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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Trailer: 'Bono: Stories Of Surrender'


"Algo estranho ou… surpreendente?" 

O trailer de 'Bono: Stories Of Surrender', dirigido por Andrew Dominik. O evento inovador será transmitido em 30 de maio no Apple TV+ e será o primeiro longa-metragem disponível no Apple Immersive no Vision Pro.
O documentário é descrito como uma "releitura vívida" do show solo que Bono apresentou no Beacon Theatre, em Nova York, em abril de 2023 (e que foi baseado em parte em seu livro de memórias, 'Surrender: 40 Songs, One Story'). O filme apresentará cenas inéditas desses shows, além de apresentações de uma série de clássicos do U2. O trailer apresenta versões de "City Of Blinding Lights" e "Where The Streets Have No Name".
"Estas são as histórias fantásticas de um astro do rock baixinho", brinca Bono no início do novo trailer. O vídeo continua com ele discutindo como conheceu sua futura esposa, Ali, na mesma semana em que entrou para o U2, e seu relacionamento, às vezes complicado, com seus pais, especialmente após a morte de sua mãe. "A resposta do meu pai a essa tragédia foi nunca mais falar dela", diz Bono, antes de acrescentar: "Eu ansiava pela atenção do meu pai, então cantei cada vez mais alto".
Em outro trecho, Bono reflete sobre a natureza do show business, da arte e do truque específico que os grandes artistas precisam executar. "Em busca da verdade, somos capazes de mais mentiras do que a maioria", observa ele, enquanto inclina o que parece ser uma caneca cheia de Guinness de um lado para o outro, apenas para o "líquido" permanecer imóvel no copo.


Áudio: 'Bono: Stories Of Surrender', o show


"City Of Blinding Lights"

"Vertigo"

"With or Without You"

"Out of Control"

"Stories for Boys"

"I Will Follow"

"Iris (Hold Me Close)"

"Sunday Bloody Sunday"

"Pride (In the Name of Love)"

"Where the Streets Have No Name"

"Desire"

"Beautiful Day"

"Torna a Surriento"

Instrumentals:

"Into the Heart"

"Gloria"

"October"

"Miss Sarajevo"

terça-feira, 29 de abril de 2025

Morre aos 66 anos o vocalista Mike Peters, do The Alarm


O músico galês Mike Peters, vocalista da banda The Alarm, morreu hoje aos 66 anos.
Nesta manhã, o perfil oficial da banda compartilhou uma publicação em homenagem ao artista, que também teve sua morte confirmada pela BBC. Sem nenhuma legenda, a publicação contou apenas com o nome de Mike, sua data de nascimento e o dia de sua morte.
Mike Peters lutou por mais de três décadas contra um linfoma não-Hodgkin. Seu câncer foi diagnosticado em 1995 e, apesar de entrar em remissão, a Síndrome de Richter de Peters — uma forma agressiva de linfoma que ele descobriu ter em 2023 — retornou neste ano.
Nos últimos meses, Peters apareceu internado em algumas publicações do perfil do The Alarm. "Conseguimos viver mais um dia", afirmou a legenda da postagem feita no aniversário do artista.
The Alarm excursionou pelos Estados Unidos pela primeira vez como convidado do U2 na etapa final da War Tour. 
Mike Peters trabalhou também com o Big Country, e disse: "Conheci a banda durante a turnê do U2, na turnê War, em 1983. Primeiro, quando fui apresentado a Stuart Adamson ao vivo no palco do Hammersmith Palais, quando cantamos "Knocking On Heaven's Door" juntos), e depois conheci o restante da banda no Birmingham Odeon. Eu, The Edge, Stuart Adamson e Bruce Watson fizemos uma jam session no camarim, o que destacou o quão diferentes éramos como músicos. Eu era só acordes de guitarra abertos e dedilhados pesados, The Edge só conseguia tocar o que tinha inventado e Stuart e Bruce Watson eram como gêmeos que tocavam tudo em harmonia.
Bono e U2 me mandaram uma caixa de champanhe quando eu estava com o Big Country em Dublin, se é que isso importa. Devo muito a essa banda, assim como ao The Alarm e ao Big Country. Todos nós tivemos oportunidades de abrir shows para eles e eu, por exemplo, serei eternamente grato por isso".

Dolores O'Riordan elogiando o U2 e criticando a inveja dos irlandeses


O The Cranberries eram desconhecidos fora dos círculos mais descolados do rock, até o sucesso de platina de 'Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?', onde eles se destacaram como a primeira banda irlandesa a realmente conquistar os Estados Unidos desde o U2. 
Grande parte da atenção da mídia voltada para eles se concentrou em Dolores O'Riordan, uma cantora cuja abordagem única à sua arte destacou o caminho desafiadoramente independente que o grupo trilhou até o topo das paradas da Billboard.
No entanto, embora Dolores rejeitasse comentários de pessoas que afirmam que os Cranberries eclipsaram o U2 nos Estados Unidos, ela admitiu que o sucesso da banda finalmente provou que a Irlanda é mais do que apenas um país de uma banda só.
"Não concordo com ninguém que diga que eclipsamos o U2 de alguma forma", argumentou. "As pessoas continuaram vindo até mim depois que ganhamos o National Music Award, dizendo 'Dolores, o U2 teve esse prêmio de Melhor Banda por anos e agora os Cranberries ganharam, vocês venceram o U2!' Isso realmente me deixou doente, porque o U2 sempre foi uma fonte de inspiração para uma banda como a nossa.
Eles vieram da Irlanda, saíram e se destacaram internacionalmente, mostrando tudo o que uma banda irlandesa pode fazer, o que provavelmente é uma de suas maiores conquistas. E o que foi realmente importante para mim foi que eles eram apenas quatro caras normais, de origens comuns, como todos nós. E eles conquistaram o mundo e venceram! Eles sempre serão brilhantes aos meus olhos. Mas o que descobri é que os irlandeses, em primeiro lugar, não percebem o talento que existe na Irlanda até que a banda se destaque internacionalmente, e aí há muita inveja e reclamação.
Mas talvez isso tudo acabe agora, com o sucesso do U2 em termos do que eles estão fazendo, e com pessoas como Jim Sheridan, Roddy Doyle e The Cranberries. As pessoas deveriam perceber que estamos todos juntos nisso, não estamos competindo uns com os outros. Certamente, os Cranberries não estão competindo com gente como Sinead O'Connor e o U2. Mas, definitivamente, os Cranberries mostraram que há mais na Irlanda do que apenas U2 e Sinead".

