele seria grande no la, la; porque é uma espécie de melodia irlandesa. Ele é um cara muito bom, e foi bom encontrá-lo depois de todos esses anos."

O bombardeio em Omagh: um dos piores dias na vida de Bono

Em 20 de Novembro de 1998 o U2 cantou 2 músicas para as vítimas de Omagh, em uma edição especial no programa de TV da Irlanda "The Late Late Show".
O show foi um tributo às vítimas do bombardeio em Omagh ocorrido naquele ano. O atentado matou 29 pessoas na Irlanda do Norte e foi atribuido a dissidentes do Ira.
O curioso da apresentação do U2 foi eles terem tocado pela única vez ao vivo até hoje a canção 'North And South Of The River', Lado B do single 'Staring At The Sun'. A outra canção foi "All I Want Is You".

No livro U2 BY U2, Bono comentou sobre o fato: "Militantes unionistas radicais republicanos não gostavam da palavra “compromisso”. Alguns destes militantes separaram-se e um grupo dissidente republicano, conhecido como Continuity IRA, decidiu tentar destruir o processo de paz, que estava dando os primeiros passos, ao fazer explodir um carro bomba no pequeno centro da cidade de Omagh em 15 de agosto de 1998. Matou 29 pessoas e deixou feridos 220 homens, mulheres e crianças que estavam fazendo as suas compras de sábado. Foi o ato mais cruel de covardia numa história de atos covardes levados a cabo por ambos os lados. Lembro-me de estar olhando para a televisão em absoluta descrença. Não havia palavras para o descrever. Não havia nada que se pudesse dizer. Todos na Irlanda estavam em estado de choque. Quando leram o nome de todas as pessoas que morreram na RTE, o país parou. As pessoas choravam nos carros, na O’Connel Street, em todo o lado. Foi um trauma para toda a nação, não só por ter destruído tantas vidas, mas por parecer ser a destruição do processo de paz, que tinha sido meticulosamente preparado, com fita-colante, cola forte e muita fé. Foi difícil a todos os que não eram irlandeses aquilo que sentimos naquele dia. Foi um dos piores dias da minha vida. Talvez porque, de certa forma, tínhamos participado nesse processo. Não conseguia compreender como é que alguém era capaz de uma coisa daquelas. Depois disso, passei por uma terrível crise de fé. Naquele momento, era difícil ser crente. Compusemos a música "Peace On Earth" nesse momento, que é a canção mais amarga e turbulenta que o U2 já compôs."

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

360° World Tour Visuals, por Run Wrake

Ilustrações originais de Run Wrake para o telão do U2 na turnê 360°. Note que são imagens em perspectiva de 360 graus:



O rap exclusivo gravado por Bono no Brasil

Em novembro de 2000, Lúcio Ribeiro foi enviado pela Folha De São Paulo ao Rio de Janeiro, para cobrir a visita do U2 ao Brasil, como parte de uma tour promocional de divulgação do álbum "All That You Can’t Leave Behind".
A entrevista rolava solta. Lúcio, Bono e Larry (o próprio Lúcio se contradiz e diz que era Edge que acompanhava Bono), sentados em uma confortável sala do Copacabana Palace. Bono extremamente simpático, brincando, fazendo pose. Conversou bastante, perguntou de São Paulo ("Aquela cidade incrível, mágica, cheia de luzes").
Perto deles, a cão-de-guarda, ou melhor, a assessora da banda, uma gringa que misturava portunhol com inglês e era preciso atenção especial para entendê-la. Estava segurando uma pranchetinha no peito, vigiando tudo e apressando. "Seus 10 minutos acabaram. Faz a última pergunta", disse a assessora.
Lúcio Ribeiro então enfiou a mão em sua bolsa. Bono não desgrudava o olho daquela bolsa verde, encardida, com uma estampa do Chemical Brothers.
O líder do U2 então tomou o gravador da mão de Lúcio e disse: "Este é para seu web site. Isso é como Wyclef Jean (rapper americano dos Fuggees) mostra respeito por alguma coisa. E eu vou mostrar respeito por vocês agora", disse Bono. E, em um dueto exclusivo, Bono e Larry (ou Edge) mandaram um rap para os leitores da coluna Popload de Lúcio Ribeiro na Folha De São Paulo. Na verdade, ensinado pelo rapper Wycleaf, eles fazem com a boca um barulho similar a uma rajada de 21 tiros. Bono fala isso no final.
Para ouvir o "rap" de uma das mais consagradas bandas do rock em todos os tempos, se prepare. Como disse o Zeca Camargo no show particular da Globo: "Eu nunca pensei que chegaria a falar isso, mas enfim. Senhoras e senhores, com vocês... U2".
A extensão do áudio é .rm, e se desejar salvar, clique com o botão direito e escolha 'salvar link como': CLIQUE AQUI

domingo, 26 de agosto de 2012

Você já ouviu a canção "Always" em "Beautiful Day"?

