
Quando Larry olhou para aqueles cincos garotos, levou um susto. Ele havia procurado um baixista e um guitarrista e de repente, apareceram um baixista e QUATRO guitarristas! "Bem, e quem cuidará dos vocais?" perguntou Larry. Ninguém se habilitou.
Apesar de todos freqüentarem a mesma escola, nunca haviam ficado juntos ou sequer conversado. Os gostos musicais batiam em poucas coisas. Todos gostavam de Beatles, Stones e Bowie. Larry amava as bandas glitters como o Sweet. Dave adorava o som da guitarra de Rory Gallagher, fosse com seu grupo Taste ou solo, e até de Yes. Paul gostava de Elvis e estava antenado com o novo movimento que invadia o mundo, chamado punk rock. Adam conhecia tudo sobre a cena de San Francisco dos anos 60.

O primeiro encontro deixou claro alguns pontos: Larry e Dave sabiam tocar, assim como Dik, embora sua guitarra desafinasse clamorosamente. Ivan desistou e nunca mais voltou. Paul não era bom guitarrista, mas tinha atitude e queria tentar. E a maior decepção acabou sendo Adam, que após tanta pose, gíria, seu próprio amplificador e atitude, mostrou que não sabia tocar nada. Mas Adam tinha tanta vontade e atitude quanto Paul. Bem, e quem faria o quê? Estava claro que Paul era um guitarrista medíocre, se tanto, e que ele gostava muito mais de falar do que de tocar, e que tentava chamar toda a atenção para ele da mesma maneira que agia em casa ou na escola. Adam viu isso e tentou tomar a frente dizendo que eles poderiam começar a ensaiar e até arriscar algumas apresentações, já que Adam jurava conhecer algumas pessoas do meio. Mas depois de verem como manejava seu baixo, todos pensaram se aquilo não seria apenas outra bravata. Ok, eles iam tentar. E qual seria o nome do novo conjunto? A escolha acabou sendo Feedback, uma referência ao som distorcido que saía dos amplificadores de Adam. Dik poderia fazer parte da banda, se sua guitarra assim permitisse. E o som começou para os cinco jovens. Mas nada seria muito fácil...
