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quinta-feira, 30 de junho de 2016

A História Não Contada: as tensões nas gravações de 'Achtung Baby'


Berlim, Outono de 1990, o início do inverno de descontentamento do U2. Foi na sequência do anúncio de Bono em Dublin, no Point Depot em 31 de dezembro de 1989, quando a banda, machucada pelo surra levada pela crítica devido ao disco de 1988, 'Rattle And Hum', onde ele declarou: "Temos que ir e sonhar tudo isso novamente". Estava claro que o U2 enfrentava dificuldades.
Eles se refugiaram no Hansa Studios na antiga Berlim Ocidental na esperança de que os álbuns de Bowie e Iggy Pop feitos lá nos anos 70, proporcionassem inspiração para o que se tornaria 'Achtung Baby'.
Uma noite, seu cúmplice de estúdio, o produtor Daniel Lanois, saiu para fazer gravações de campo de trens (para usar talvez em "Zoo Station") e foi seguido por um carro de skinheads bêbados. Por toda a cidade, os bares do hotel estavam cheios com o que o ex empresário Paul McGuinness descreve como "prostitutas de todo tipo que vende material para o leste. Sistemas de transporte, pontes, o que for".
"Parecia haver uma nuvem negra pairando sobre toda a sessão de gravação", se recorda o co-produtor Flood. "Às vezes o clima esquentava da maneira mais incomum. Não com brigas, mas com discordâncias. Foi muito tenso."
As divisões dentro do U2 eram claras. De um lado, havia Bono e The Edge, com a intenção de modernizar a banda por meio de batidas contemporâneas, ouvindo música nova (a lista de reprodução do estúdio na época incluia My Bloody Valentine, Butthole Surfers, até mesmo Ozric Tentacles). Do outro lado, havia Larry Mullen (que passou seu tempo de inatividade revisitando Cream e Hendrix) e Adam Clayton (preocupado que a banda estava procurando batidas dance puramente para efeito), ambos provando estarem resistentes à mudanças.
Durante uma jam com nervos a flor da pele, Adam Clayton tirou o baixo e com raiva entregou nas mãos de Bono, esbravejando: "Então quero ver você tocar esta porra, toma!"
"Não foi a primeira vez ou a última vez que aconteceu", diz Edge. "Na verdade o clima esquenta muitas vezes. Ninguém ia desistir sem uma grande luta. Há quatro filhos da puta maus no U2. Acho que teríamos nos separado há anos se tivessem quatro maricas na banda."
"Nós estávamos fora de sincronia, não há dúvida sobre isso", acrescenta Larry Mullen. "Houve tensões porque não estava funcionando. O ambiente da Hansa não era algo criativo. Mas eu acho que eu aceitaria 100% que eu estava fora de sincronia".
Enquanto o foco ao processo foi trazido pela chegada do produtor Brian Eno, que Flood chama de seu "carregador sônico", o progresso ainda era lento. Então, um incidente iria mexer ainda mais com a confiança da banda, quando gravações demos do trabalho até aquela data foram roubados (culpado desconhecido) e rapidamente prensadas em dois álbuns duplos bootlegs, em vinil.
"Foi muito perturbador", recorda Daniel Lanois, "porque ninguém sabia como aconteceu. Eles poderiam estar andando por nós no estúdio ou pode ter sido no hotel. Mas criou uma cena ruim por algumas semanas."
"Até onde sabemos, tinha sido feito em uma fábrica de impressão quase extinta na Alemanha Oriental", diz Paul McGuinness. "Foi uma loucura, a ideia de pessoas rondando nos nevoeiros de Berlim, com fitas contrabandeadas."
"Na verdade, eu também tinha uma cópia destes bootlegs", sorri The Edge. "Há provavelmente algumas músicas que nós poderíamos rever no futuro."
As sessões realmente avançaram quando a banda conseguiu gravar em um take apenas, "One". Flood conta: "eles estavam tocando seguidamente e repetidamente, então de repente os acordes vieram juntos e eles deram sequência a melodia".
Após três meses de trabalho contínuo, o U2 voltou para casa com um pouco mais do que linhas de baixo (para "Mysterious Ways") e noções vagas de "The Fly" e "Who's Gonna Ride Your Wild Horses".
De modo bizarro, a banda gravou no quarto da piscina de uma casa de aluguel na periferia de Dublin, na proximidade de um canteiro de obras, onde uma frota de escavadoras JCBs estavam em funcionamento durante a maior parte do dia. Apesar disso, em poucas semanas, o álbum começou a tomar forma.

Arquivo "Pride (In the Name Of Love)" (Version 3 - Faces)


Esta versão do vídeo de "Pride (In the Name Of Love)" apresenta os rostos dos membros da banda e foi filmado por Anton Corbijn. Não foi um vídeo muito exibido. Na verdade, o diretor Anton Corbijn afirmou que ele não deveria ter sido exibido e pode ter acontecido uma liberação acidental. Foi exibido em alguns canais europeus na década de 1980, mas era raro e as outras versões eram muito mais comuns.
Anton Corbijn no livro 'I Want My MTV' conta sobre a gravação do vídeo: "Eu tinha pouco interesse sobre vídeos musicais. Eu não tinha nenhum desejo de fazê-los. Fotografar músicos foi meu primeiro amor. Mas as bandas diziam: "você faz nossas fotografias e as capas de nossos discos, porque não fazer isso também?"
O U2 fez um vídeo para "Pride (In the Name Of Love)" com Donald Cammell que era uma cineasta adequado. A banda ficou com medo de que fosse muito cinematográfico, também quase sem aquela vibe de rua. Então Bono me pediu para fazer uma tentativa. Tive que gravar perto do Aeroporto de Heathrow, antes deles embarcarem em um avião para o Japão. Me deram duas horas no porão de um hotel. Eu fiz isso em um único tiro, principalmente de close-ups dos rostos deles. É terrível. E o empresário, Paul McGuinness, jurou que eu nunca teria permissão novamente de chegar perto do U2 com uma câmera de filme."



Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

Vídeo: Cedarwood Road - A Gavin Friday Narration


No material bônus de 'U2 iNNOCENCE + eXPERIENCE Live in Paris', um áudio de "Cedarwood Road" é tocado enquanto Gavin Friday narra e são mostrados os elementos visuais que foram usados no telão durante as performances ao vivo da música na turnê.
Gavin narra a vida na década de 70 na Cedarwood Road junto com Bono, Guggi e as visões que os três rapazes tinham e as influências de David Bowie, etc. Ele tem um olhar mais atento a alguns detalhes das imagens do telão, que algumas pessoas da platéia poderiam ter considerado pura coincidência durante os shows.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Quando o fotógrafo Anton Corbijn se inspirou nos Beatles para fotografar e gravar o U2


O fotógrafo holandês Anton Corbijn, que mantém uma grande amizade com os integrantes do U2, enfrentou a primeira rejeição da banda em 1984.
Um videoclipe para "Pride (In The Name of Love)", que o próprio Corbijn não defende, foi filmado no porão de um armazém em Londres e restringe-se à closes dos rostos dos integrantes do U2, com uma árvore pintada por trás deles, na parede do armazém.
Foi descartado assim que a banda viu o desastroso resultado final.
Anton disse: "o empresário da banda, Paul McGuinness, jurou que eu nunca teria permissão novamente de chegar perto do U2 com uma câmera de filme."
Paul McGuinness respondeu: "O tiro de Anton era uma homenagem fotográfica para a capa de 'Meet The Beatles', onde a banda é iluminada apenas de um lado. Quando assistimos ele, imediatamente percebemos que era realmente terrível".
Além das filmagens, Anton fez sessões fotográficas com o U2 na mesma época, utilizando a meia luz.
Meet The Beatles é o primeiro álbum oficial dos Beatles lançado nos Estados Unidos em 1964 pela Capitol Records, associada a gravadora Parlophone do Reino Unido (ambas subsidiárias da EMI).
Robert Freeman foi o fotógrafo escolhido para a capa e a banda se inspirou nas fotos que Astrid Kirchherr fez do grupo, antes do sucesso. Astrid era amiga dos Beatles dos tempos de Hamburgo e foi namorada de Stuart Sutcliffe. Foi ela quem sugeriu o penteado.
No dia 22 de agosto de 1963, Robert Freeman fotografou os Beatles para a capa do disco. A sessão de fotos foi organizada no Palace Court Hotel, em Bournemonth.
No início, a expressão séria dos Beatles desagradou a EMI, que tentou vetar a capa e lançar outra com eles sorrindo, mas com o apoio de George Martin, a banda conseguiu manter a foto escolhida. A foto à meia-luz e em branco e preto se tornou bastante conhecida.