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Bono e The Edge falam sobre a canção que "não é nada U2"


O site U2 Songs escreve que na canção "Happiness" de 'How To Re-Assemble An Atomic Bomb', assim como outras músicas do álbum, novos trabalhos foram adicionados no início de 2024. 
The Edge disse sobre a música: Não é nada U2, é isso que eu amo nela. Foi sempre uma daquelas que prometemos que voltaríamos. 
Nós realmente entendíamos que havia algo muito especial ali. Jacknife foi fundamental para nos ajudar a dar um toque de bom gosto a ela. Isso foi a partir de uma improvisação de 40 minutos com todas essas ideias e seções diferentes. O fato de ela se manter como uma única peça musical com ideias tão diferentes é realmente incrível".
Sobre a letra, Bono contou: "Tenho poucas lembranças disso. Lembro-me de sentar com Edge para tocar. Lembro-me de simplesmente apreciar a colisão de palavras e da influência do hip hop. Lembro-me de que estávamos maravilhados com Dr. Dre.
Eles têm um jeito divertido de colidir palavras. Um caleidoscópio de palavras. Então foi daí que surgiu a letra. Me diverti ouvindo de novo, porque você me vê tentando dísticos em todos os tipos de lugares diferentes, e o que sempre aparece é, claro, 'estamos no deserto…'"

sábado, 26 de abril de 2025

Bono: "Quando vimos bandas clones do U2 alcançando sucesso nos Estados Unidos, ficamos bastante perplexos"


Após o disco 'October' do U2, de 1981, Bono começou a se interessar por Gandhi, Martin Luther King e pela ideia de resistência passiva. 
Ele contou em 1984: "Percebi que não se pode ser um pacifista passivo, é preciso ser um pacifista agressivo. Eu precisava fazer uma declaração forte sobre o que estava acontecendo, e "Sunday Bloody Sunday" é essa declaração. 
'War' não é só conflito e violência. O amor ainda é um tema central. "New Year's Day" é realmente esquizofrênica. Foi inspirada por Lech Walesa e o Movimento Solidariedade, mas, ao mesmo tempo, é uma canção de amor. O amor é sempre mais forte quando confrontado com uma luta. E mesmo em "Sunday Bloody Sunday" há um verso: 'Esta noite podemos ser um só'. O rock 'n' roll pode fazer, de maneiras práticas, o que os políticos só conseguem fazer em teoria. Eu realmente acredito que a música tem o poder de quebrar barreiras.
Mas nos Estados Unidos, a música é completamente seccionalizada e compartimentada – música contemporânea adulta, AOR, Disco, R&B – essas são falsas divisões. A música deve quebrar barreiras. Fiquei muito animado, por exemplo, quando soube que Joe Jackson estava sendo tocado em emissoras black. Precisamos alcançar a unidade musical, assim como a unidade política. Há uma certa dose de justiça no sucesso de 'War', porque quando vimos bandas clones do U2 alcançando sucesso nos Estados Unidos, ficamos bastante perplexos. 
Tanta energia foi investida na tentativa de fazer "I Will Follow" ser tocada que, toda vez que uma grande emissora a transmitia, era 'aleluia' e o champanhe era estourado. Apesar da falta de veiculação, passar um tempo nos Estados Unidos nos últimos três anos nos deu uma base e um fundamento que muitos outros grupos, o tipo de música nova e excêntrica, não têm. Há uma certa estabilidade em sentir que você não apenas pintou o rosto de um certo jeito para sair às ruas e ser uma prostituta de sucesso".

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Gavin Friday fala sobre Bono, Guggi, Cedarwood Road e é questionado sobre o silêncio do amigo e vocalista do U2 sobre a Palestina


