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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Adam Clayton, o Jazzman

Adam Charles Clayton foi o primeiro de três filhos, Adam, Sindy (Sarah Jane) e Sebastian, de Jo e Brian Clayton. A família Clayton viveu entre Inglaterra e África até 1965, quando se mudaram para Malahide, na Irlanda, após o pai Clayton ter aceitado o emprego como piloto na companhia aérea irlandesa Aer Lingus. Adam cresceu e frequentou a escola. Primeiro a escola primária, St Andrews (a mesma frequentada por The Edge), a escola preparatória de Castle Park e a St Columba’s College Rathfarnham, o­nde estudou até os 13 anos.
Conforme os anos foram passando, Adam tornou-se um jovem rebelde, com um gosto especial por quebrar regras. Um dos seus melhores amigos de St Columba, John Lesley, começou a instigar os gostos musicais de Adam, apresentando-lhe alguns grupos do momento. John tocava guitarra e convenceu Adam a tocar baixo para se juntar à banda que estava a criar.
Em 1975, o baixista recebe o seu primeiro baixo e entra na banda de John. Mas devido à sua postura rebelde, os pais optam por mandar o seu filho mais velho para a escola pública local – Mount Temple. Assim, em Setembro de 1976, o baixista começou a estudar em Mount Temple, mas não deixou a rebeldia de lado, a ponto de dois anos mais tarde ser convidado a abandonar a escola depois de ter aparecido com um vestido feminino e de o ter tirado em plena escola.

Apesar de ter estado pouco tempo em Mount Temple, ele atravessou-se no caminho de Larry Mullen e do seu anúncio pedindo músicos para a sua ‘banda’. Visto que tinha o baixo e já tinha feito parte de uma banda, Adam foi aceito. Agora sem aulas, Adam tinha tempo livre para servir como manager da banda, literalmente atazanando o juízo de qualquer pessoa que tivesse alguma ligação no campo da música. Entre estes, Bill Graham, Steve Averill e Phil Lynott (Thin Lizzy). Isto até ao momento em que Paul McGuinness tomou o seu ‘lugar’ de manager. Em 1981, ano em que o U2 lançou o seu segundo albúm, "October", deu-se o primeiro momento de crise da banda, muito devido à colisão entre Clayton e McGuinness e ao fato de os outros três membros da banda, Bono, The Edge e Mullen, terem simultaneamente se juntado a um grupo musical de inspiração cristã, questionando assim a compatibilidade entre o rock and roll e a espiritualidade. Clayton, que tinha perspectivas e crenças religiosas mais ambíguas, manteve-se durante algum tempo distante do resto da banda, até ao casamento de Bono com Alison Hewson (nome de solteira Stewart), do qual Adam foi convidado para ser padrinho. Em Agosto de 1989, Clayton foi manchetes de imprensa por todo o mundo ao ser preso em Dublin por posse de maconha. Contudo, conseguiu evitar maior polêmica ao decidir fazer uma grande doação para fins de caridade e, mais tarde, ao lamentar o ocorrido: "Assumo a minha culpa. Mas tenho a certeza que estava fora de mim emocionalmente. De qualquer modo, foi muito grave pois é ilegal."
Clayton teve também problemas com o alcool, que se tornou público em 26 de Novembro de 1993: Adam estava com uma ressaca tão grande que nem sequer conseguiu atuar no show de Sydney. Contudo, após este incidente ele deixou também a bebida.
Adam teve o seu momento de glória quando o álbum Achtung Baby teve como título provisório ADAM, devido à fotografia da contracapa do álbum em que ele aparece nú. Sobre isto Adam apenas disse: "os homens não devem ser obrigados a usar cuecas quando não está frio"
Em 1995, após a grande turnê "Zoo TV Tour" e a gravação do disco "Zooropa", Clayton foi para Nova Iorque com Mullen para ter formação de baixo. Até então, tudo o que Clayton sabia resultava do seu processo de trabalho e dedicação à música como autodidata. Durante este período, ele trabalhou no albúm experimental do U2, lançado sob o pseudônimo de "Passengers", intitulado "Original Soundtracks 1". Pela primeira vez Clayton grava um vocal principal em uma canção com a banda. Ao mesmo tempo, trabalhava com Larry Mullen Jr. na trilha sonora do filme "Mission:Impossible".
Clayton é o único membro solteiro dos U2. Durante o ínicio dos anos 90, esteve envolvido numa relação, chegando a estar noivo da top model britânica Naomi Campbell. Mais recentemente, voltou a estar noivo, desta vez da canadiana Suzanne Smith (antiga assistente de Paul McGuinness), com quem planeava casar no Verão de 2007, mas a relação terminou.
Como baixista, Adam Clayton é reconhecido pelo seu estilo musical único e ritmos que surgem em muitos temas como "New Year's Day" e "With or Without You". O seu próprio estilo foi influenciado por muitos outros como a produção da editora discográfica Motowm ou música Reggae, e tem vindo a evoluir ao longo do tempo de carreira do U2. Ele cita músicos como Paul Simonon do The Clash como uma das influências mais fortes e diretas no seu estilo.
Quando Clayton se juntou ao U2, não tinha qualquer formação musical em baixo, o que permitiu que o seu estilo se desenvolvesse livremente até 1995. Contudo, à medida que a banda crescia e evoluia, o estilo foi se tornando cada vez mais complexo, um crescimento musical pessoal que é bem visível em albúns como "The Joshua Tree" de 1987 e "Rattle and Hum" de 1988. Além do baixo, Clayton toca também guitarra e piano em algumas canções do U2.
Na Vertigo Tour, Adam assumia a guitarra e deixava o baixo à cargo de The Edge, quando executavam a canção '40', que fechava alguns shows da tour.
Adam trabalhou em vários projetos solos durante a sua carreira.
Tocou com Robbie Robertson no seu albúm homônimo em 1987, tendo atuado também com Maria McKee. Juntou-se igualmente ao produtor do U2, Daniel Lanois e a Larry Mullen Jr. no albúm "Acadie", em 1989, tocando baixo em canções como "Still Water" e "Jolie Louise".
Em 1994, Clayton participou novamente com Larry Mullen Jr. nos temas "These Days in an Open Book", "Don't Forget About Me", "On Grafton Street" e "This Heart", gravados para o disco "Flyer" de Nanci Griffith.
Clayton e Mullen regravaram ainda o tema de "Mission: Impossible" para o remake de 1996 da famosa série, que foi modificado de 5/4 tempos para 4/4.
O tema de "Mission: Impossible" viria a ser nomeado em 1997 para um prêmio Grammy na categoria de "Melhor Performance Instrumental Pop".
Adam Clayton já apostou nos efeitos, com ênfase ao uso de slaps, e distorções. Mas o baixista prefere um som mais puro e direto do seu intrumento. Seja qual for a abordagem, o ‘jazzman’ da banda (como é chamado por Bono) continua imprevisível e criativo.
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