Agradecimento: The Beatles College

Para Larry Mullen, há uma canção clássica em um álbum que nunca se tornou grande


Em 1997, a Q Magazine entrevistou The Edge e Larry Mullen, e causou um debate entre os dois, pois o baterista criticou o disco 'Original Soundtracks 1', do Passengers. The Edge disse para ele: "Ele irá crescer, Larry. Dê-lhe alguns anos."
Alguns anos foram dados, e a dupla voltou a ser entrevistada pela Q Magazine em 2002. Larry Mullen então decretou:

"O álbum não se tornou grande para mim. No entanto, "Miss Sarajevo" é um clássico. Na época, eu apenas pensei: deixe o público quieto. Vocês já deram para eles 'Achtung Baby' e 'Zooropa'. Agora lhes dê um descanso."

The Edge comentou o que levou a banda à gravar o álbum: "Naquele momento, tanto Brian Eno como a banda, sentiram que seria bom ter uma pausa um do outro. Mas foi mais um caso de: vamos tentar fazer um tipo diferente de registro agora."

terça-feira, 28 de junho de 2016

Adam Clayton explica a narrativa na turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE do U2


Adam Clayton recentemente participou de um chat com Chris Beachum, o editor do canal Gold Derby. Ele contou sobre os ensaios e a gravação dos shows da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE em Paris, para a transmissão na HBO.
Quando perguntado sobre o processo de escolher as antigas e as novas canções para o compor o espetáculo, Adam explicou:

"É complicado, a dificuldade é porque há muito material que tem lugar no show, e nós começamos decidindo quais canções do novo disco iríamos tocar, e nós queríamos tocar 10 faixas do novo álbum, mas decidimos juntos o que estava faltando nos nossos shows ao vivo, o que poderíamos encaixar, portanto nós sempre olhamos para 6 ou 8 faixas para tocarmos ao vivo do último registro, e depois, gradualmente, trazer o material mais antigo de volta para dar sentido. As vezes, há uma parte narrativa dentro do set, de modo que canções de certos períodos fazem mais sentido. Com este show, era uma narrativa sobre de onde viemos, de Dublin, quando tínhamos a inocência em nossa adolescência com 18 anos de idade, quando nos juntamos na banda. Bom, na verdade isso foi aos 16 anos, e nós fizemos nossa primeira gravação aos 18 anos de idade.
Estávamos realmente olhando para o lugar de onde viemos, e por isso há aquela única luz em cima de nossas cabeças para as primeiras canções do show, que é algo muito parecido com o punk, aquela energia, e foi a maneira que começamos o show, e na sequência a narrativa entra no relacionamento e os principais eventos particulares na vida de Bono, a morte de sua mãe, e Cedarwood Road, onde ele cresceu, seus amigos, e em seguida, é uma espécie de primeira metade do show, e então nós temos aquela coisa de ter de seguir em frente, e voltamos para o material de 'The Joshua Tree' e 'Achtung Baby'.
Depois de passar por aquele novo material, que lida com a inocência que tínhamos naquela época em Dublin, e como Dublin nos deu essa visão única sobre o mundo, fomos capazes de sair e conquistar o mundo, e as vezes você não percebe o quanto a inocência é poderosa, até você olhar para trás e dizer 'uau, ela nos trouxe até onde estamos agora', e foi isso que o show tentou mostrar, como aquelas pessoas da banda tinham crescido."

A Fender Lead II de Bono em shows do U2 na década de 80


Em shows do U2 na década de 80, Bono era visto no palco tocando uma guitarra Fender Lead II preta.

Ela foi fabricada de 1979 até 1982.

Bono utilizando a Lead II na turnê 'War' em 1983 em "A Day Without Me":

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Uma capa alternativa foi utilizada em versões em K7 do álbum 'War' do U2


Em alguns países como Inglaterra, Polônia e Itália, o álbum 'War' do U2 na época foi lançado com uma capa alternativa na versão em Fita Cassete, trazendo uma outra foto de Peter Rowen.
'War' fala de amor, fé, sonhos e até mesmo de Deus, através de uma mensagem vagamente política que expressa muito bem a visão idealista do U2. A banda relutou em lançar outro álbum tão essencialmente político, mas o espírito de 'War' permeará sua carreira eternamente.
'War' é um álbum brilhantemente antagônico, com canções de teor corajoso, rebelde e, ao mesmo tempo, com o objetivo de derrubar falsos ídolos políticos. Foi o primeiro álbum do U2 com evidente visão e mensagem política, em parte por suas canções “Sunday Bloody Sunday” e “New Year’s Day”, mas também pelo próprio título, que expressa a percepção da banda com relação ao mundo na época de seu lançamento. Bono chegou a declarar que “a guerra parecia ser o tema central em 1982”.
Nos dois primeiros álbuns, 'Boy' e 'October', as canções do U2 eram focadas em temas como a adolescência e a espiritualidade. Em 'War', a banda aborda fortemente os aspectos físicos da guerra como também suas seqüelas emocionais.

Manuscrito original de "Where The Streets Have No Name" mostra que Bono escreveu uma linha diferente da versão final


Uma linha da canção "Where The Streets Have No Name" do U2 é: "The city's a flood, and our love turns to rust".
Mas a letra manuscrita da canção por Bono, originalmente mostra que esta frase é diferente.
Bono escreveu: "The citizens flood, and our love turns to rust"

Agradecimento: @bethandbono

Arquivo "Pride (In the Name Of Love)" (Version 2 - Slane)


Com as duas versões do videoclipe por Donald Cammel (sépia e em cores), um terceiro vídeo para a música "Pride (In the Name Of Love)" abre na varanda do Slane Castle, com o cameraman andando pelo local.
Então entramos para o salão de baile no interior do Castelo onde vemos a banda, Brian Eno, Daniel Lanois e outros trabalhando na gravação da canção. Do lado de fora perto de uma cerca podemos ver alguns fãs, um acenando uma bandeira branca. O vídeo também mostra algumas imagens dos arredores do Slane. E no final do vídeo, vemos algumas cenas de um eclipse parcial da lua.
Esta versão do vídeo foi dirigida por Barry Devlin. Devlin é um cantor irlandês (ex- Horslips), cineasta e foi o produtor para primeiras demos do U2. Devlin trabalharia mais tarde com a banda no vídeo para “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” e deu à banda a ideia para o seu vídeo para "All I Want Is You".
Embora usado em algumas ocasiões como vídeo para promover a canção, ele foi menos favorecido que os vídeos filmados por Donald Cammell da música, que foram os vídeos predominantes usados para promover a canção na MTV e outras emissoras. Esta versão do vídeo seria lançada no VHS e Laserdisc 'The Unforgettable Fire Collection'.



Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

domingo, 26 de junho de 2016

Adam Clayton fala sobre o ensaio do U2 em Paris no dia dos atentados terroristas e sobre o retorno da banda para os shows adiados


Adam Clayton recentemente participou de um chat com Chris Beachum, o editor do canal Gold Derby. Ele contou sobre os ensaios e a gravação dos shows da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE em Paris, para a transmissão na HBO.
Chris fala que enquanto o U2 se preparava para este grande evento, houve um fato que causou um enorme impacto emocional na banda: os atentados terroristas e o adiamento dos shows. Então Adam deu detalhes:

"Nós estávamos em Paris realizando os ensaios finais, na noite anterior à gravação do show, para nos certificarmos que as câmeras não iriam atrapalhar a visão do público, todas estas coisas que envolvem uma gravação ao vivo, e no meio do ensaio durante a tarde, recebemos uma ordem de nos retirarmos do palco e sairmos do prédio, e entramos nos carros e estávamos em direção ao hotel, e não tínhamos informações, e então eu entrei no site da BBC, e li sobre as explosões das bombas no Stade De France, e naquele exato momento eles estavam atirando por toda a cidade, e então foi um momento de muito, muito pavor, e voltamos ao hotel e passamos a acompanhar isto pela BBC para conhecermos todos os fatos. Foi uma coisa terrível para acontecer em uma cidade tão hospitaleira que é Paris.
Na manhã seguinte após os ataques, com a cidade de Paris sendo fechada por luto, todos os espetáculos foram cancelados, e nós entramos em contato com a Câmara Municipal de Paris e dissemos que nós realmente gostaríamos de voltar e fazer aqueles shows, que gostaríamos de reagendar para um mês depois ou mais, e naquele momento havia a discussão se Paris seria segura novamente para realizar um grande evento como aquele, e eles se interessaram e fomos autorizados à fazer os shows e reabrir Paris para os eventos. Eu acho que foi a coisa certa a se fazer. As pessoas vieram para o show, e foi uma mistura de sentimentos.  Foi o primeiro grande encontro de pessoas na música depois das atrocidades. Nós encorajamos o Eagles Of Death Metal à voltarem para a cidade e subirem no palco conosco."

sábado, 25 de junho de 2016

Será que Larry Mullen escuta o disco 'Zooropa'?