Gavin Friday relembra seu passado em "When The World Was Young", uma música de seu novo álbum 'Ecce Homo', e é dedicada a Bono e Guggi. 
"Eu não planejava escrever sobre todas essas coisas retrospectivas, mas é o que acontece quando você faz 65 anos", diz Friday. "Dedico a música "When The World Was Young" ao Bono, Guggi e à turma do Lypton Village, mas acho que nos perdemos... nem sabíamos o que ia acontecer. Fomos rejeitados na América. Lembro que a primeira grande rejeição foi no The Late Late Show, Gay disse não. Foi no mesmo fim de semana do Papa no Phoenix Park. Eles nos espancaram por um ano. Depois fomos para Londres e tínhamos uma espécie de culto de seguidores, mas era quase como 'como ousar não ser o típico irlandês'. Não parecíamos com The Blades, U2 ou The Vipers, então fomos para a Europa e abraçamos totalmente a ideia. Hoje em dia, estou animado para ver o jovem Gavin Friday podendo andar por aí de mãos dadas e não levar chutes na cabeça". 
Bono, The Edge e Guggi foram vistos em shows da turnê europeia de Gavin Friday.
Durante estas apresentações, Gavin falou sobre ter conhecido Bono e Guggi: "Um garoto numa rua sem saída veio até aqui para fazer uma ligação em 1974 e conheceu outros dois garotos. Eu morava naquela rua sem saída, eles moravam do outro lado da rua. Fizemos algo extraordinário, nos tornamos amigos". 
Gavin relembra seus primeiros dias na Cedarwood Road. Ao apresentar "When The World Was Young", ele diz: "Dois outros caras daquela porra de Cedarwood Road. Esta vai para o garoto do 140, o garoto do 10 e o garoto do 5".
O novo álbum é uma verdadeira odisseia. Dedicado à sua falecida mãe e a vários amigos que faleceram nos últimos anos, ele aborda temas típicos de Gavin Friday, como catolicismo, sexo e política.
O título do álbum significa "eis o homem", as palavras irônicas de Pilatos a Jesus Cristo quando colocou uma coroa de espinhos em sua cabeça. O novo álbum é como se Gavin Friday estivesse se reapresentando — e se assumindo — após 13 anos de ausência desde seu último álbum, 'Catholic', de 2011.
"Sou eu me reapresentando, mas sou um tipo singular de artista e nunca andei na linha", diz ele. "Sempre andei sozinho e não sigo a esteira rolante, mesmo quando era garoto com os Virgin Prunes. Às vezes, fico sentado em casa ouvindo Mahler. Mas eu não fiquei parado nos últimos 13 anos. Tenho estado muito ocupado com projetos paralelos, trilhas sonoras, meu trabalho com o U2, porque eles ficaram muito ocupados com shows nos últimos dez anos. Coisas da vida real também aconteceram. Minha mãe ficou muito doente e eu tive que tirar um tempo, um tempo que eu queria tirar, e aí a pandemia nos atrapalhou. Eu não estava relaxando nem durante a pandemia. Não há nenhum elemento de aposentadoria no horizonte".
Sua mãe, Anne Storey Hanvey, faleceu após lutar contra o Alzheimer, seu velho amigo e colaborador, o produtor musical americano Hal Willner, também faleceu, e então após 15 anos Ralf, o irmão de ninhada de Stan, seu dachshund alemão de pêlo longo, foi para o paraíso canino. Então, sua velha amiga Sinéad O'Connor morreu.
"O Ralf faleceu dois dias depois da morte da Sinéad, o que foi muito triste. O país inteiro ficou triste com a Sinéad. Havia uma dor de forma linda no país. Lembro-me de quando a notícia saiu, a RTÉ começou a tocar a música dela e eu me lembro de sair para passear com os cachorros e tudo o que se ouvia em todas as casas da cidade era a música da Sinéad. As pessoas a amavam, e dois dias depois, um dos meus pobres cachorros morreu. E aí, para o Hal e minha mãe, foi uma luta, porque era uma coisa lenta. Alzheimer é uma doença terrível. Ela tira o espírito e a alma".
Anna foi uma das primeiras apoiadoras de Gavin Friday e fez roupas para os shows extravagantes e vídeos do The Virgin Prunes.
Ela é a estrela da faixa "Amaranthus (Love Lies Bleeding)". "O nome é uma homenagem às plantas que ela costumava cultivar", diz Friday. "A letra fala sobre perder alguém e não estar feliz com isso. Minha mãe foi possivelmente minha primeira grande fã e apoiadora. Ela era a costureira do The Virgin Prunes. Ela acabou nesta casa de repouso maravilhosa, onde eu e meus dois irmãos a visitávamos três vezes por semana. Um dia, cheguei e lá estava ela, sentada em seu quarto, com esmalte preto, batom preto e delineador azul... Ela se tornou uma Virgin Prune novamente".
"Lady Esquire" é sobre as propriedades alucinógenas de uma marca de graxa de sapato dos anos 1970 que as crianças cheiravam ("Estamos na colina perto das Sete Torres. Ei, cara, você quer ver os prédios dançarem?").
As Seven Towers são as mesmas citadas na letra de "Running To Stand Still" do U2 no álbum 'The Joshua Tree' de 1987.
Um dos momentos mais marcantes do álbum é "Stations Of The Cross", dedicada a Sinéad. Tanto ela quanto Friday tiveram suas próprias experiências com a Igreja Católica na Irlanda, a dela muito mais traumatizante do que a dele, e ambos usaram a iconografia católica em seus trabalhos desde o início.
"Essa imagem católica está no meu DNA", diz Friday. "Se você entrasse em um determinado cômodo da minha casa, pensaria que eu era um padre".
A Igreja já expiou ou poderá expiar seus pecados? "Acho que todos têm que expiar e podem", diz Friday. "Essa pergunta é como colocar um atiçador no fogo comigo. Eu convidei a Sinéad para cantar a Via Sacra comigo. Quando 'Catholic' foi lançado, ela me ligou e perguntou: 'Por que você não me chamou para cantar?', e eu respondi: 'Por que da última vez você não apareceu?'.
De qualquer forma, fizemos alguns shows em Dublin durante a turnê de 'Catholic'. Eu a encontrava por Dalkey ao longo dos anos e dizia que tinha uma música que ela talvez gostasse, e ela disse que cantaria comigo. Isso foi antes do lockdown e, impiedosamente, o filho dela faleceu e depois ela faleceu. Sinead quase foi açoitada na coluna e coroada de espinhos por causa do que fez com aquela imagem do Papa e depois tratada de forma realmente injusta pela mídia em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos. Ela foi uma das primeiras pessoas a realmente confrontar a questão da saúde mental publicamente. Ela estava vivendo isso, infelizmente.
Quando uso imagens religiosas, não é desrespeitoso. Uma pessoa de trinta anos na Irlanda hoje não entenderia do que estamos falando, o que aconteceu nos anos 60 e 70, e só Deus sabe o que aconteceu nos anos 50. Vivíamos em uma ditadura".
A raiva de Friday se transforma em uma fúria apocalíptica com o retorno de Trump.
"Todo mundo acordou pensando 'porra, se esse cara voltar, o que vai acontecer...?' Estou com muito medo. Também me preocupo com Putin. Infelizmente, vejo o Oriente Médio como um problema eterno. Não acho que isso vá ser resolvido. Tanta merda está surgindo ao mesmo tempo".
O que parece um bom momento para perguntar para Gavin Friday o que ele achou do silêncio percebido de Bono sobre a Palestina...
"Acho que o cara vai dizer alguma coisa, mas há tanto barulho por aí. Não importa o que ele diga, eles vão atrás dele e eu não quero que isso seja a manchete, mas é mais ou menos assim. Ele está profundamente estressado com tudo isso, eu sei disso. Mas não sei o que dizer... Acho o que a Irlanda está fazendo bastante admirável. A extrema esquerda na Irlanda acha que não é admirável o suficiente, mas o mundo lá fora é complicado.
Minha conclusão é esta: os seres humanos precisam conversar. Conversem uns com os outros, não conversem com o Facebook ou o Instagram".

