Já está disponível uma biografia de Bono, chamada 'The Frontman - Bono (In The Name Of Power)', do autor Harry Browne. Desta vez, a história do frontman do U2 é retratada de um novo ângulo. Diferente de outros livros que falam da vida de cantor e da ascensão à fama, desta vez o assunto principal é o lado filantrópico de Bono e seus engajamentos desde novo, ainda na Irlanda.
Na capa da publicação, Bono aparece de frente para o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush. The Frontman pode ser encontrado a partir de 7,99 libras (aproximadamente R$ 26).
Mas, uma matéria do site www.herald.ie, e traduzida por Fernanda Bottini para o site Ultraviolet Brasil, diz que a chefe-executiva do projeto Chernobyl Children, Adi Roche, não gostou nem um pouco das críticas feitas à Bono, e que o livro é vergonhoso.
Amiga pessoal de Bono e Ali há mais de 20 anos, Adi se irritou com o livro:”A filantropia de celebridades pode vir de muitas maneiras, mas ninguém condensa melhor suas desilusões, pretensões e seus desatinados quanto o líder do U2,” afirma o editor.
O novo volume do livro, lançado para coincidir com a reunião de cúpula do G8, enfureceu Adi. “Estou devastada por este livro. Em termos de seu trabalho com direitos humanos e justiça, Bono é incomparável e alguém de quem devemos ter muito orgulho”.
Ela continua: “Porque nós vivemos em uma democracia as pessoas podem escrever o que querem, mas o trabalho de Bono é o testamento e o antídoto para tal literatura e eu gostaria de encorajar as pessoas a não comprarem este livro.”
Sobre a afirmação no livro de que Bono deveria dar seu próprio dinheiro, Adi descreveu o casal Hewson como “doadores discretos”.
“Muito da doação deles é feita discretamente e é feita sem qualquer alarde e sem chamar a atenção. Eles não estão fazendo isso para ganhar manchetes. A foto que eles fizeram na África para a campanha da Louis Vitton, na qual eles usavam a linha Edun, cada centavo que eles receberam foram para caridade. Nada disso virou manchete de primeira página.
Bono é um músico profissional e compositor, mas ele usa o palco para falar sobre essas questões. Mas isso não é só da boca pra fora, ele realmente age e coloca as palavras em prática.”
Sobre a referência no livro que diz que Bono é um “embaixador para a exploração imperial”, Adi considera isso como um grande insulto.
“Nós últimos 15 anos, Bono tem sido um defensor da justiça e dos direitos humanos, pelo desenvolvimento sustentável e ética no comércio.”