A canção "Beautiful Day" do U2 foi escrita em diversos estágios, e originalmente ela era uma composição chamada "Always", que o grupo criou em um pequena sala no Hanover Quay Studio.
Inicialmente, a banda ficou impressionada com esta canção. Após Bono surgir com uma letra que falava sobre "um belo dia", a música tomou uma direção diferente.
A banda então, ao criar a canção "Beautiful Day" no ano 2000, mixou e colocou a canção embrião "Always" como Lado B do próprio single de "Beautiful Day".
Nitidamente, as duas canções tem algumas semelhanças. Note que em duas linhas de "Beautiful Day", The Edge faz ao fundo um backing vocal dizendo 'Always'. São as linhas: "You thought you'd found a friend to take you out of this place (Always). Someone you could lend a hand in return for grace (Always)."
Este mesmo backing vocal de Edge, é utilizado no refrão de "Always", quando Bono canta: "What we have we're gonna keep... (Always). What we've lost we don't need... (Always). What is it that won't let you sleep... (Always).

sábado, 25 de agosto de 2012

Morre Neil Armstrong, o 1º homem que pisou na Lua

O ex-astronauta americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, morreu aos 82 anos, segundo reportagens na mídia dos Estados Unidos neste sábado.
Como comandante da missão Apollo 11, Armstrong se tornou o primeiro ser humano a pisar na Lua em 20 de julho de 1969.
Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coreia. Na luta, participou de 78 combates aéreos.
Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 - um misto de avião e foguete - ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa.
Em uma missão, uma falha no equipamento quase fez com que a nave se perdesse no espaço. Armstrong, conhecido por sua calma e frieza em momentos de crise, usou um sistema reserva para parar a nave (que girava sem controle) e fazer um pouso de emergência no Pacífico.
Mas foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já tinham mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço), o então presidente americano John F. Kennedy prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar alguém para a Lua.
A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar. Foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um voo para não morrer na queda do equipamento.
Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior já construído pelo ser humano) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: "A águia pousou". Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita.
Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. "Não quero ser um monumento vivo."
"No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta", disse Armstrong em uma rara aparição.
Bono, em 2005 durante um concerto em Chicago na Vertigo Tour, fez um discurso comovente, e lembrou da importância que o fato teve em sua infância: "Quando eu era garoto minha primeira impressão dos Estados Unidos, foi a de um homem andando na lua. Foi Neil Armstrong em 1969. Eu pensei: "Os americanos são malucos. Eles são doidos".
Mas pensei: "o que este país faz... o que eles fazem, quando se determinam, é incrível. Acho que foi John F. Kennedy, que disse, em 1963: "no fim da década, vamos por um homem na lua."
Bem... não é só porque estava na cabeça de todos, mas porque era a coisa certa a ser feita. É o que estamos pedindo agora ao presidente Bush, ao ministro Blair e os outros lideres mundiais.
Estamos pedindo a eles que façam algo extraordinário. Não pôr um homem na lua, e sim pôr a humanidade toda de volta na Terra."

Em julho de 2009, o U2 fez um show em Amsterdam, pela turnê 360°. Naquele dia, comemorava-se o aniversário da caminhada de Neil Armstrong na lua, e Bono lembrou do fato. Durante "One", Bono pediu para as 50.000 pessoas presentes ligarem seus celulares, numa lembrança daquela mensagem da Vertigo Tour, e disse: Há um planeta Terra...e aqui é a Via Láctea!"