Em 2002, em uma matéria da Q Magazine, foi perguntado para Larry Mullen o que ele sentia ouvindo o disco 'Zooropa'. Larry não respondeu na sequência, e precisou de 33 segundos para falar sobre:

"Eu não tenho ouvido este disco faz algum tempo. Ele veio no meio da maior turnê que já fizemos, e é difícil lembrar o que aconteceu. Eu adoro o disco. Mas eu fiquei confuso por um segundo, porque, qual o outro disco que gravamos também depois?"

The Edge responde: "Passengers!"

The Edge então volta para a resposta que Larry deu sobre 'Zooropa': "ele nunca ouve este disco!"

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Desmontando a capa de 'Achtung Baby'


A capa de 'Achtung Baby' do U2 é uma montagem em grade, de quadrados de tamanho 4x4.
Originalmente, como lançado em vinil, são 16 fotos em 4 fileiras.

Na versão em Fita Cassete, eles tiveram que adaptar e montar a capa em modo desdobrável, então a frente do K7 traz apenas 6 das fotos, em 3 fileiras, e em ordem diferente.

Em 2011, com a reedição do disco pelo seu 20° aniversário, a edição Deluxe em Digipack também acabou dividindo a grade original, e a capa saiu com 12 fotos em 3 fileiras, sendo que 3 fotos vistas pela metade, devido à dobra da embalagem. A ordem também é diferente.

A grade completa da capa e contracapa da versão em CD, 32 fotos em 4 fileiras:

Arquivo "Pride (In the Name Of Love)" (Version 1 - Sepia)


O diretor Donald Cammell foi o escolhido para fazer um vídeo para "Pride (In the Name Of Love)". Cammell transformou seu vídeo em duas versões, uma em cores e uma em sépia.

Esta é a versão em tons de sépia, considerada a oficial pela banda.



Cammell como diretor de cinema é talvez mais conhecido por "The Wild Side", estrelado por Christopher Walken e Anne Heche. Esta foi a primeira vez que o U2 trabalhou com um diretor diferente, já que Meiert Avis tinha dirigido todos os vídeos do U2 anteriores. Este vídeo foi a única vez que U2 trabalhou com Cammell. O vídeo foi filmado em agosto de 1984 e estreou na MTV em setembro de 1985.
O vídeo abre com ruídos atmosféricos de gaivotas, e a buzina de uma balsa entrando nas áreas das docas em Dublin. Então temos um close das torres Poolbeg de Dublin, duas chaminés industriais que podem ser vistas a partir das áreas das docas.
A canção começa em cerca de 15 segundos no vídeo com uma câmera panorâmica sobre a água, e abrindo para mostrar lugares de Dublin familiares, como a ponte East Link.
The Edge é o primeiro membro do U2 visto, andando perto da ponte East Link, e em seguida, vemos dois garotos andando nas docas. Bono é o próximo membro do U2 visto, em um corredor vazio, com um microfone, e em seguida, vemos toda a banda no mesmo palco tocando a música. A banda toca em um círculo e Bono aparece de costas para onde estaria sentado o público. Os dois garotos das docas do início do vídeo, podem ser visto no corredor se escondendo atrás das poltronas. Bono se vira e sai do palco em um salto dramático e então vemos os assentos agora cheios de crianças e chegando também adultos.
As imagens finais são de um jovem rapaz olhando para a ponte East Link, e em seguida a câmera sobrevoa a água até que ela passe novamente pelas torres Poolbeg e a balsa.
As gravações internas foram realizadas no St. Francis Xavier Hall (ou SFX Centre) no lado norte do Rio Liffey.
A banda estava preocupada com o vídeo final. Eles estavam preocupados que era muito cinematográfico, e que não tinha a suficiente vibração de rua, e então eles filmaram um vídeo adicional com Anton Corbijn, que todos os envolvidos concordaram que foi bem menos sucedido, então a versão de Cammell foi a primeira usada para promover a canção.
Um dos garotos no vídeo, Noel Wardell, lembrou a gravação do vídeo como sendo fria, e que as gravações fora em Dublin foram todas feitas no início da manhã. Ele foi pago para três dias de filmagem que incluiu as gravações no teatro, bem como as gravações do lado de fora da área das docas. O outro garoto destacado no vídeo era primo de Wardell.
Wardell diz que o vídeo foi filmado no início de outubro. Corbijn alega que a gravação que ele fez foi na véspera antes da banda partir para a turnê australiana, então se o vídeo de Cammell foi feito primeiro, tinha que ter sido feito em agosto, e não outubro.

Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

Willie Williams faz revelações sobre passado e futuro da iNNOCENCE + eXPERIENCE


Durante a premiere na França de exibição de 'U2 iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris' em 7 de junho, o site U2achtung conseguiu fazer algumas perguntas para Willie Williams (o cenógrafo das turnês do U2). Abaixo estão as perguntas e suas respostas:

U2Achtung: Vemos no DVD que Bono canta ao vivo em The Fly, mas quando esta Intermission foi incorporada o setlist, isto não era assim, não é?

Willie Williams: Na verdade, Bono começou a cantar ao vivo "The Fly" apenas nas últimas datas da perna Europeia, mas não em todos eles.

U2Achtung: No início da turnê, em Vancouver e alguns shows depois, a intro do show não era "People Have The Power" de Patti Smith, mas um remix legal de "Beat On The Brat" do The Ramones, que incluía alguns riffs de canções do U2 (Discotheque, Even Better Than The Real Thing). Por que mudou?

Willie Williams: Realmente. Na verdade, a nossa primeira escolha foi sensata.

U2Achtung: Verdade, porque com "The Miracle (Of Joey Ramone)" sendo tocada logo na sequência, fazia sentido. E os fãs realmente adoravam aquele remix!

Willie Williams: Eu gostava também, mas Bono queria mudar, e como um fã de Patti Smith, a música dela "People Have The Power" lhe dava a energia necessária para subir ao palco. Então a escolha mais sensata foi substituída pelo emocional.

U2Achtung: Tenho que lhe perguntar isto: quando é que vamos ver o U2 ao vivo novamente?

Willie Williams: Não posso dizer nada para você, ou eu teria que te matar... Mas tudo está definido e planejado.

U2Achtung: Você já tem as datas? Você vai usar o mesmo palco?

Willie Williams: Sim, será o mesmo palco, não vamos construir nada novo, pois muitas pessoas ainda não viram aquele show. Nós iremos para a estrada novamente, com um novo álbum, e nós sabemos quando.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

U2 presta homenagem à Jo Cox com vídeo de "Ordinary Love"


Milhares de pessoas se reuniram na Trafalgar Square, em Londres, para prestarem homenagem à política britânica Jo Cox, que foi assassinada na semana passada.
Sua família e amigos participaram do emocional evento, que também teve discursos realizados pelo vencedor do Prêmio Nobel, Malala Yousafzai e um tributo musical por Bono, que trabalhou com Cox na campanha Make Poverty History.

Bono cantou uma versão acústica de "Ordinary Love" através de um vídeo, gravado em Los Angeles, e que incluiu uma mensagem. "Jo tinha toda a paciência do mundo por pessoas que precisavam de ajuda, e toda a ânsia de criar uma mudança e ajudá-los", disse Bono na mensagem.



