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segunda-feira, 11 de março de 2019

Há um pouco de Maman de Louise Bourgeois no palco da turnê 360°


Do diário de Willie Williams em abril de 2011 em um dia de folga em Buenos Aires durante a turnê 360°:

"Esta tarde eu consegui sair para a galeria de arte PROA para ver uma exposição de Louise Bourgeois que eu ouvi que valia a pena dar uma olhada.
Louise Bourgeois morreu no ano passado, aos 98 anos de idade, continuando a fazer seu extraordinário trabalho confessional e multimídia até o final. Ela é mais conhecida por Maman, suas gigantes esculturas de aranhas que percorreram o mundo (o U2 se cruzou pela última vez com uma em Tóquio na turnê Vertigo). Há um pouco de Maman no palco da 360°, então foi bem legal pensar que as duas estruturas estão agora na mesma cidade, ainda que brevemente".


A monumental aranha é uma das peças-chave para compreender a obra de Louise, que nunca escondeu sua fascinação por este animal que a fazia lembrar sua mãe, que trabalhava como restauradora de tapeçarias em Paris. "Minha melhor amiga era minha mãe. Ela era reflexiva, inteligente, paciente, apaixonada, razoável, delicada, refinada, indispensável, ordenada e útil, como uma aranha", disse a artista sobre sua obra-prima. Para ressaltar o aspecto maternal de "Maman" (mamãe, em francês), a artista desenhou a aranha levando dez ovos em mármore contidos em um receptáculo de fio de ferro. Além disso, Louise via este animal como um símbolo supremo da infinidade da vida, que se renova constantemente, como uma teia de aranha que é tecida pouco a pouco.



Sua mãe, Joséphine Fauriaux, morreu em 1932. Na época, Louise estudava matemática na Sorbonne, em Paris. O impacto da morte precoce da mãe a levou a abandonar o curso e abraçar a arte. Mesmo que o convívio com sua genitora tenha sido pequeno, a influência dela em sua obra foi definitivo.
Primeira das seis aranhas que a artista produziu em bronze a partir da década de 1990 – três metros de altura e pouco mais de 700 quilos –, a escultura foi uma das atrações da 23ª Bienal de Arte de São Paulo, que trabalhou o tema "Desmaterialização da arte no final do milênio".
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