Beautiful Day - Tradução

Do álbum "All That You Can't Leave Behind"
The heart is a bloom, shoots up through the stony ground
O coração é uma flor, que brota através do chão de pedras
But there's no room, no space to rent in this town
Mas não há nenhum quarto, nenhum espaço para alugar nesta cidade
You're out of luck, and the reason that you had to care
Você está sem sorte e o motivo que você tinha para se preocupar
The traffic is stuck, and you're not moving anywhere
O trânsito está parado e você não está indo a lugar algum
You thought you'd found a friend, to take you out of this place (Always)
Você achou que havia encontrado um amigo para lhe tirar deste lugar (Sempre)
Someone you could lend a hand in return for grace (Always)
Alguém que você poderia dar uma mão em troca de graça (Sempre)
It's a beautiful day 
É um lindo dia 
Sky falls, and you feel like
O céu desaba e você sente que
It's a beautiful day 
É um lindo dia 
Don't let it get away 
Não deixe que ele se ausente 
You're on the road, but you've got no destination
Você está na estrada mas não tem nenhum destino
You're in the mud, in the maze of her imagination
Você está na lama, no labirinto da imaginação dela
You love this town, even if that doesn't ring true
Você ama esta cidade, mesmo que isso não soe verdadeiro
You've been all over, and it's been all over you
Você já esteve em todo lado, e isto tem sido tudo para você
It's a beautiful day
É um lindo dia 
Don't let it get away
Não deixe que ele se ausente
It's a beautiful day 
É um lindo dia 
Woo hoo hoo / (Day) Down, (Day) Down
Woo hoo hoo / (Dia) Desanimado, (Dia) Desanimado
Touch me
Toque-me
Take me to that other place
Leve-me para aquele outro lugar
Teach me love
Ensine-me amar
I know I'm not a hopeless case
Eu sei que eu não sou um caso perdido
See the world in green and blue
Veja o mundo em verde e azul
See China right in front of you
Veja a China bem na sua frente
See the canyons broken by cloud
Veja os canyons cortados por nuvens
See the tuna fleets clearing the sea out
Veja o cardume de atum limpando o mar fora
See the Bedouin fires at night
Veja as fogueiras dos beduínos à noite
See the oil fields at first light, and
Veja os campos de petróleo à primeira luz, e
See the bird with a leaf in her mouth
Veja o pássaro com um ramo em seu bico
After the flood all the colours came out
Depois do dilúvio, todas as cores apareceram
(Day...)
(Dia...)
It was beautiful day 
Foi um lindo dia 
Don't let it get away
Não deixe que ele se ausente
Beautiful day 
Lindo dia 
Touch me
Toque-me
Take me to that other place
Leve-me para aquele outro lugar
Reach me
Me alcançe
I know I'm not a hopeless case
Eu sei que eu não sou um caso perdido
What you don't have, you don't need it now
O que você não tem, você não precisa agora
What you don't know, you can feel it somehow
O que você não sabe você pode sentir de alguma forma
What you don't have, you don't need it now
O que você não tem você não precisa agora
Don't need it now
Não precisa agora
[It] Was a beautiful day
Foi um lindo dia

Beautiful girl on beautiful day: secret.......

Bono comenta sobre "A Day Without Me"

"Nossas emoções não são apenas brilhantes, coisas descartáveis. Algumas pessoas viram "A Day Without Me", como escapismo, mas era sobre suicídio. Não espero que as pessoas cavem o nosso material com uma faca e um garfo, mas.... eu escrevo ao microfone, com papel e caneta para começar nas coisas que eu suponho que eu deveria estar escrevendo sobre um pouco do que eu sinto. Como elas levam um tempo para sairem de mim, eles levam um longo tempo para afundar dentro" - Bono, NME 1982

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Conheça mais sobre a faixa "Conversation On A Barstool", de Bono e The Edge

Hal Willner fala sobre a canção "Conversation On A Barstool": "Essa música foi originalmente escrita para Marianne Faithfull por Bono e The Edge. Por várias razões, nunca uma gravação dela aconteceu, embora Marianne ocasionalmente cantasse ela ao vivo. Nós pensamos que seria uma música perfeita para Annie executar como uma das principais canções do filme "Short Cuts". Sendo grandes fãs de Altman, a dupla do U2 e Marianne ficaram entusiasmados e deram a bênção. A música é executada através de algumas seqüências do filme, começando como uma performance no Low Note Club durante o qual Earl (Tom Waits) quase entra em uma briga. A música continua a mudar efetivamente a partir de música de fundo para uma performance ao vivo.