Agradecimento: U2 News - U2 Valencia

Billboard: The Edge fala sobre os shows em Paris, o próximo disco e turnê do U2 - Parte 2


Telefonando do estúdio onde o U2 está trabalhando na sequência do disco de 2014, 'Songs Of Innocence', The Edge conversou com a Billboard sobre aquela noite de Paris, o aumento da segurança na sequência dos acontecimentos recentes como o assassinato de Christina Grimmie e o massacre no clube de Orlando, bem como o novo álbum e uma possível nova turnê.

Qual é a conversa que a banda e diretor Hamish Hamilton tem para tentar encontrar o equilíbrio entre satisfazer as necessidades da platéia ao vivo e as pessoas assistindo na TV?

Conversamos muito sobre onde está essa linha. Deveria haver cinegrafistas no palco ou não? Acabamos por não tê-los no palco. Se houvesse mais alguém no palco, eles acabariam não apenas atrapalhando a platéia ao vivo, mas eles acabariam em um monte de imagens abertas, e você realmente não quer isto. É uma fórmula complexa. Outra coisa bastante desafiadora é com uma produção dessa magnitude, encontrar dentro deste espetáculo visual incrível as coisas que seria apreciadas quando assistido em uma tela de televisão. O show foi realmente muito difícil para a exibição por isso. Se você pode dar às pessoas uma sensação de como é estar lá, que é o objetivo principal de qualquer filme-concerto, e acho que Hamish veio para fazer isso o mais próximo possível.

Durante a canção "Elevation", Bono trouxe vários fãs ardorosos para o palco. Com os acontecimentos recentes, vocês irão repensar deixar os fãs tão perto?

Nós nunca realmente nos sentamos e tivemos essa conversa, porque acho que vai ser algo muito difícil para nós até mesmo pensar sobre isso. Nossa relação com nossos fãs é tão especial para nós e há uma quantidade enorme de confiança que funciona dos dois lados, então eu odiaria imaginar a necessidade de reverter esse tipo de liberdade. Até agora, sinto que estamos bem, mas tivemos um incidente muito estranho na Suécia [em setembro] onde alguém entrou no local com uma arma de fogo [desmontada]. Na verdade tivemos que adiar o show. Conseguimos remarcar o show dentro de alguns dias e, nesse caso, foi a mais inocente das situações, alguém apenas cometeu um erro. Obviamente, a segurança é primordial em um show do U2 e levamos muito a sério, como qualquer artista faz hoje em dia, então nós não poderíamos dar esta chance. Mas foi a única vez que houve uma espécie de ameaça grave ou ameaça potencial em um show do U2. Temos sorte provavelmente, e não tomamos como garantido por qualquer meio, mas lamentaremos muito o dia em que tivermos de alterar qualquer uma das formas que nossos shows são operados, porque isso significa muito para nós, a conexão entre os fãs e nós mesmos.

Em Março, você disse que a banda esperava voltar para a estrada, mais cedo ou mais tarde. Quando é este mais cedo?

Essa afirmação ainda vale. Estamos perto de anunciar o plano, mas agora não posso, ainda estamos na direção para chegar lá mais cedo ou mais tarde.

Você está telefonando do estúdio. Qual é o prazo para o novo álbum?

Nós estamos trabalhando para lançá-lo ainda este ano. Esse é o nosso plano agora e exatamente quando, não temos certeza. Agora, o plano para um novo álbum do U2 tem sido conhecido como para ser revisto (risos). Este é o pressuposto de trabalho. Esta é nossa ambição. Isso pode mudar, mas estamos realmente fazendo nosso melhor para lançá-lo este ano.

O U2 estava entre os muitos artistas que assinaram uma carta ao Congresso sobre a alteração do Digital Millennium Copyright Act. Por que sentiram a necessidade de serem parte disso?

Nossa inspiração foi para os artistas e principalmente os jovens e esperançosos artistas, que não têm nenhum dos benefícios de renda de transmissão de um concerto ao vivo, como têm o U2. Estamos bem, mas não há dúvida que para compositores e artistas que estão confiando em lançar suas músicas em qualquer serviço, eles querem ser pagos por isso, e tem sido uma mudança desafiante de uma indústria que estava pagando bem os artistas, para um cenário que é cada vez mais difícil ganhar a vida com sua música. Então, estamos muito preocupados com o impacto que teria sobre o futuro da cultura musical. Não há dúvida de que muitas outras indústrias têm de forma incrível, sofisticado grupos de organizações para cuidar de seus interesses. Nós sentimos que era importante para nós levantarmos e sermos contados como artistas que fizeram bem ao longo dos anos e só querem ter certeza de que novos artistas aproveitem a oportunidade de continuar a fazer música, como nós temos. Acho que todos nos sentimos que há esta ameaça.

Billboard: The Edge fala sobre os shows em Paris, o próximo disco e turnê do U2 - Parte 1


Em 7 de Dezembro de 2015, o U2 subiu ao palco no Accorhotels Arena em Paris para realizarem o segundo de seus dois shows originalmente adiados na sequência dos atentados terroristas de 13 de Novembro na cidade que deixou 130 mortos, incluindo 89 no local do concerto do Bataclan onde tocavam o Eagles Of Death Metal.
O concerto, 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris', capturado ao vivo para a HBO pelo diretor Hamish Hamilton, foi um testemunho do poder de cura da música, não só para o público, mas para o U2 também. "É uma espécie de sensação como se fosse parte de um processo de recuperação do rock ao vivo na cidade de Paris", disse The Edge em uma entrevista exclusiva. "Nunca pensamos em estar no primeiro evento em Paris após os ataques, mas para nós foi muito simbólico e muito significativo. Nós tentamos voltar tão rapidamente quanto possível."
O U2 convidou o Eagles Of Death Metal para se juntar a eles no palco, marcando a primeira vez que a banda da Califórnia havia tocado desde os ataques. "Eles foram roubados de seu palco, assim nós gostaríamos de lhes oferecer o nosso", disse Bono ao público.

Telefonando do estúdio onde o U2 está trabalhando na sequência do disco de 2014, 'Songs Of Innocence', The Edge conversou com a Billboard sobre aquela noite de Paris, o aumento da segurança na sequência dos acontecimentos recentes como o assassinato de Christina Grimmie e o massacre no clube de Orlando, bem como o novo álbum e uma possível nova turnê.

Qual é a sua melhor lembrança daquela noite em Paris?

Aquele momento quando o Eagles Of Death Metal entrou no palco e nós lhe entregamos em mãos minha guitarra, o baixo de Adam e as baquetas de Larry. Então pegamos nós mesmos outros instrumentos e nos juntamos à eles. Houve aquele momento de entregar o nosso palco e nossos instrumentos, que foi um momento de seguir em frente depois de tudo que eles passaram.

Vocês tocaram "People Have The Power" junto com eles e deixaram o palco para eles tocarem uma última canção de encerramento, "I Love You All the Time". Esta foi a primeira vez que vocês deixaram alguém finalizar um show do U2.

Sim! Há provavelmente um fã por aí que diria "bem, em 1981..." mas na minha memória, sim, foi a primeira vez e me senti muito bem com isso. Foi muito espontâneo. Sabíamos que queríamos que fossem lá e tocassem "People Have the Power", mas todo o resto praticamente foi de última hora, aconteceu já no local. Eles vieram e Jesse Hughes, particularmente, acho que quando pisou seus pés no palco e ele ouviu a multidão respondendo, acho que aquilo o galvanizou. Claro que eles ainda estavam lidando com o trauma e tentando processá-lo, então houve um pequeno elemento do desconhecido sobre como aquilo estava indo para funcionar para eles.

Durante "City Of Blinding Lights", os nomes das vítimas dos ataques de Paris foram mostrados no telão. Vocês fizeram a mesma coisa quando tocaram no Madison Square Garden em 2001 após o 11 de Setembro. Como foi que a banda decidiu fazer isso de novo?

Percebemos imediatamente que o nosso show de retorno teria que refletir o que tinha ocorrido, então, é realmente um caso de como você pode fazê-lo em uma forma artística que as pessoas não sintam como se fosse exploração, xenofobia ou banalização. O diretor criativo Willie Williams e os caras da equipe de vídeo começaram a trabalhar naquilo. Acho que porque nós tínhamos usado este dispositivo antes, sabíamos que seria digno e honrado as vítimas sem parecer ser algo feito excessivamente. Para nós, é uma honra sermos capazes de usar nosso palco para essa finalidade.

