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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Do piano à bateria, de bandinhas militares à uma banda de rock

A nova matéria para o Fã Clube UltraViolet Brasil (www.ultraviolet-u2.com) já se encontra disponível para leitura!

O link se encontra abaixo:

O LINK DA MATÉRIA NO SITE DA ULTRAVIOLET

Larry Mullen não nasceu tocando bateria. Por volta dos seus 9 anos de idade, ele costumava tocar piano. A professora era uma senhora muito simpática, que um dia disse: "Larry, você não vai fazer isso."
Ela sugeriu que Larry tentasse tocar outro instrumento. "Fiquei encantado, porque eu quis dizer essa mesma coisa para ela um ano antes disso", ele conta.
Larry não era muito bom no piano, não praticava muito, e seus pais achavam que era bom pra ele continuar, estar envolvido com música. E ele gostava de música.
Assim que deixou sua última aula de piano na College of Music, Larry ouviu alguém tocando bateria. Virou-se para sua mãe e disse: "É isso! Você ouviu isso? É isso que eu quero fazer!"
Ela disse: "Ok. Se você quiser fazer isso, você vai pagar por isso você mesmo!"
Assim, aos 9 anos de idade, Larry economizou um pouco de dinheiro e conseguiu £9 para o seu primeiro período de instrução de bateria, que era complicado para ele: "Eu não era muito bom em técnica de aprendizado, eu não praticava muito, porque eu estava muito mais interessado em fazer minhas próprias coisas. Eu queria tocar junto com as gravações, como Bowie e os Stones. Eu não queria passar pelos rudimentos, paradiddles e todas essas coisas."
Larry continuou com aquele professor por dois anos, e simplesmente ficou entediado.
Em uma entrevista para a Revista Modern Drummer em 1986, Larry disse que aquele professor acabou falecendo, e como ele era apenas um garoto, pensou uma coisa que agora soa terrível: "Uau, Intervenção Divina! Não vou mais precisar fazer isso!"
Foi então que Larry entrou para uma banda de estilo militar: pífano, tambor, todo esse tipo de coisa.
Larry disse que se juntou à essa banda mais por brincadeira, porque havia meninas, na Color Guard. Eles não eram sofisticados em sua musicalidade, mas faziam os integrantes lerem música, e Larry sabia ler música.
Ele ficou dois anos nesta banda, e depois se juntou aos Artane Boys' Band, que era algo mais solto, mais livre. "A Artane Band era muito rígida para mim. Eu estava com eles há três dias, e eles me disseram para cortar meu cabelo. E na época, meu cabelo era o meu orgulho e minha alegria, você sabe: até os ombros, cabelos dourados. Então, eu cortei alguns centímetros, e eles me disseram para cortá-lo mais. Então eu disse a eles para "enfiarem no c...", e eu sai da banda!"
Já eram os primeiros anos do U2, e Larry teve mais uma fase, quando um cara tentou lhe ensinar a tocar jazz, mas, novamente, o mesmo problema. Este professor insistia em Steven Gadd, o seu ídolo. Larry achava Steve Gadd um grande baterista, mas este professor iria tocar os discos do Gadd e dizer-lhe para tocar daquela maneira. Ele estava ensaiando com o U2 também, então desistiu. Como ele explicou, ele "Não podia ficar lá apenas imitando outra pessoa."
Larry havia sido o responsável por formar o U2, e ele disse que essa responsabilidade durou três dias.
"Estávamos todos na mesma escola. E a perspectiva de deixar a escola e arrumar um emprego não estava lá. Não havia nenhum trabalho para obtermos. Era como se todos fôssemos nada, então decidimos sair juntos e formar uma banda. Nossa escola foi uma escola experimental, interdenominacional, bastante liberal e aberta. Tivemos que fazer o nosso trabalho, e se estávamos interessados em esportes ou música, por exemplo, era nos dado tempo. Eles nos deram uma sala para praticarmos. Havia muito poucas escolas assim na Irlanda. A maioria eram escolas Christian Brothers, onde você estudava, fazia seu trabalho, e era isso.
Começamos a banda quando o punk rock estava estourando na cena, e quando ouvimos isso, nós dissemos: "Uau, isso é incrível. Isto é energia!" Música foi ficando tão chata, mas o punk rock tinha força bruta. Um monte de bandas não podiam tocar, mas eles tinham algo a dizer. Eles deram inspiração."
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