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Ian Astbury do The Cult em 2010: "Não vejo o U2 dando sua música de graça. Eles são espertos"


No ano de 2010, Ian Astbury do The Cult disse:

"Quem foi irresponsável o suficiente para decidir que a música não valia nada e dá-la de graça, foi uma atitude muito egoísta. Quando olho para um garoto de 17 anos que está começando em uma banda e ouve: 'Sabe de uma coisa, garoto? Sua música não vale nada', acho isso nojento.
"Achei irresponsável o que o Radiohead fez (deixar os fãs decidirem quanto queriam pagar pelo álbum In Rainbows, de 2007). As pessoas observam o que eles fazem e copiam. Não vejo o U2 dando sua música de graça. Eles são espertos".

A solução de Astbury? Dar aos fãs algo de mais valor pelo dinheiro investido. Astbury acredita que o álbum foi "canibalizado" pelos downloads de faixas individuais. 
O The Cult lançou quatro EPs em 2010, que ele chamou de "cápsulas", trazendo curtas-metragens originais, fotografia conceitual e arte moderna.

4 anos após essa declaração de Ian Astbury, o U2 lançaria 'Songs Of Innocence' de graça no iTunes e enfureceria muita gente. A abordagem, considerada invasiva por muitos usuários, ainda é lembrada como um exemplo polêmico de marketing musical.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Inteligência Artificial está sendo usada para criar notícias falsas no Facebook sobre o U2


O site U2 Songs alerta que embora não haja muitas notícias oficiais sobre o U2 ultimamente, muitas notícias falsas sobre a banda estão sendo publicadas no Facebook. 
As histórias são todas iguais, algo chocante ou empolgante que fará a pessoa clicar no site. Ao acessá-lo, ele está cheio de anúncios e, potencialmente, alguns elementos mais perigosos. Esses sites quase sempre parecem começar com alguma URL relacionada a esportes.
As histórias publicadas? Absurdas e maldosas. Elas falam que Bono participou de um acidente de carro fatal, ou que Ali pediu o divórcio, ou que Adam e Larry tiveram um desentendimento que chegou à agressão física, ou que membros da equipe do U2 morreram. 
Essas histórias falsas se misturam a histórias que as pessoas poderiam acreditar mais, como a estreia do filme 'The Joshua Tree' no Festival de Cinema de Tribeca, uma nova turnê, uma turnê futura cancelada, Bono lançando um álbum solo de jazz e a Netflix exibindo um "documentário de rock" do U2 e muito mais. No entanto, essas histórias também são falsas. Tudo é projetado para obter uma reação de quem se depara e um clique para o site cheio de anúncios.
A maior parte provavelmente é gerada por IA. Tudo falso, com pouca base na realidade. E isso é perturbador para muitos fãs. Clicam apenas para descobrir que foi um golpe para gerar tráfego para publicidade.
Assim como perfis falsos atribuídos à Bono, The Edge, Larry Mullen e Adam Clayton que estão se destacando. Essas contas falsas do Facebook são configuradas para parecerem membros da banda ou uma conta oficial do U2, e oferecem coisas como meet and greets ou outras oportunidades VIP por uma pequena taxa. A banda não mantém contas individuais nas redes sociais. E eles não entrarão em contato com ninguém na seção de comentários em postagens pedindo para algo ser comprado ou para enviar mensagens diretas. 
Ao rolar até o final da página inicial do U2.COM, lá estarão as contas oficiais da banda nas redes sociais.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Noel Gallagher revela que show que o U2 tocou foi o melhor que ele já assistiu em sua vida