Na Classificação Indicativa no Brasil, há drogas lícitas e violência em 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris'


A Classificação Indicativa - ClassInd - é uma informação prestada às famílias sobre a faixa etária para a qual obras audiovisuais não se recomendam.
O fã Anselmo Carlos Lopes nos mostra uma foto da contracapa de 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris', onde a Classificação Indicativa não é recomendada para menores de 12 anos.
Mas é assustador ler que taxaram o show como contendo violência e drogas lícitas.
A menção à violência deve ser o som de bomba em "Raised By Wolves", as imagens de problemas pelo mundo mostradas em "Bullet The Blue Sky", a crise migratória de "Zooropa". Ou talvez o modo como Bono trata um copinho de água balançando e jogando longe, ou sacudindo o pedestal do microfone, quem sabe?
Mas e as drogas lícitas? Um copinho de cerveja ou um cigarro aceso?

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Áudio Disco 08: U2 - Sam Boyd Stadium, Las Vegas, Popmart Tour Rehearsals, 16-25 April 1997


Após 4 anos sem fazer um show ao vivo, o que havia acontecido pela última vez na turnê ZOOTV em 1993, o U2 voltaria aos palcos em 25 de Abril de 1997, para a noite de estréia da turnê mundial Popmart.
Entre 16 de abril e 25 de abril de 1997, a banda, depois de longas férias, se juntou para ensaiarem novas e antigas canções no Sam Boyd Stadium, local onde aconteceria o show.
Estes ensaios que duraram 10 dias, foram registrados em áudio IEM estéreo de The Edge, e estas várias horas foram disponibilizadas em uma coleção de bootlegs contendo 23 CDS!
Além de diversos takes para uma mesma canção, são ouvidas jams, efeitos inéditos não utilizados na turnê, solos de bateria, testes de guitarras e efeitos, canções instrumentais inéditas, improvisações e o ensaio completo final para a estréia.

Abaixo o áudio do Disco 08:

Este ensaio é interessante, pois traz uma sequência de canções que a banda encontrou dificuldades para tocar ao vivo na turnê.
O ensaio começa com a versão na íntegra de "If God Will Send His Angels", mostrando a dificuldade que a banda teve de fazer a canção funcionar ao vivo. Bono se perde no tom e economiza nas letras. É uma versão bagunçada, com início lento, que soa estranha.

Em seguida, a banda prepara os instrumentos e ensaia a versão elétrica de "Staring At The Sun", mais uma que deu trabalho ao vivo. Bono novamente economiza nas letras. O instrumental dela soa fantástico, e é uma pena o U2 não ter insistido com ela desta forma.
O violão elétrico é preparado para o ensaio de "Stay (Faraway So Close)", em uma versão eletro-acústica, que a banda pretendia tocar provavelmente no meio do set junto com "Sunday Bloody Sunday". Aqui ainda só aparecem trechos da parte instrumental.
Na sequência, mais uma canção que a banda lutou muito: "Miami".  Soa fantástica, com uma guitarra pesada de Edge. Bono faz uma contagem para a excelente transição para "Bullet The Blue Sky", dando sequência à parte mais heavy de The Edge no show. Bono poupa a voz, apenas declamando partes da letra. Há uma parte que Bono improvisa uma outra letra e Edge improvisa partes diferentes de guitarra.
A banda ensaia "Please" em uma versão estendida, e sua transição para "Where The Streets Have No Name".
A banda testa o playback de "Pop Muzik", e ensaiam a abertura de "Mofo" para o show. Tocam a versão mais rock da canção.
Eles voltam ao ensaio de "Please" e "Where The Streets Have No Name", e também de "Pop Muzik" e "Mofo".



1. If God Will Send His Angels 3:57
2. Staring At The Sun 5:47
3. Stay (Faraway So Close) - Partial 3:53
4. Miami 5:25
5. Bullet The Blue Sky 7:12
6. Please 6:08
7. Where The Streets Have No Name 6:32
8. Pop Muzik / Mofo 7:23
9. Please 6:29
10. Where The Streets Have No Name 6:33
11. Pop Muzik / Mofo 9:26

Larry Mullen não ficou surpreso quando Adam Clayton ficou fora de um show do U2 em 1993


Em 1993, a primeira grande baixa no U2 aconteceu, e foi com o baixista Adam Clayton. Programado para tocar duas noites no Sydney Football Stadium, em novembro de 1993, Adam alegou que estava muito doente para tocar na primeira noite. Seu roadie no baixo tomou seu lugar na apresentação, com Adam retornando para a segunda noite de apresentações.
Larry Mullen não ficou surpreso com o acontecimento: "Era um ponto de ebulição. Então não foi algo inesperado. Era inevitável. Para uma banda como o U2, estar no palco é um momento sagrado, por isso era estranho estar sem seu companheiro. O show também estava sendo filmado, acrescentando excitação.. por falta de uma palavra melhor."

U2: "A Europa sem a Grã-Bretanha parece inimaginável para nós"


Os eleitores britânicos decidem na próxima quinta-feira (23) em referendo se o país continua ou não a integrar a União Europeia (UE). Com uma disputa acirrada durante a campanha, a decisão é aguardada com interesse por toda a Europa.
Até hoje, nunca um país membro deixou a união política e econômica de 28 países, que desde seu início só tem se expandido. O referendo foi uma promessa que o primeiro-ministro David Cameron fez se vencesse as eleições parlamentares de 2015.
Através de seu Instagram, o U2 deu sua posição, com uma nota assinada pelos 4 integrantes da banda, onde eles compartilharam também um vídeo: "Nos pediram para repassar este vídeo, nós gostamos e somos humildes para estar nisto. Para os eleitores irlandeses na Grã-Bretanha, não vão, sentiremos sua falta... A Europa sem a Grã-Bretanha parece inimaginável para nós. Bono, Edge, Adam, Larry."


U2 assina carta que se opõe à forma com que o YouTube disponibiliza conteúdo


Em carta assinada e enviada ao congresso norte-americano, o U2 se juntou a uma série de artistas e gravadoras para pedir a revisão da Digital Millennium Copyright Act (D.M.C.A.), lei nos Estados Unidos que regula a distribuição de direito autoral em meios digitais no país. O alvo principal é o YouTube, que utiliza conteúdo artístico por meio de licenças que podem não ser renovadas.
O YouTube, por sua vez, rebate dizendo que, direta e indiretamente, rende bilhões de dólares aos envolvidos no meio musical e que novas ferramentas contribuem para que os donos dos direitos consigam coibir a pirataria dentro do site.
Organizador da carta, Irving Azoff pensa diferente. O empresário disse em entrevista à Billboard que nunca viu uma ameaça tão séria aos artistas quanto vê no YouTube. Além do U2, Paul McCartney é outro signatário da carta.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Arquivo "Two Hearts Beat As One"


O vídeo para "Two Hearts Beat As One" abre com imagens em câmera lenta, do U2 tocando a música na parte de fora do Sacré-Coeur em Paris. A Torre Eiffel pode ser vista claramente em segundo plano
As imagens da banda são misturadas com pequenas cenas de Peter Rowen, o garoto da capa de 'Boy' e 'War' caminhando através de Paris ao entardecer, sozinho ou com os artistas do carnaval – um artista que engole fogo, acrobatas, malabaristas e artistas de corda bamba.
O próprio Rowen enquanto caminha, dá uma cambalhota.
A filmagem teve direção de Meiert Avis. O fotógrafo Anton Corbijn também foi junto nesta viagem para Paris e fez algumas sessões de fotos com a banda, uma das quais seria utilizada para a capa do single "Pride (In The Name Of Love)".
O U2 ainda tocou no Festival de Printemps em Bourges na França naquela noite depois de filmar o vídeo.
Rowen relembra a gravação do vídeo: "as minhas memórias da gravação do vídeo em Paris são boas. Foi um dia divertido. Alguns dias de folga da escola, tudo muito bom quando você tem nove anos de idade."



Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

The Edge não gostou do título de um disco do U2


The Edge em entrevista no ano de 2002, revelou que não achou um bom título o disco do U2 de 1991: "O álbum 'Achtung Baby' foi um título muito controverso, especialmente na América."
Larry Mullen concordou: "E na Alemanha também."
Edge continuou: "Sim. No começo, ele não vendeu bem na Alemanha. Os alemães devem ter pensado que estávamos de gozação com eles, de alguma maneira. Mas títulos não importam no final. Algumas das minhas bandas favoritas têm os piores nomes. Você sabe, The Beatles, pelo amor de Deus."
Larry Mullen não perdeu a chance, e falou: "U2 também não é um grande nome."
Edge finalizou: "Não, U2 não é um grande nome e acho que 'Achtung Baby' não é um bom nome também."

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Segredos Revelados: "Treason", a canção inédita de Bono e Dave Stewart


Desde 2004, a história que os fãs do U2 conhecem é que existe em algum lugar nos arquivos da banda, uma canção inédita produzida por um rapper.
"Treason" seria o título de uma sobra de estúdio do U2 do álbum 'How To Dismantle An Atomic Bomb'. A canção que permanece inédita teria sido produzida pelo rapper Dr. Dre.
Mas agora a verdadeira história é revelada!

Como conta o site U2 Songs (antigo U2 Wanderer), recentemente o ex-integrante do Eurythmics e músico prolífico e produtor Dave Stewart, escreveu um livro intitulado 'Sweet Dreams Are Made of This A Life in Music: A Memoir', que está na lojas desde fevereiro deste ano.
Stewart discute o desenvolvimento e a gravação da faixa "American Prayer", que ele trabalhou com Bono, mas também durante aquela sessão de gravação, os dois também trabalharam em uma segunda música, que envolveu Dr. Dre.
"Naquela noite fomos visitar o Dr. Dre em seu estúdio em Valley e uma incrível nova canção foi iniciada, que na época era chamada de "Treason". Acabamos de gravar ela com os cantores do Gateway Ambassador, um grupo de jovens músicos de Gana. Eram crianças talentosas, todos órfãos e estávamos prestes a ir para a estrada com Bono para a Heartland Of America Tour, gerando apoio na luta contra a AIDS.
Na manhã seguinte nós estávamos ouvindo "American Prayer" e "Treason" no volume máximo na suite de Bono no topo do Chateau Marmont, com Bobby Shriver e dois ativistas de uma organização de Bono. Nós estávamos escrevendo e praticamente terminamos essa música lá. Nós decidimos que Bono e eu deveríamos voar naquela noite para Miami e perguntar para Bruce Springsteen se ele gostaria de nos ajudar a trabalhar na nossa canção e cantá-la."
Era 23 de novembro de 2002, Bono e Dave Stewart juntaram-se ao Boss e a E Street Band no palco em Miami para tocarem "Because The Night". Assim, a sessão com Dr. Dre teria acontecido no dia anterior, em 22 de novembro de 2002.

"Treason" nunca foi lançada. Mais tarde, "American Prayer" foi gravada por Dave Stewart. Há uma demo gravada com vocal de Bono:



Também foi tocada por Beyonce com Bono, The Edge e David Stewart nos concertos 46664.

Não fica evidente no livro qual música eles estavam pedindo para Springsteen cantar, se "Treason" ou "American Prayer".
O livro também fala que Bono e Stewart fizeram outras músicas para a campanha 46664, uma delas uma canção-título da campanha, que aparece no capítulo 19 do livro.

Em homenagem às vítimas do massacre em Orlando, Keith Urban faz um cover emocional de "One" do U2


Keith Urban retornou à estrada na noite de sexta-feira (17 de junho) depois de uma pausa da turnê Ripcord, e ele aproveitou a oportunidade para prestar homenagem às vítimas do massacre em Orlando, tocando um cover emocional de "One" do U2.
Urban e sua banda tocaram para um público que lotou um anfiteatro em Tampa na Flórida, e no final do concerto de mais de duas horas, o superstar do país se dirigiu ao público muito seriamente para falar sobre o tiroteio, que tirou a vida de 49 pessoas e feriu mais de 53.
"Embora eu não conhecesse ninguém naquele incidente horrível, eu fiz, porque eles são apenas rapazes e garotas, irmãos e irmãs. Eles tinham sonhos, esperanças, planos, assim como cada um de nós. Então eu farei para eles, como eu faço para vocês."
Ele tocou uma poderosa versão solo da música do U2:



Do site: Taste Of Country

O motivo da canção "Who's Gonna Ride Your Wild Horses" do U2 ter ficado de fora da coletânea 'The Best Of 1990 2000'


Na segunda coletânea da carreira do U2, 'The Best Of 1990 2000', um dos singles do álbum 'Achtung Baby' de 1991 ficou de fora. A canção "Who's Gonna Ride Your Wild Horses" não foi uma das escolhas da banda, e apenas seu videoclipe foi incluído na versão em DVD da compilação, juntamente com todos os outros videos lançados pela banda naqueles 10 anos.
O produtor Steve Lillywhite disse que algumas faixas de 'Achtung Baby' estavam se tornando difíceis de serem trabalhadas, e sobre a mixagem de "Who's Gonna Ride Your Wild Horses", ele revela algo, que fica claro o motivo da banda não ter colocado ela na coletânea: "eles odiavam essa música".
Steve dá mais detalhes: "Passei um mês trabalhando nela e ainda acho que não foi finalizada como poderia ter sido. Os americanos tinham ouvido e disseram: 'é a sua canção de rádio lá, porque eles estavam tendo problemas com alguns dos elementos mais industriais'. É quase como uma banda de covers, fazendo um momento U2. Talvez nós tentamos o mais difícil."

sábado, 18 de junho de 2016

A versão acústica de "Mysterious Ways" que não foi tocada na turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE


Em abril de 2015, o U2 esteve no Pacific Coliseum em Vancouver, arena fechada da cidade, ensaiando para o início da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE.
O site U2start.com disponibiliza um áudio em excelente qualidade de uma versão acústica 'hippie' de "Mysterious Ways", que a banda cogitou para a turnê, mas acabaram deixando de lado:



Agradecimento ao fã e colaborador: Bernardo Cardoso

No estúdio para as escolhas do 'The Best Of U2 1990 2000'


Para o U2, a década de 1990 à 2000 representa uma era conturbada na história do grupo. Foi uma década de grande experimentação no som, disco lançado na pressa, palcos ambiciosos para shows grandiosos, problemas com o baixista.
A banda realizou uma segunda coletânea em sua carreira, abrangendo esta fase, o 'The Best Of U2 1990 2000'. Em 2002, entraram no Hanover Quay Studios em Dublin, para as escolhas e mixagem das canções.
Bono estava deslumbrado com o futuro da banda, e não se interessou muito em olhar para o passado. Saiu de uma das salas do estúdio, e deixou The Edge e Larry Mullen fazerem as escolhas através das dramáticas emoções e dores de cabeça criativas do U2 naqueles 10 anos.
Uma das canções que estavam mexendo era "Staring At The Sun", um novo remix para a faixa, uma canção do disco lançado às pressas 'POP' de 1997. Um dos motivos da frustração de Bono.
Sem tempo para finalizar do jeito que gostariam, a banda decidiu retrabalhar a faixa para a coletânea, juntamente com mais duas outras canções do mesmo disco: "Discothèque" e "Gone".
Escolher as faixas para integrar a coletânea foi algo complicado para Edge: "É difícil para nós, porque você está tentando ouvir o material com um pouco de distância. Há algumas faixas lá que nunca pensei que teria conseguido fazer, como "The First Time" de 'Zooropa'. E depois por outro lado, há algo como "The Fly" de 'Achtung Baby', que eu não tenho mais certeza sobre ela. Não sei se ela realmente tem resistido ao teste do tempo. Mas é por isso que eu estou animado com essa coletânea. Somos todos a favor de revisionismo..."