The Ground Beneath Her Feet - A Novela

O Chão Que Ela Pisa (The Ground Beneath Her Feet) é uma obra de Salman Rushdie, publicada em 1999.
A história é uma recriação moderna do mito de Orfeu e Eurídice. Decorre em Mumbai, Índia e tem como protagonistas um casal, Vina Apsara e Ormus Cama, e o fotógrafo Rai, o narrador. Amor, morte e rock-and-roll ajudam a compor um envolvente enredo. É definido por Toni Morrison como uma obra global.
O título inspirou uma canção homônima do U2, que musicou trechos do poema. 
Bono surgiu com a idéia para a música depois de ler um manuscrito do romance de Rushdie. No romance, o personagem fictício Ormus Cama escreve as letras como uma lamentação sobre sua amante, Vina Apsara.
O U2 usou essas letras quase que palavra por palavra, no entanto omitiu as seguintes linhas do poema original: "She was my ground, my favorite sound, my country road, my city street, my sky above, my only love, and the ground beneath my feet."
O próprio Rushdie estava muito satisfeito com a música, alegando que tinha "algumas das melodias mais bonitas que ele já tinha ouvido".
Em referência à canção, Rushdie disse: "Então, eu sempre soube, que seria comovente porque é uma música triste. Eu acho que soa como, espero, uma daquelas baladas do U2 para a qual a voz de Bono está maravilhosamente bem adaptada".
No livro 'O Chão Que Ela Pisa', além de ampliar seu leque de interesses da cultura islâmica para o universo pop fin de siécle, o escritor descobre o véu sobre seu processo de criação e revela não só o exilado, mas também o pensador, o amante e o cronista da modernidade. Modernidade que, em seus estertores (ou pós-modernidade como queiram) tirou-lhe a garantia de vida, mas também alçou-o à condição de celebridade.
‘‘Paradoxalmente, a grande experiência desses tempos foi a redescoberta do afeto, seja de parentes e amigos, seja dos tantos desconhecidos que, ao redor do mundo, expressaram sua solidariedade’’, desabafou o escritor numa entrevista na época ao jornal Estado de São Paulo. ‘‘É dessa afeição que mais me recordo nestes 10 anos, o que aliás, me levou a escrever uma história de amor’’. E é de fato uma inquietante história de amor que Rushdie nos conta em ‘‘O Chão Que Ela Pisa’’; uma revisita ao mito de Orfeu e Eurídice dentro do cenário atribulado da modernidade - o próprio chão a que o escritor se refere no título.
No livro, a história do poeta/músico que se perde de amor por uma musa avassaladora até ambos serem definitivamente unidos pela morte vira uma salada em que mitos clássicos e ícones contemporâneos são misturados sob o tempero da música pop, do cinema, da literatura e da história recente. Ormus Cama, o Orfeu de Salman Rushdie, é o filho rejeitado de uma tradicional família indiana, nascido numa Bombain às portas da independência e despudoradamente anglófila. Por força de sua sina, Ormus transforma-se no maior astro pop da história da música: algo entre Elvis Presley, John Lennon, Jim Morrison e Bob Dylan. Eurídice, por sua vez, é Vina Apsara, um misto de Janis Joplin, Billie Holliday, Patti Smith e Madonna, que transformou-se em musa inspiradora de movimentos feministas e objeto do desejo masculino.
A vida do casal é contada por Mr. Umeed Merchant, apelidado de Rai, fotográfo camarada de Vina desde os velhos dias de Bombain. É pelos olhos e pela lente de Rai que Salman vai retrabalhando o mito a seu bel prazer construindo a moldura para o que tinha a dizer. Mas o que é que Rushdie, afinal, tinha a dizer com essa formulação esquemática de seus personagens? O que há de interessante nessa narrativa repleta de citações, pastiches, paródias e auto-referências? Para o jornalista e crítico Daniel Piza, o livro é uma ‘‘história pós-moderna de uma amor hesitante entre o oriente e o ocidente, repleta de alusões, digressões e efeitos literários diversos’’. Uma narrativa em que Rushdie retoma o humor de seus contos e pinta uma sociedade ‘‘em que os deuses estão no olimpo e não amolam os homens e as mulheres, não decretam fatwas iradas sobre suas existências’’.
Nas palavras do próprio Rushdie, o livro foi encarado assim. ‘‘Fui popular além dos meus sonhos e o resto, em verdade, é o pesadelo. Eu discuto a questão da celebridade em meu novo livro, mostrando como há dois tipos de isolamento: o decorrente daqueles que preferem viver em seu microcosmo (John Lennon no edifício Dakota), e dos que, como eu, não têm escolha diante da intolerância. Sempre vivemos em tempos instáveis, mas a instabilidade hoje é execrável, pois revela apenas a mediocridade de pessoas que crêem na superioridade de sua visão de como as coisas devem ser’’.
De fato, boa parte do livro foi escrita com o autor em profundo estado de depressão e pânico, sem a certeza de sua conclusão. O que só acentuaria o lado pitoresco da obra de Rushdie caso ele não tivesse descoberto nesse meio tempo o tema do amor e do afeto, sentimentos com os quais foi recebido pelo Ocidente. Assim, colocando sua própria celebridade na bandeja, Salman escreveu mais do que uma obra falando do culto da personalidade dos rock stars (que em certa medida preenche o vácuo da morte de Deus). Em ‘‘O Chão Que Ela Pisa’’, o escritor retalhou a modernidade falando de pessoas que aparecem descentrados, em instabilidade e sem raízes; e onde o amor é a única redenção para a dificuldade ocidental com a alteridade, o reconhecimento do outro.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Bono comenta sobre "Two Shots Of Happy, One Shot Of Sad"