Noel Gallagher respondendo sobre o seu show mais memorável ou inspirador e por quê:

"Um foi em 1992, num lugar chamado G-Mex em Manchester, com U2, Public Enemy e Kraftwerk no mesmo show. Que foda! 
Foi na turnê Zoo TV do U2 e foi alucinante. Eu tinha visto o U2 naquela turnê, e o show naquele dia, e isso não é mentira, era Public Enemy, Kraftwerk e U2 — o maior show de todos os tempos. Lembro que tinha um DVD, e eu costumava assistir quando era roadie, e eles costumavam tirar sarro. Mas fiquei impressionado. Eu nem estava em uma banda naquela época, mas foi tipo: 'Quando eu entrar em uma banda, é assim que eu vou fazer'. 
O segundo show foi quando Neil Young estava fazendo sua turnê solo acústica por Greendale. Era só ele, um violão e sua gaita de boca no Hammersmith Apollo em Londres e foi simplesmente incrível. Ele tocou o álbum inteiro do começo ao fim e você meio que fica sentado lá assistindo e pensa: 'Caramba, cara, eu ainda não consegui fazer isso'. Sabe o que eu quero dizer? Ele é o mestre. E aí, claro, fiel à sua forma, você sai e compra o álbum e é uma merda total. O filme é horrível. Eu meio que gosto do Neil Young só porque ele é punk rock pra caralho, ele e o Dylan. Velhos malucos, cara".

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Bono e The Edge disfarçados foram roadies para o The Alarm nos EUA


A banda galesa de rock The Alarm seguiu os passos de seus companheiros U2, ascendendo da fértil cena pós-punk do Reino Unido no final dos anos 70 para alguns dos maiores palcos do mundo, antes de se separarem amargamente no início dos anos 90.
Para muitas pessoas, o The Alarm explodiu depois que eles tocaram o que provou ser seu single de sucesso, "Sixty Eight Guns", no Top Of The Pops. Era setembro de 1983 e a banda voou até os Estados Unidos só para gravar o programa. Musicalmente coesa após meses na estrada, sua apresentação impulsionou a música para o Top 20. Pelo resto daquela década, seus hinos de convocação às armas e politicagem desavergonhada lhes renderam uma base de fãs ávida que ainda viaja o mundo para ouvi-los – assim como o escárnio da imprensa musical britânica. Álbuns comoventes como 'Declaration', de 1984, e 'Strength', do ano seguinte, exploraram a vibração sociopolítica imposta por seus pares musicais U2, Simple Minds e Big Country. As declarações do The Alarm eram ousadas e cheias de bravura; eles cantavam sobre um futuro; soavam esperançosos, embora muitas vezes consternados.
O The Alarm já tinha quatro shows quando a grande oportunidade veio. Em 19 de dezembro de 1981, eles fizeram um show no clube subterrâneo londrino Rock Garden. Para a surpresa do The Alarm, o lugar estava lotado; Robert Smith, do The Cure, estava no bar ao lado de uma série de homens de A&R, empresários e executivos da indústria musical. Entre eles estava Ian Wilson, agente da então em ascensão banda irlandesa de rock U2. O The Alarm tocou com o coração na boca, terminou o show, saiu cambaleando do palco e voltou para o camarim. Enquanto o promotor mantinha uma série de pessoas impressionadas da gravadora do lado de fora, Ian Wilson disse à banda o quanto gostaria de trabalhar com eles.
E ele cumpriu sua palavra. Em 22 de dezembro, o telefone tocou. Era Wilson.
“Estávamos fazendo as malas para a viagem de volta para casa no Natal", conta Mike Peters, "e o Ian perguntou: 'Quer tocar com o U2 hoje à noite?' Tínhamos a política de não abrir para mais ninguém, então eu disse não. O Nigel, graças a Deus, pegou o telefone e disse: 'Claro que vamos tocar com o U2, Ian!'"
Naquela noite, no teatro Lyceum, em Londres, Bono assistiu ao show do The Alarm de um canto do palco. Mais tarde, ele pagou bebidas para eles e disse o quanto gostava do que faziam. Sem querer, eles estavam fazendo amigos em altos cargos.
Depois da empolgação de 1981, o ano de 1982 foi sem graça. O The Alarm passou o ano tendo suas demos rejeitadas por uma gravadora após a outra. Ian Wilson, então empresário deles, os colocou na estrada com qualquer um que os aceitasse: Boomtown Rats, The Jam, Dexy's Midnight Runners. Isso os manteve ocupados.
A oportunidade veio por meio de seus amigos do U2. Os empresários da banda irlandesa estavam tentando convencer o U2 de que mais uma etapa americana da turnê de 'War' os tornaria estrelas nos EUA. Eles fariam isso, a banda disse, contanto que pudessem ter alguém de quem gostassem como banda de abertura. O que foi a deixa para o The Alarm.
"Nosso primeiro show foi em São Francisco, no Civic", diz Mike Peters. "Nossa caminhonete alugada tinha um limitador de velocidade, então chegamos tarde. Bono e The Edge nos encontraram na porta e nos ajudaram a entrar com nossos equipamentos. Lembro-me de um fã dizendo: 'Aquele roadie parece o Bono!' Eles estavam com os bonés abaixados, mas estavam jogando nossos equipamentos para cima do palco".
E assim começou o caso de amor do The Alarm com a América, embora unilateral no início. Embora tenham triunfado na turnê de 'War' do U2, ainda tiveram que passar semanas abrindo shows para artistas americanos como Pat Benatar. "Foi difícil tocar para caras do beisebol e chapéus de cowboy que só gostavam de rock dos anos 70", lembra Peters. "O punk não existia naquelas partes da América. Mas o Iggy era de lá, os Ramones, os New York Dolls. Então havia público. Você só tinha que encontrá-los".

