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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Billboard: The Edge fala sobre os shows em Paris, o próximo disco e turnê do U2 - Parte 1


Em 7 de Dezembro de 2015, o U2 subiu ao palco no Accorhotels Arena em Paris para realizarem o segundo de seus dois shows originalmente adiados na sequência dos atentados terroristas de 13 de Novembro na cidade que deixou 130 mortos, incluindo 89 no local do concerto do Bataclan onde tocavam o Eagles Of Death Metal.
O concerto, 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris', capturado ao vivo para a HBO pelo diretor Hamish Hamilton, foi um testemunho do poder de cura da música, não só para o público, mas para o U2 também. "É uma espécie de sensação como se fosse parte de um processo de recuperação do rock ao vivo na cidade de Paris", disse The Edge em uma entrevista exclusiva. "Nunca pensamos em estar no primeiro evento em Paris após os ataques, mas para nós foi muito simbólico e muito significativo. Nós tentamos voltar tão rapidamente quanto possível."
O U2 convidou o Eagles Of Death Metal para se juntar a eles no palco, marcando a primeira vez que a banda da Califórnia havia tocado desde os ataques. "Eles foram roubados de seu palco, assim nós gostaríamos de lhes oferecer o nosso", disse Bono ao público.

Telefonando do estúdio onde o U2 está trabalhando na sequência do disco de 2014, 'Songs Of Innocence', The Edge conversou com a Billboard sobre aquela noite de Paris, o aumento da segurança na sequência dos acontecimentos recentes como o assassinato de Christina Grimmie e o massacre no clube de Orlando, bem como o novo álbum e uma possível nova turnê.

Qual é a sua melhor lembrança daquela noite em Paris?

Aquele momento quando o Eagles Of Death Metal entrou no palco e nós lhe entregamos em mãos minha guitarra, o baixo de Adam e as baquetas de Larry. Então pegamos nós mesmos outros instrumentos e nos juntamos à eles. Houve aquele momento de entregar o nosso palco e nossos instrumentos, que foi um momento de seguir em frente depois de tudo que eles passaram.

Vocês tocaram "People Have The Power" junto com eles e deixaram o palco para eles tocarem uma última canção de encerramento, "I Love You All the Time". Esta foi a primeira vez que vocês deixaram alguém finalizar um show do U2.

Sim! Há provavelmente um fã por aí que diria "bem, em 1981..." mas na minha memória, sim, foi a primeira vez e me senti muito bem com isso. Foi muito espontâneo. Sabíamos que queríamos que fossem lá e tocassem "People Have the Power", mas todo o resto praticamente foi de última hora, aconteceu já no local. Eles vieram e Jesse Hughes, particularmente, acho que quando pisou seus pés no palco e ele ouviu a multidão respondendo, acho que aquilo o galvanizou. Claro que eles ainda estavam lidando com o trauma e tentando processá-lo, então houve um pequeno elemento do desconhecido sobre como aquilo estava indo para funcionar para eles.

Durante "City Of Blinding Lights", os nomes das vítimas dos ataques de Paris foram mostrados no telão. Vocês fizeram a mesma coisa quando tocaram no Madison Square Garden em 2001 após o 11 de Setembro. Como foi que a banda decidiu fazer isso de novo?

Percebemos imediatamente que o nosso show de retorno teria que refletir o que tinha ocorrido, então, é realmente um caso de como você pode fazê-lo em uma forma artística que as pessoas não sintam como se fosse exploração, xenofobia ou banalização. O diretor criativo Willie Williams e os caras da equipe de vídeo começaram a trabalhar naquilo. Acho que porque nós tínhamos usado este dispositivo antes, sabíamos que seria digno e honrado as vítimas sem parecer ser algo feito excessivamente. Para nós, é uma honra sermos capazes de usar nosso palco para essa finalidade.
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