"Frank Sinatra me surpreendeu. Na verdade, eu e Edge escrevemos em 1997 uma música chamada "Two Shots Of Happy, One Shot Of Sad". Fizemos de um santuário, um armário de bebidas, para dar à Frank, e quando ele abrisse, tocasse essa música!
Nós nunca haviamos lançado ela oficialmente. Eu mandei para ele para seu 80º aniversário, com uma orquestra completa, e a coisa toda. Bastante indulgência". - Bono, NME 1997

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Conheça sobre Moreilla, que Bono cita na letra de "Summer Rain" do U2

Um trecho do B Side "Summer Rain" do U2, de 2000, traz: "Tequila and orange, Jamaica and rum. At the Moreilla, honey on my tongue (Tequila e laranja, Jamaica e rum. Em Moreilla, mel em minha língua)".
Mas..... você sabe o que significa Moreilla?

Moreilla na verdade é Morella, um município da Espanha na província de Castellón, comunidade autónoma da Comunidade Valenciana.


Bono explica a letra de "Seconds"


"Antes de podermos superar essas coisas, nós temos que enfrentá-las. Há uma linha em " Seconds" que diz: "In an apartment on Times Square, you can assemble them anywhere". Esta linha é sobre um fanático que monta um dispositivo nuclear em um apartamento em Times Square, Nova York, mas poderia ser em qualquer lugar. Estamos agora entrando na era do terrorismo nuclear, onde um grupo de fanáticos poderia ter a capacidade de levar uma bomba em uma cidade e manter milhões de pessoas até o resgate." -
Bono, NME 1983

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Em férias na França, Bono canta Beatles

Bono e The Edge estão em St. Tropez, na França, nestes últimos dias, e esta visita incluiu uma performance de Bono cantando de improviso em sua mesa no Clube 55.
A jam ocorreu com o jovem cantor e compositor Alex Karlsson e seus músicos. Ele twittou sobre o assunto e enviou o vídeo no YouTube. É uma singalong de "Help" dos Beatles:

O ensaio aberto realizado pelo U2 em 1992, antes do início da terceira parte da Zoo TV Tour

Em 7 de agosto de 1992 no Hershey Park Stadium em Hershey, Pennsylvania; o U2 fez um ensaio geral antes de iniciarem a terceira parte da ZooTV Tour. Foi um gesto de apreço para os poucos milhares de jovens que se reuniram do lado de fora do local ao longo da semana para ouvir o U2. "Vocês passaram mais tempo no lado fora, do que o tempo que foi gasto para erguer esta ... coisa", disse Bono para os fãs.
A banda cobrou 15 dólares a entrada, e o valor arrecadado foi doado para 5 instituições de caridade. 25.000 pessoas acompanharam o ensaio.
Foi cantado um parabéns para The Edge, que completou 31 anos no dia seguinte. "Sunday Bloody Sunday" foi a canção de abertura deste ensaio e foi tocada pela primeira vez desde o fim da turnê Joshua Tree em 20 de dezembro de 1987. Também neste ensaio, "New Year's Day" foi tocada pela primeira vez desde o fim da turnê Lovetown em 10 de Janeiro de 1990.