sábado, 19 de abril de 2025

As canções favoritas de Bono na fase do álbum 'October' do U2


As preferências musicais de Bono na época em que o U2 lançou seu segundo disco, 'October', demonstram um gosto diverso e inesperado.
Em uma coluna de 13 de Junho de 1981 na NME intitulada "Retrato do Artista como Consumidor", inspirada no romance de James Joyce, Bono compartilhou suas principais escolhas. Ele também listou seus álbuns favoritos, dando aos fãs um vislumbre de suas ecléticas influências musicais.
Entre suas cinco músicas favoritas estavam "Happy Xmas (War is Over)", de John Lennon e Yoko Ono, que ele chamou de "meu primeiro single", e "Hello Hurray", de Alice Cooper, que foi seu "segundo single".
Completando sua lista, estavam "Ol' Blue Eyes", de Frank Sinatra, "Faithful Departed", de Radiators From Space, e "Alternative Ulster", do Stiff Little Fingers.
Bono continuou a elogiar esta última faixa em entrevistas futuras, inclusive mencionando-a ao discutir outra música popular da banda de Derry, The Undertones.
Naquela época, "Teenage Kicks", do The Undertones, e "Alternative Ulster", do Stiff Little Fingers, foram lançadas ao mesmo tempo.
Bono relembrou em 2007: "Minha trilha sonora era mais "Alternative Ulster", do Stiff Little Fingers".
A playlist de Bono também não era escassa em clássicos; incluía "The Wild, The Innocent And The E Street Shuffle", de Bruce Springsteen, além de "Better Scream", do Wah! Heat, e "In The Grey Light", do Virgin Prunes.
Bono não se limitou às músicas; ele confessou sua predileção pelos temas de 'Midnight Express' e 'The Good, The Bad And The Ugly'.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

The Edge explica o processo no trabalho das novas músicas do U2, e revela que a banda vem tocando em estúdio como um quarteto, e também como um trio


O site U2 Songs fornece mais detalhes sobre entrevista de The Edge para a U2 X-Radio na SiriusXM, com a apresentadora Jenny Huston. 
Quando perguntado sobre o que a banda está fazendo, Edge respondeu: "Estamos sempre de olho no próximo projeto. Estamos realmente focados em coisas novas".
Ele explicou que o lockdown por causa da Covid foi um período produtivo para ele pessoalmente: "Durante o lockdown, foi isso que eu fiz. Entrei no meu estúdio, toquei e trabalhei em algumas músicas novas. Então, eu tinha umas 100 músicas em potencial em andamento. Então, esse período é realmente dedicado a compor e gravar músicas, então acho que estamos no estado de espírito certo, e é isso que estou querendo dizer. Este foi o momento perfeito para nós em termos do nosso ciclo. Porque quando você está na estrada, é muito difícil trabalhar em músicas novas, você fica tão absorvido pelos shows e pelo que a turnê envolve. Mas quando estou fora da estrada, é quando realmente consigo me concentrar e ir fundo. É engraçado como você entra em condições para compor, gravar e fazer novas músicas.
Acho que ainda é um mistério para nós. Nunca foi e nunca será fácil. Você aparece. Você aparece e talvez de vez em quando acabe saindo com uma ótima música. Nesse sentido, é uma longa observância em uma direção, não me lembro de quem é a citação, mas é o que exige. Muita concentração".
Sobre o andamento do álbum, The Edge compartilha: "Bem, estamos muito animados. Temos muito material para escolher. Estamos escolhendo as melhores ideias, as melhores músicas, nosso problema é restringir as opções. Então, estamos tocando com temas subjacentes que nos ajudarão, eu acho. É a espinha dorsal. Uma vez que temos a espinha dorsal temática, das letras e das ideias, podemos encaixar as músicas nessa história abrangente, e é aí que chegamos àquela fase em que é hora de realmente começar a seguir certas músicas e deixar outras de lado. Não que elas também não sejam boas. Mas queremos que esta seja uma coleção realmente coesa. E também estamos muito animados em nos reunirmos como uma banda e tocar, às vezes como um quarteto, às vezes como um trio, queremos que as gravações tenham o som da banda, a química da banda. Então, esse também é um foco. O que é ótimo. Nossa banda é meio limitada em alguns aspectos, mas realmente tem muita personalidade. Quando tocamos juntos, quando estamos fazendo música, soa como nós, é algo notável, não importa onde as músicas começaram em termos de gravações iniciais ou demos, quando tocamos juntos há uma certa coisa U2 que acontece".
Questionado se eles estão focados em um álbum em vez de uma coleção de músicas individuais, Edge respondeu: "Com certeza. Obviamente, esta é uma fase de músicas individuais, e tenho certeza de que haverá músicas de destaque nesta coleção. Para nós, é muito importante. Porque, de certa forma, nos ajuda, eu acho, a entrar em uma nova área de criatividade. Acho que uma música não parece substancial o suficiente, mas se você tem uma coleção de músicas que permite entrar em um novo território musical e temático, acho que isso permite muita criatividade e inspiração. Isso muitas vezes alimenta não apenas o álbum em si, mas também a turnê que inevitavelmente se seguirá. Você começa a pensar em como essas músicas ficarão em um contexto ao vivo, como será a apresentação, até que tipo de calçado usarei?"
A conversa sobre o novo álbum termina com: "É importante que você entre com um ponto de vista forte. O ponto de vista é o que estamos desenvolvendo agora, à medida que as músicas vão ganhando foco. É isso que todos podem não entender em todos os aspectos, mas conseguem sentir. Nosso público meio que entende intuitivamente que há ideias por trás disso, além da impressão inicial que eles têm, há uma ressonância além disso. Então é importante. Está na nossa história, sempre esses discos, essas ideias, que olhamos para trás e pensamos: 'Chegamos a um acordo, foi um bom conjunto de ideias e uma boa direção para nós', e então, se ainda não deu certo, também percebemos isso. Então, é um momento crucial".

