Muitas vezes, ao fazer um documentário, chega um ponto em que o cineasta encontra a chave para contar a história. Em 'Kiss The Future' foi uma conversa que o diretor Nenad Cicin-Sain teve com The Edge.
"Nenad sempre disse que precisávamos trazer o U2 organicamente para a história, mas como fazer isso?" disse o editor do filme, Eric Burton.
"Foi durante a entrevista dele com The Edge, onde deu certo. Nenad percebeu que eles estavam conversando sobre punk rock e o Troubles na Irlanda do Norte na década de 1970 e sobre como bandas como The Clash influenciaram suas letras; como eles não queriam ser uma banda pop, mas uma banda que fazia música com uma mensagem".
Embora Burton não tenha dito isso explicitamente, a preocupação era não deixar o famoso auto-engrandecimento do U2 ocupar o centro de uma história que é mais sobre o trabalho árduo de viver em uma zona de guerra.
"Nenad pôde ver a conexão com o que o U2 estava dizendo em entrevistas realizadas em Sarajevo, onde eles falaram sobre o uso da música contra seus agressores na guerra da Bósnia como um fio condutor e uma forma natural de apresentar o U2. Poderíamos construir uma sequência de punk rock que colocasse Sarajevo e o U2 em contexto. Demorou um pouco, mas nos ajudou a apresentar o U2 no início do filme, então não pareceu uma abordagem oportunista. Essa foi uma parte realmente importante da história para Nenad contar".