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Em redes sociais do U2, Bono presta homenagens à Jo Cox e Christina Grimmie


A parlamentar britânica Jo Cox, do Partido Trabalhista, morreu após ser baleada e apunhalada em um ataque nesta quinta-feira (16) em Birstall, perto de Leeds, na Inglaterra. Ela tinha 41 anos, era casada e mãe de dois filhos.
Jo Cox foi eleita para o Parlamento para representar Batley e Spen, em Yorkshire, em maio de 2015. Antes de ser eleita, ela trabalhou para a organização internacional Oxfam, uma ONG que presta ajuda humanitária.
Em sua página no Twitter, Jo Cox defendia a permanência do Reino Unido na União Europeia. “A imigração é uma preocupação legítima, mas não é uma boa razão para deixar a União Europeia”, afirmou.
A polícia investiga relatos de que o assassino teria gritado "Britain first!", em referência a um partido de extrema-direita.

Através das redes sociais do U2, Bono prestou uma homenagem à Jo Cox:

"Jo Cox. Uma líder de luz que usou seu tempo efervescente na Terra para preenchê-lo com alegria e justiça. Ela era uma amiga próxima de muitos de nossa equipe da ONE Campaign. Oramos para sua família e para a bênção de todos aqueles que a conheceram, e para os milhões de pessoas que ela nunca conheceu, mas por quem ela dedicou a sua vida" - Bono

A arte postada por Bono traz uma linha de uma canção do U2, "Every Breaking Wave": "Like every broken wave on the shore. This is as far as I can reach" (Como cada onda quebrando na praia. Isto é mais distante do que eu poderia alcançar).

Bono também prestou uma homenagem para a jovem cantora Christina Grimmie, de 22 anos de idade, conhecida por sua participação no popular programa 'The Voice' da televisão americana, e que foi morta a tiros na madrugada de sábado (11) após um show em Orlando, nos Estados Unidos.
O agressor disparou contra ela quando ela dava autógrafos ao término do show.

Bono postou uma foto da cantora e escreveu: "Lindas almas não podem ser contidas. Não nos conhecemos, mas eu sou eternamente grato pelo amor que Christina mostrou à One Campaign" - Bono

O baixista Adam Clayton também escreveu, em uma de suas viagens: "Pensando sobre Christina Grimmie e sua família, estes são tempos turbulentos. Deus abençõe." - Adam

Na foto postada de Adam, onde ele começa dizendo "é bom estar de volta", vemos escrito ao fundo Zuma, praia da California. Ela foi citada na letra de "California (There Is No End to Love)", na linha "Where I need to be. Which is here, out on Zuma" (Onde eu preciso estar. Que é aqui, bem em Zuma).

As canções de 'How To Dismantle An Atomic Bomb', dois anos antes


Quando o U2 estava trabalhando em 2002 no Hanover Quay Studios em Dublin, na mixagem das canções da segunda coletânea da banda, 'The Best Of 1990 - 2000', a Revista Q realizou uma matéria com a banda.
Após o final da turnê Elevation em 2001, a banda começou a trabalhar em novas canções para um novo disco, além de mexer em canções inéditas que haviam ficado de fora de 'All That You Can't Leave Behind'.
3 canções que a banda mostrou para a Q, acabaram sendo lançadas 2 anos depois no disco 'How To Dismantle An Atomic Bomb', e com os mesmos títulos citados na matéria!

"Bono se inclina para dizer: "esta foi a canção que eu cantei no funeral do meu pai". Edge coloca para tocar um mix de um trabalho em progresso chamado "Sometimes You Can't Make It On Your Own".
Há um ou dois segundos onde o silêncio paira no ar. O baterista Larry Mullen, ocupado comendo, levanta os olhos de sua faca e garfo, como se fosse uma pausa breve para se aliviar do peso emocional da declaração do seu colega de banda, e sem rodeios, acrescentou: " a propósito, este sistema de som está uma porcaria."
Bono começa a cantar junto com a gravação. Ele faz uma pausa para explicar sobre a letra: "veja, meu pai, ele era um grande fã de ópera... e eu estou tentando chegar lá", antes de chegar a um crescendo apaixonado com a linha "você é a razão de eu cantar...."
Edge puxa um case de CD-Rs e acha sua mixagem favorita de uma canção chamada "Original Of The Species", uma canção pop, construída em torno de um riff primitivo, com tons de "Aladdin Sane" de David Bowie. Bono está de pé, cantando junto, e orgulhosamente declara: "Esta é sobre a filha do Edge."
Então o guitarrista mostra outra nova faixa, "All Because Of You". É a canção mais crua mostrada, o quarteto reformulado como uma banda de garagem. Bono declara: "É The Who".
Edge declara: "Estamos no rock and roll. Está ficando como os primeiros registros do U2. Arranjos simples, despojados. Estamos com fome disso. Músicas com essa força de vida."

Ramones vs U2 - "Beat On The Brat" (U2ie Mix)


Ramones vs U2 - "Beat On The Brat" (U2ie Mix) - U2 iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour 2015

O vídeo de "The Wanderer" nos extras de 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris'


O DVD Deluxe e Blu Ray de 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris' traze no material extra, um video de "The Wanderer" com 4min e 43seg.
É o vídeo mostrado no telão durante a performance da versão de estúdio da canção na Intermission, onde Johnny Cash vai envelhecendo.

O vídeo de "The Troubles" nos extras de 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris'


O DVD Deluxe e Blu Ray de 'U2: iNNOCENCE + eXPERIENCE Live In Paris' traz no material extra, um video de "The Troubles" com 4min e 44seg.
Se imaginava que seria o vídeo mostrado no telão da turnê durante a performance da canção, que servia como um dueto de Lykke Li com Bono. Mas na realidade o da turnê trazia apenas a gravação de Lykke Li, e a imagem ao vivo de Bono no palco era mostrada juntamente com a dela:



Este do material extra é uma versão diferente, e traz a imagem de Bono, que foi gravada em estúdio, assim como a imagem dela. O áudio é da versão original do álbum 'Songs Of Innocence'.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Arquivo "New Year's Day" - Parte 2


Meiert Avis também falaria sobre o vídeo no livro "I Want My MTV": "O U2 queria ser maior do que os Rolling Stones, e vídeos foram uma grande parte de como eles partiram para fazer isto. Fomos para a Suécia para gravar o vídeo de "New Year's Day". Havia um diretor de fotografia chamado Sven Nykvist, que foi cinegrafista de Ingmar Bergmann. Nós queríamos trabalhar com ele, mas ele não estava bem o suficiente para gravar para nós, então seu operador de câmera foi quem registrou as imagens de "New Year's Day".
Começamos em Estocolmo e depois saímos à procura de neve. Nós queríamos grandes montanhas, mas a Suécia é bastante plana, então fomos em direção a Noruega.
O U2 estava no meio da turnê, e não conseguiram seguros para cobrí-los para montarem em cavalos no vídeo, então temos garotas adolescentes que se vestem como eles e fazem sua equitação. Você não consegue dizer que não são eles."
Paul McGuinness, ex-empresário do U2, respondeu para Avis: "não há nenhum membro do U2 que consiga andar a cavalo. Mas no final, foi um bom vídeo. A MTV era realmente uma empresa muito pequena, e poderia conseguir alguém para assistir o vídeo e ter o prazer de vê-lo no ar algumas horas mais tarde."
Na verdade, havia quatro jovens que estavam vestidas como a banda para a cenas de equitação. Diferentes histórias foram contadas ao longo dos anos sobre o por que estas meninas foram usadas, e se deu histórias contraditórias, dizendo que era devido a banda ter congelado nas gravações na neve no dia anterior, ou a banda não ter qualquer seguro para montar em cavalos. Uma história até dizia que era porque os cavalos realmente não gostaram de The Edge.
O fato de que estava frio é lembrado por todos os membros da banda. Adam falou sobre a gravação do vídeo: "precisava de neve, então o diretor sugeriu o norte da Suécia. Foi muito básico, nós tocando na neve, todos embrulhados, então você realmente não podia nos ver. Acho que Bono entendeu que para estar em um vídeo, você tinha que parecer com você mesmo, então ele não estava usando tocas de lã ou qualquer coisa. Acho que nem usava roupa interior térmica, apenas as mesmas roupas que ele estava vestido quando subimos no avião em Dublin."
The Edge comentou sobre o frio: "a boca do Bono quase congelou. Se você prestar atenção nele dublando, a boca dele não mexe muito bem. Mas o vídeo tem uma qualidade épica, havia algo sobre aquela música que parecia evocar imagens de Dr Zhivago e winterscapes europeus. As pessoas sempre me perguntam: 'foi difícil andar a cavalo no vídeo?' E eu tenho que dizer a eles que aquilo foi gravado um dia depois que saímos. Aparentemente as quatro figuras a cavalo eram todas mulheres, vestidas da mesma maneira que nós."
O vídeo para "New Year's Day" foi lançado no 'The Best Of 1980-1990', e também em 'U218 Video'.

Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

Arquivo "New Year's Day" - Parte 1


Existem duas edições do videoclipe de "New Year's Day". O mais comum, às vezes chamado de versão longa, tem 4 minutos e 17 segundos de duração. Inclui imagens da banda no final, tocando ao redor de uma fogueira na noite.
A segunda versão, mais curta, foi feita para a MTV, diminuindo a duração da canção, e esta versão corta do solo de guitarra para a banda nos cavalos, com um fade out da canção, ficando fora da edição a cena com a banda à noite ao redor da fogueira. A MTV exibia mais frequentemente esta versão mais curta.


O vídeo abre com uma tomada aérea de um bosque na neve na Suécia. Os primeiros 30 segundos do vídeo são mostrados em letterbox, antes de se tornar uma imagem de proporção 4:3 para o restante do vídeo. Então, vemos quatro pessoas a cavalo com bandeiras brancas na neve e em seguida, alternam para uma cena dos integrantes do U2 agasalhados por causa do frio, tocando na neve com a bandeira branca por trás deles. Há também imagens aéreas da banda tocando na neve. No decorrer do vídeo, as imagens da banda na Suécia são entrecortadas com imagens em preto e branco de soldados russos, a pé e em tanque de guerra, durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo imagens de explosões e tanques bombardeando.
Voltamos a imagens da banda, e o céu por trás deles agora é avermelhado. Isto é um efeito especial adicionado por Meiert Avis, e ele usou técnicas similares no vídeo do U2 para "Gloria". Existem alguns efeitos especiais utilizados no vídeo. Um em particular apresenta imagens dos cavalos correndo, sobrepostas em um close das teclas brancas do teclado, enquanto imagens da paisagem são sobrepostas sobre as teclas pretas do teclado. O vídeo termina com imagens da banda tocando ao redor de uma fogueira à noite. Como mencionado anteriormente, a edição mais curta da MTV corta este final da banda tocando ao redor da fogueira.
O vídeo foi filmado na cidade de Sälen, Suécia, e a banda viajou de avião de Estocolmo para Sälen em 15 de dezembro de 1982. Então foram levados de helicóptero para um local perto da Estância de Esqui em Sälen.
Paul McGuinness e Anton Corbijn chegaram depois da banda em uma segunda viagem do helicóptero. As filmagens daquele dia incluem a filmagem da banda na neve, as filmagens aéreas do local e imagens da banda em volta da fogueira, que não foram gravadas tarde da noite, mas estava escuro devido a longas noites da Suécia.
A banda retornou para Estocolmo e fez um show naquela noite. As tomadas das pessoas a cavalo foram filmadas no dia seguinte, 16 de dezembro de 1982. O U2 não estava presente e não são eles que montam nos cavalos.

Meiert Avis fez uma descrição do vídeo no site promocional para o lançamento da coletânea U218 Videos: "Este vídeo realmente não faz qualquer sentido no contexto da letra da versão do álbum 'O ouro é a razão para as guerras que fazemos'. Fazer vídeos para o U2 é um desafio, porque a maneira que Bono escreve letras, muitas vezes envolve eliminar todos os detalhes da inspiração original. O que resta é poético, universal e aberto para projeção subjetiva. É por isso que todo mundo pode relacionar as músicas do U2 com suas próprias vidas. No entanto, a parte visual do cérebro está ligada de forma diferente e procura continuamente o significado e a narrativa linear para a ligação. Boa sorte na procura disto com este vídeo. Talvez um filme de Kurosawa sendo exibido em Dublin esse ano? Esta gravação estava brutalmente gelada. Há garrafas de uísque enterradas na neve ao redor, algumas ainda devem estar lá. A banda estava congelada, duros de frio, como Jack MacGowran em "Fearless Vampire Killers", e então tivemos que encontrar algumas garotas suecas para fazer a cenas nos cavalos. Eu gostaria que eles tivessem colocado meu videoclipe de “All I Want Is You” nesta coletânea, em vez deste."

Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

Bryan Adams mostra cartão que recebeu de integrantes do U2


O cantor Bryan Adams está em Dublin com sua turnê Get Up, e mostrou em seu Instagram um cartão de boas vindas que recebeu do U2, assinado por Bono, The Edge, Larry Mullen e Adam Clayton.
Bryan agradeceu pelas cervejas!

O cartão diz:

"Bryan, tome a cidade, mas deixe um pouco para nós! Bono, Edge, Adam e Larry."

quarta-feira, 15 de junho de 2016

"É uma boa música... mas você não pode interpretá-la."


Bono conta uma história do ano de 1989, quando o U2 estava na estrada com a turnê Lovetown:

"Eu estava em um bar em Nashville com o Cowboy Jack Clement e Adam. Lá no palco estava um homem, longos cabelos, cerca de cinquenta anos de idade, ou talvez um homem de quarenta anos que já passou por muito mais do que a maioria. Ele estava lá, tocando músicas, um compositor famoso do país, tocando em um bar para cerca de quinze pessoas e sua canção dizia "se eu estivesse no seu lugar eu me abandonaria."
Cowboy Jack levantou-se e ele tocou algumas músicas com este cara. E eu e o Adam nos levantamos e tocamos algumas músicas para este povo, quinze, vinte pessoas, que não tinham ideia que éramos de uma banda.
Nós tocamos "Love Rescue Me". Eu desci do palco e este velho índio estava de pé no bar. Ele me chamou e disse: "Você que escreveu essa música?" Eu disse "Sim". Ele disse "boa música... mas você não pode interpretá-la."
Eu adorei isso, foi ótimo. Ele adorou as músicas, mas achava que não poderíamos tocá-las.
O público gostou muito também, mesmo achando também que nós não poderíamos tocá-las."

Arquivo: "A Celebration"


"A Celebration" foi um single non-album, lançado entre 'October' e 'War'. O videoclipe usa a versão de estúdio da canção. O vídeo foi dirigido por Meiert Avis e traz Bono e a banda correndo na prisão Kilmainham Gaol em Dublin.
Bono está vestido com calças vermelhas brilhantes, percorrendo a cadeia e dançando na escada. Existem alguns efeitos especiais de uma porta, explodindo em luz, quando Larry e Adam atravessam. E às vezes a banda passeia através de corredores cheios de fumaça. Um grupo de cinco "guardas" são filmados fazendo a letra de "shake, shake". A banda então se junta para tocar em uma das salas da prisão, e o vídeo é entrecortado com filmagens de edifícios sendo demolidos e crianças montando cavalos, enquanto a performance do U2 se move para um local ao ar livre preenchido de fumaça. Seria a ideia do U2 de uma performance em um futuro pós-apocalíptico?
O single foi lançado em março de 1982, e o vídeo foi filmado na mesma época.
Larry Mullen falou sobre a filmagem: "nós fomos nesta prisão em Dublin, onde a revolta de 1916 teve lugar, chamada Prisão Kilmainham e filmamos com a ideia de fuga. Foi muito um olhar para nós mesmos. Como quando estávamos na escola e todo mundo estava nos dizendo 'vocês são uma porcaria' e não conseguimos um contrato de gravação, o que foi o triunfo de ultrapassar barreiras."
O vídeo foi filmado pelo diretor Meiert Avis, que tinha trabalhado com a banda em vídeos anteriores. A cadeia, como Larry mencionou, tem muita história, e mais tarde serviria como o local de filmagem do filme 'Em Nome Do Pai'.
A prisão em si foi descomissionada como uma prisão em 1924 e agora funciona principalmente como um museu, e visitas guiadas são possíveis. A prisão está localizada em Dublin, na Inchicore Road, que tem uma outra conexão com o U2: Inchicore foi um apelido dado para The Edge nos primeiros dias da banda.
O vídeo nunca tinha sido inserido em nenhum lançamento comercial do U2, mas agora pode ser visto como parte de um dos bônus na reedição de 2011 de 'Achtung Baby', no box Super ou Uber.



Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)
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