A canção do rapper Lil Wayne com participação de Bono que o mundo provavelmente nunca escutaria, será lançada


No ano de 2015, o produtor de hip hop DVLP (Develop) confirmou que o rapper Lil Wayne tinha uma canção inédita com participação de Bono, mas que o mundo provavelmente nunca escutaria.
O rapper estava para lançar um novo disco naquele ano, e que seria chamado de 'The Carter V', já com muito atraso.
Mas segundo o produtor das canções, a parceria com Bono não faria parte do tracklisting, e poderia ser arquivada para sempre.
A parceria provavelmente foi gravada entre 2010 e 2013.
Agora, a Billboard escreve que quando os fãs finalmente ouvirem o agora intitulado Lil Wayne's Tha Carter VI — um álbum no qual ele vem trabalhando há seis anos — eles ouvirão a canção com participação de Bono.
Bono estará em uma faixa intitulada "These Are The Days", que também conta com a participação do filho de Wayne, Kameron. 

Com Jacknife Lee produzindo, novas canções do U2 estão sendo gravadas em estúdios em várias partes do mundo


The Edge telefonou para a U2 X-Radio na SiriusXM para conversar com a apresentadora Jenny Huston.
O guitarrista falou sobre as novas músicas que o U2 começou a compor durante o lockdown, sua nova série no canal ('Best Ever Guitar Sound'), as músicas que está ouvindo agora, a apresentação no Sphere em Las Vegas e muito mais.
"Estamos nos divertindo muito", disse The Edge sobre a gravação do novo álbum do U2. "Estamos trabalhando juntos em estúdios em várias partes do mundo com Jacknife Lee. Ainda não terminamos nada, então é muito cedo para começar a contar às pessoas o que é, mas estamos progredindo muito".

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Bono e Simon Carmody são creditados pela composição de mais uma música de Martin Garrix


O site U2 Songs escreve que Martin Garrix se uniu a Arijit para um segundo single, chamado "Weightless". Assim como a música anterior, "Angels For Each Other", lançada em março, Bono e Simon Carmody aparecem novamente nos créditos pela composição da música.
As notas de lançamento dizem: "O DJ e produtor holandês Martin Garrix, líder das paradas, e a sensação musical global da Índia, o artista mais seguido do mundo no Spotify, Arijit Singh se uniram para lançar o novo single "Weightless" pelo selo de Garrix, STMPD RCRDS. 
Em "Weightless", Garrix criou uma batida hipnotizante e fluida, com o excepcional talento vocal de Arijit Singh. O videoclipe que acompanha, dirigido por Bijoy Shetty, ilustra uma mensagem de trabalho em equipe e confiança na comunidade; como somos leves juntos.
"Weightless" marca o segundo lançamento da dupla, já que "Angels For Each Other" foi lançada no mês passado. A música marcou a primeira vez que Garrix cantou em sua própria faixa".

quarta-feira, 16 de abril de 2025

U2 omitiu versos na letra de "Sunday Bloody Sunday" para não colocar em risco a segurança de integrantes da banda e de suas famílias


Com 'War', Bono sentiu a necessidade de uma mudança em sua abordagem, percebendo que finalmente precisava começar a olhar para fora de si.
"Tive que enfrentar problemas que por muito tempo tive medo de enfrentar... por exemplo, o The Troubles na Irlanda. Só depois de estar longe de casa pude ver objetivamente o que exatamente estava acontecendo". 
O U2 acordou para um mundo em tumulto – as Malvinas, Beirute, Polônia, Camboja e América Central – e responderam com músicas como "Sunday Bloody Sunday" (Ulster), "Seconds" (a ameaça nuclear) e "New Year's Day" (Movimento Solidariedade). 
"Sunday Bloody Sunday" se tornou um pesadelo para o U2 devido às implicações que a letra poderia ter em suas vidas. Eles poderiam, na realidade, enfrentar um "tijolo na janela" e colocar em risco a segurança de suas famílias.
"Se eu me manifestasse contra os homens da violência, isso poderia ter afetado minha vida real. Havia versos na letra que poderiam ter causado muitos problemas para o grupo, e eles foram omitidos porque não consigo me conformar com o homem da violência. O que aconteceu na Irlanda é triste e injusto, e não há como o país ser dividido em dois. Não há como justificar isso. Mas ainda não acho que se possa justificar mudar isso pela violência, porque vocês se tornaram tão culpados quanto as pessoas contra as quais lutam".
A letra original de The Edge começava com "Don't talk to me about the rights of the IRA" (Não fale para mim sobre os direitos do IRA).

