
A edição destacou temas ligados à África, mas o jornal também trouxe um editorial que abordou o momento vivido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, intitulado "Um desafio para o sr. Lula", afirmava que "sabiamente", Lula, em vez de desestabilizar o país com "reformas apressadas", "gravitou para o centro, prometendo um sólido comando da economia".

O editorial acrescentou "que estes são flagelos que só podem ser combatidos a longo prazo. No momento, ele (Lula) pode vir a se sentir cada vez mais aprisionado por reformas muito lentas para os pobres e muito rápidas para os ricos".
Entre os destaques desta edição, uma entrevista conduzida pelo próprio Bono com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o ministro das Finanças do país, Gordon Brown. A capa da edição trazia uma ilustração assinada pelo artista plástico britânico Damien Hirst, com a manchete "Sem notícias por hoje", seguida da frase, em letras miúdas, "Apenas 6.500 africanos morreram hoje devido a uma doença que pode ser prevenida e tratada (HIV-aids)".

Até mesmo os anúncios publicitários da edição seguiram a linha engajada de Bono. Houve propagandas de organizações não-governamentais e da linha de produtos Red, que abrange cartões de crédito e telefones celulares e cuja renda é voltada para o combate à aids no continente africano.
