PARA VOCÊ ENCONTRAR O QUE ESTÁ PROCURANDO

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Mike Shinoda do Linkin Park diz que ouvia muito U2


'Meteora', álbum do Linkin Park lançado em 2003, comemorou seu 20º aniversário em 2023. 
"One Step Closer" e "Crawling" toca na frustração e na ansiedade de uma geração inteira. Há um peso que vem com a escrita de algo que faz as pessoas chorarem, ou tem potencial para isso. 
Embora o Linkin Park tenha se tornado uma das bandas definidoras do movimento nu metal do final dos anos 90/início dos anos 2000, o grupo teve problemas para garantir um contrato com uma gravadora, por causa de suas letras emotivas que eram diferentes de outros atos populares da época. 
O co-fundador da banda, Mike Shinoda, deu uma entrevista para a Vulture. Foi perguntado se ele sabia desde o início que sua música estava chegando a um lugar especial na mente dos fãs e vocalizando coisas sobre as quais eles não se sentiam confortáveis em falar.
Ele respondeu: "Eu acho que esse era o ponto. Sempre foi o ponto. Imagino que eles pensaram o seguinte: nossa coisa, a combinação de elementos, era muito esotérica. Adorávamos DJ Shadow, Fatboy Slim, Moby, Aphex Twin e Portishead. The Prodigy. Com essas coisas na música, as gravadoras ficavam tipo: 'Quem vai ouvir?' E, além disso, éramos mais introspectivos.
O que não gostávamos no que estava acontecendo na cena era que era muito rock de fraternidade. Era masculinidade tóxica. Ainda não conhecíamos o termo. Simplesmente não gostávamos de como tudo era sobre coisas de durões, e não nos identificávamos com coisas de durões. Então, ninguém queria nos contratar porque não nos encaixávamos. Eles não conseguiam nos ver no palco.
Alguém me disse: 'Se vocês abrissem um show com Kid Rock ou Limp Bizkit, vocês seriam espancados'. Era uma piada, certo? Mas provavelmente é verdade, pelo menos para mim. Eu teria levado uma surra. Chester Bennington não teria levado uma surra. Ele foderia alguém também.
Enquanto eu amava e cresci ouvindo hip-hop muito machista, eu também estava, naquela fase da minha vida, terminando a faculdade, mais em sintonia com uma paleta mais complexa de assuntos no que eu estava ouvindo. 
Eu queria colocar isso nas minhas músicas, como bandas como Depeche Mode e Nine Inch Nails fizeram. Eu estava ouvindo muito U2. Nenhuma delas é do tipo: "Ei, eu vou chutar sua bunda". Essas são todas do tipo: "Oh, eu levei um chute na bunda. Isso não é justo ou isso parece ruim ou talvez seja minha culpa". 
Não ouvíamos essas emoções tanto na música que estava por aí. E quando ouvimos, eu gostei do que estava ouvindo. 
Eu deveria dar mais crédito a grupos como Deftones e Korn. Eles estavam fazendo isso. Eu gostava de como Jonathan Davis era apenas um livro aberto colocando todas as suas coisas mais fodidas bem ali nas letras".
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...