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quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Engenheiro de som recorda os equipamentos utilizados nas gravações de 'The Unforgettable Fire' do U2 no Slane Castle


O engenheiro de som Kevin Killen ajudou a criar o que muitos consideram alguns dos discos mais importantes da nossa época. Os álbuns 'So', de Peter Gabriel, e 'The Unforgettable Fire', do U2, coroam uma discografia impressionante que inclui artistas como Tori Amos, Elvis Costello, Prince, Laurie Anderson, Stevie Nicks, Brian Ferry e Patti Smith. 
Ele falou sobre os produtores Daniel Lanois e Brian Eno em 'The Unforgettable Fire': "Eles coexistiam em pé de igualdade porque já tinham realizado vários projetos juntos no estúdio do Dan em Hamilton, nos arredores de Toronto. Já tinham estabelecido uma relação de trabalho bastante coesa. Ambos transitavam com facilidade e apoio mútuo. Era daquelas situações em que, a qualquer momento, um estava fazendo algo e, muitas vezes, os outros faziam em conjunto. As linhas divisórias não eram tão definidas".
Kevin Killen lembra do equipamento utilizado nas gravações no Slane Castle: "Era um console Sound Workshop. Tinha trinta e dois ou trinta e seis entradas com pré-amplificadores de microfone de ótima qualidade. Tínhamos duas máquinas de fita Stephens, fabricadas por John Stephens, da Califórnia. Tinha algumas peculiaridades, mas em termos de reprodução sonora, era excelente e portátil! Randy trouxe uma grande variedade de microfones. Uma combinação de AKG C12, Sony C500, Beyer M-88, Neumann U67, U87 e Sennheiser 421. Além disso, complementamos com alguns microfones do Windmill Lane. Tínhamos um bom conjunto de microfones condensadores, dinâmicos e valvulados antigos. Randy forneceu todas as caixas de fone de ouvido, cabos e interfaces. Para equipamentos externos, tínhamos um Lexicon 224 [reverb digital], um AMS 1580, um Lexicon Prime Time, um Yamaha Rev 5 ou Rev 7, [Lexicon] PCM 42s. Talvez tivéssemos o reverb Sony DRE 2000. Então, entre tudo isso e o equipamento da banda, certamente havia processamento suficiente. Era apenas uma questão de conectar tudo ao console. Talvez tivéssemos um sidecar separado para processar todos os efeitos. Todos os efeitos retornavam e basicamente tínhamos tudo conectado de forma que pudéssemos enviá-los facilmente para duas trilhas de destino no multitrack. Os barramentos 17 e 18 sempre iam para a cadeia de efeitos e, às vezes, colocávamos todos os efeitos em paralelo ou em série, dependendo de como estávamos trabalhando, para não precisarmos sempre de vários envios.
O Brian tinha um [Yamaha] DX7 no estúdio. Às vezes, ele o usava como ponto de partida para criar um modelo sonoro e, então, adicionava o que a banda contribuía. Foi uma experiência realmente muito colaborativa — todos eram encorajados a dar seus palpites. O Brian e o Dan eram muito receptivos a opiniões. Era um ambiente de trabalho muito legal. Claro que não era isento de tensão. Em qualquer ambiente criativo, sempre haverá essa tensão natural entre os visionários e as pessoas que precisam criar e implementar o projeto. Acho que em qualquer bom projeto sempre há uma dose saudável disso, e esse definitivamente era o caso ali. Mas havia muito respeito de todos".
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