Setlist:
Sunday Bloody Sunday
New Year's Day
Pride (In The Name Of Love)
Zoo Station
The Fly
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways / Love To Love You Baby (snippet)
One / Unchained Melody (snippet)
Until The End Of The World
Who's Gonna Ride Your Wild Horses
Van Diemen's Land
Tryin' To Throw Your Arms Around The World / Love And Affection (snippet)
Angel Of Harlem
Happy Birthday
When Love Comes To Town
All I Want Is You
Bullet The Blue Sky / The Battle Hymn Of The Republic (snippet)
Running To Stand Still
Where The Streets Have No Name
Pride (In The Name Of Love)

encore(s):
Desire
Ultra Violet (Light My Way) / My Way (snippet)
With Or Without You
Love Is Blindness

"Acrobat" foi ensaiada nos ensaios fechados nos dias que antecederam este show, mas nunca foi tocada em um concerto público.

No ensaio fechado que aconteceu em 6 de agosto, a banda tocou além de "Acrobat", a canção "So Cruel", que apareceu apenas em 3 ocasiões, em concertos do U2.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O cenário criado por Willie Williams na turnê War

War Tour foi a primeira turnê do U2, em que o projeto de iluminação e palco foram feitos por Willie Williams, que iria continuar a executar essa função em todas as subsequentes turnês de U2.
Enquanto originalmente contratado apenas para a parte de iluminação, Williams rapidamente se envolveu em todos os aspectos da apresentação de visual do grupo. Começando com a turnê Pré War, a cenografia minimalista destacava um riser coberto com um tapete vermelho, na qual ficavam a bateria e os teclados. Três grandes bandeiras brancas foram colocadas na parte de trás do palco, que representa a noção de "rendição"; ventiladores elétricos faziam as bandeiras hasteadas voarem em momentos designados no show.

Em alguns locais foram utilizados equipamentos para fumaça. Um jornal disse que "a iluminação foi duramente bonita para este concerto, em sintonia com o tom ameaçador ocasional de algumas das canções."
Durante "Sunday Bloody Sunday", Bono marchava acenando uma bandeira branca ao redor para ilustrar suas posições anti-guerra e anti-nacionalismo, e estimulava o público a gritar: "Não! Sem guerra!"
As bandeiras brancas também eram entregues fora do palco, onde seriam repassadas ​​entre o público.

Bono disse que sua voz "limitada" o obrigou a procurar outras maneiras de expressar o significado de uma música, e esta foi a "idéia de uma bandeira vazia de todas as cores, a idéia de renúncia". Esta se tornou a imagem de foco da turnê, com a Rolling Stone falando sobre o desempenho em Red Rocks: "A visão de Bono cantando o hino anti-violência 'Sunday Bloody Sunday' enquanto acenava uma bandeira branca através de uma névoa carmesim (criada por uma combinação do clima úmido, luzes quentes e a iluminação dos penhascos) tornou-se a imagem que define o espírito guerreiro-rock do U2".

Tão forte era a imagem que o grupo tornou-se um tanto ambivalente sobre isso. Anos mais tarde, o baixista Adam Clayton disse: "Se você tivesse que reduzir o U2 até o acenar da bandeira branca, que é um momento da turnê War, seria a pior coisa. Na época, acho que foi o espírito da performance. Mas não eramos pessoas muito irônicas até então. Nós éramos pessoas muito sérias, e não vimos que poderíamos ter sido um pouco mais sutil sobre coisas assim. Mas erros acontecem."
O movimento ascendente dos clubes para salões e arenas que a turnê War proporcionou, não intimidou o grupo. Este tinha sido o plano, e Bono disse: "Se ficarmos em clubes pequenos, nós vamos desenvolver as mentes pequenas, e depois nós vamos começar a fazer música pequena". E logo no início, Bono tinha dito à Williams que um dia o grupo faria "shows no tamanho do Pink Floyd". Mas os locais de médio porte da turnê War foram suficientes.
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