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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Capítulo 13 - Os primeiros compactos pela nova casa, Island Records

Em maio de 1980 lançam o compacto 11 O’ Clock Tick Tock, o primeiro pela Island Records, com produção de Martin Hannett.
O disco é extremamente bem produzido por Martin, que leva suas idéias desenvolvidas com o Joy Division para o U2, colocando um clima meio lúgubre e até cavernoso para o trabalho. Bono diria anos depois que Martin havia virado o produtor da moda e que sentiu que a gravação do disco havia sido apenas um passatempo para Hannett, sem, no entanto, negar que aprenderam muito com ele.
Com um lançamento no mercado britânico, o grupo partiu para uma nova investida pela Inglaterra.
Enquanto Paul McGuinness tentava fazer com que Joe integrasse a caravana da banda com a função de engenheiro de som, Bono, The Edge e Larry aprofundavam os estudos sobre a Bíblia em um grupo chamado Shalom. Além dos três, Ali, Maeve, Pod, Guggi e Gavin faziam parte do grupo. Influenciados pela doutrina do Shalom que afirmava que a não ser que você nascesse novamente através da água e do espírito não seria aceito no reino do paraíso, o grupo se reunia duas vezes por semana, com reuniões que podiam durar até três horas. Para Larry, a reunião era uma maneira bastante satisfatória para diminuir a saudade que sentia de sua mãe e encontrar paz interior. Sem saber, o U2 estava criando uma relação muito mais forte entre seus integrantes, apesar de Adam Clayton não participar de tais reuniões.
Enquanto isso, McGuinness começava a tratar de uma nova estratégia para melhor gerenciar o grupo. Cansado de ser passado para trás por várias pessoas do meio e sonhando colocar a banda em palcos da América, Paul resolveu seguir o conselho de Chris Blackwell, capo da Island e contactar Frank Barsalona, da agência Premier Talent, em Nova York. Blackwell fez o primeiro telefonema para Frank e ficou acertado que McGuinness viajaria para Nova York, em agosto, com uma fita da banda para passar a Barsalona. Paul viajou, ligou para Frank agendou uma reunião, mas não apareceu, pois no mesmo dia, seu pai, Philip morrera de um ataque cardíaco fulminante, obrigando Paul a voltar para Dublin.
Nesse mesmo mês, a banda entraria em estúdio para gravar outro compacto. A Day Without Me é a primeira parceria da banda com o produtor Steve Lillywhite.
Ela foi também o cartão de visitas da banda na América, quando o DJ Alan Carter de uma rádio de Boston comprou o disco, gostou tanto que passou a incluí-la em seu programa. Foi a primeira canção do grupo a ser veiculada nas rádios norte-americanas.
Steve Lillywhite confessa que não gostou da música quando a ouviu pela primeira vez, mas simpatizou com a banda e por isso aceitou a tarefa.
“Quando começamos a gravar ‘A Day Without Me’ achávamos que ela estava boa, mas quando ouvimos depois, me parecia ingênua. Mas o grupo tinha uma grande determinação e essa ingenuidade era uma marca forte deles. Por isso, mesmo não sendo minha canção favorita, resolvi não mexer muito no que havíamos gravado.”
No mês seguinte, soltam um novo single, I Will Follow. A canção com sua introdução hipnótica é um dos grandes clássicos da banda.
A canção trazia novamente “Radar” na capa. No lado B, uma versão de “Boy/Girl”, gravado ao vivo no Marquee Club, em Londres. A letra mais uma vez fala de morte, solidão.
E já estava na hora da banda lançar um LP..............


agradecimento: www.beatrix.pro.br/mofo
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