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segunda-feira, 4 de julho de 2016

30 anos da tragédia que inspirou a canção "One Tree Hill" do U2


Em sua canção "One Tree Hill", do bem sucedido 'The Joshua Tree' de 1987, o U2 se dedicou à uma tragédia pessoal.
A música foi escrita na maior parte sobre o funeral de um amigo e empregado do U2, Greg Carroll. Bono contratou Carroll na primeira viagem do U2 para a Nova Zelândia, na turnê de 'The Unforgettable Fire' em 1984. Bem acordado no meio da noite (por causa do fuso horário), Bono saiu com alguns moradores de Auckland que queriam lhe apresentar a cidade. Um deles era Carroll, um maori que tinha sido contratado como roadie para os shows do U2. Naquela noite, Carroll e outros levaram Bono ao One Tree Hill (Maungakiekie em Maori), um dos picos vulcânicos mais espiritualmente significativos de Auckland.

Carroll também impressionou a Bono e a banda com seu trabalho nos shows do U2. O roadie de 20 e poucos anos tinha vários anos de experiência com bandas da Nova Zelândia. Sua natureza amigável, mas firme, era óbvia para os membros do U2.
"Ele era tão bom que perguntamos se ele queria vir conosco para a Austrália", disse Bono. "E então pedimos à ele para ser um membro permanente da nossa equipe."
Então Carroll seguiu o U2 para a Austrália e os Estados Unidos e até mesmo no Live Aid (ele é o cara que entrega o microfone para Bono após sua famosa interação com o público). No final da turnê, ele voou com a banda para Dublin, onde se tornou assistente pessoal de Bono. No decorrer de alguns anos, Carroll não só se tornou uma parte importante do consórcio do U2, mas também um grande amigo do líder da banda e sua esposa, Ali Hewson.
No período que antecedeu a gravação de um novo álbum, que seria o 'The Joshua Tree', Carroll "investigava locais para filmagens de nosso próximo vídeo e imagens para servir como capa", de acordo com Bono. "O objetivo dele era dirigir e produzir filmes e vídeos".
Esse objetivo de Carroll terminou tragicamente quando ele morreu em um acidente de moto em Dublin em 3 de julho de 1986. Ele estava levando a moto de Bono para casa numa noite chuvosa, quando um carro surgiu na frente dele. Carroll bateu do lado do carro e morreu instantaneamente. Carroll tinha 26 anos.
"Sua morte realmente mexeu conosco", disse o baterista Larry Mullen Jr, no livro U2 BY U2. "Foi a primeira vez que alguém do nosso círculo de trabalho tinha morrido."
Bono tinha voado para o Texas para cantar com Willie Nelson, mas soube da notícia, uma hora após o pouso e voou de volta para a Irlanda. Bono, Ali, Larry e outros membros do U2 então voaram com o corpo de Carroll para a Nova Zelândia, encontraram-se com sua família e foram ao seu funeral. Bono cantou "Let It Be" e "Knockin’ On Heaven’s Door", em homenagem ao seu falecido amigo.
Bono e a banda homenageou Carroll quando escreveu e gravou "One Tree Hill". Bono reflete sua dor, fazendo referência ao pico que escalou na primeira noite que saiu com Carroll, com as letras: "A lua está no alto e sobre One Tree Hill / vêmos o por do sol em seus olhos." O líder do U2 também teceu alguns comentários políticos no segundo verso da canção, referenciado para o cantor e ativista chileno Víctor Jara.
"One Tree Hill" tornou-se a nona faixa de 'The Joshua Tree'. A versão final contém apenas um take vocal de Bono, que não gravou outro porque ele achava que não poderia novamente passar por aquela canção. O tema também foi lançado como o quarto single do LP na Austrália e Nova Zelândia, onde alcançou o número 1 nas paradas.
O U2 não tocou a faixa ao vivo até a terceira etapa da turnê de 'The Joshua Tree'. Bono acreditava que suas emoções atrapalhariam em sua interpretação. Ela tem sido tocada esporadicamente pela banda desde então, muitas vezes em apresentações na Austrália.



Do site: Diffuser.fm
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