Um garoto sendo confrontado por um homem homossexual em canção de 'Boy' do U2


Em 'Boy' do U2, Bono explorou a relação entre amor e sexo com o crescimento. 
Ele explicou:

"O lado sexual de 'Boy' foi, na época, bastante revelador. As pessoas podem falar sobre sexo de forma insípida, ou sobre sadomasoquismo, roupas de couro e sexo impulsivo. Mas isso é, na verdade, muito conservador, nada radical. 
Em "Twilight", um garoto estava sendo confrontado por um homem homossexual, e eu tentava explicar na música que não era assim que estava escrito no livro.

Meu corpo cresce e cresce
Isso me assusta, sabe?
Um professor me disse por quê
Eu dou risada quando velhos choram

Ninguém percebeu que eu estava falando sobre menopausa. Era um enigma. Lembro-me de ouvir na escola sobre a mudança na vida e como pode ser angustiante para os velhos quando eles param de funcionar. Lembro-me do meu riso de nervoso... Então, desse lado de 'Boy', muitas pessoas não percebiam exatamente o quanto de mim eu estava dando".

terça-feira, 15 de abril de 2025

O motivo pelo qual o U2 pode ter estendido o título de uma canção já existente, para o lançamento de 'How To Re-Assemble An Atomic Bomb'


O site U2 Songs escreve que a canção "I Don't Wanna See You Smile" de 'How To Re-Assemble An Atomic Bomb' foi lançada anteriormente como "Smile" primeiro na coletânea digital 'The Complete U2' em 2004 pelo iTunes, e posteriormente no álbum para o fã-clube, 'Medium, Rare and Remastered'. Também foi lançada comercialmente como faixa bônus nas edições online de 'U218 Singles'.
Em 2022, enquanto promovia seu livro de memórias, Bono compartilhou que estava trabalhando em uma nova música intitulada "Smile", o que pode ser o motivo pelo qual estenderam o nome para "I Don't Wanna See You Smile" neste lançamento, caso a "Smile" mais recente seja lançada.
The Edge compartilhou que esta música era o "som da música sendo feita em tempo real". Nas notas que acompanhavam 'The Complete U2', ele afirmou: "Cada sessão de gravação do U2 produz sua cota de ideias inacabadas. Algumas, como "Smile", das sessões de 'How To Dismantle An Atomic Bomb', simplesmente chegam tarde demais".
A letra não foi escrita por Bono ou The Edge. A letra é de Simon Carmody.
Edge compartilhou que a música surgiu através de sessões que a banda chamou de "power hour". "Da forma como parte desse material surgiu, parte foi criada em uma sala juntos, nesse ritual que tínhamos, que chamávamos de power hour. Instigados inicialmente por sugestão de Danny Lanois. A banda entrava na sala por umas duas horas, duas ou três vezes por semana. Literalmente sem nenhuma agenda musical ou pensamento. Só vamos ver o que acontece, e muitas vezes saíamos depois de três ou quatro ideias diferentes sendo iniciadas, com uma delas tendo um potencial realmente interessante". 
Essas sessões power hour viram o desenvolvimento de "Country Mile", "Smile", "Happiness" e "Luckiest Man In The World".

segunda-feira, 14 de abril de 2025

"O U2 não tem medo de copiar o Joy Division, tem?"


Peter Hook tem um estilo de tocar baixo totalmente único, um som melódico e marcante que — desde que ele estreou com o lendário, mas efêmero, grupo Joy Division, e o aperfeiçoou em seu subsequente combo New Order — é um som frequentemente imitado, mas nunca igualado.
Mas ele possui outras habilidades igualmente importantes. Uma habilidade secundária, apenas tangível em conversas brilhantes e muitas vezes sarcásticas com o cara, é sua sagacidade divertida e afiada.
O senso de humor ácido de Hook o sustentou em alguns momentos turbulentos, como suas constantes rixas com o New Order, financeiras e de outros tipos, de quem se separou definitivamente em 2007.
Em uma entrevista no ano de 2022, foi dito para Peter Hook que tirando talvez Simon Gallup, do The Cure, foi basicamente ele quem aperfeiçoou aquele singular som melódico low-slung de baixo.
Peter Hook disse: "Curiosamente, porém, o Gallup conseguiu a publicação? Alguém deveria verificar, porque se as músicas foram todas escritas por Robert Smith, isso significava que ele pode ter tocado melodicamente, mas era o Robert quem lhe dizia o que fazer. Quer dizer, minha mãe, que Deus a abençoe, lembro-me de ir visitá-la um dia, e ela estava muito furiosa. E ela me disse: "Você já ouviu aquela banda, The Cure?" E eu disse: "Sim, mãe! Por quê?" E ela respondeu: "Meu Deus, eles estão te copiando!" Era "In Between Days", não era? Mas a minha mãe perceber isso? Bem, eu encaro essas coisas como um elogio. Quer dizer, o U2 não tem medo de copiar o Joy Division, tem? Então eu encaro isso como um elogio. E talvez, se eu ficar sem dinheiro, eu comece a processar todos eles. Mas está tudo bem por enquanto..."

Como Larry Mullen evita conflitos com a vizinhança


Em Killiney, Condado de Dublin, familiares de integrantes do U2 estão tentando impedir uma construtora de construir quatro casas contemporâneas nos terrenos da Montebello House, uma casa vitoriana perto da orla marítima. 
As esposas de Bono e The Edge, a empresária Ali Hewson e a coreógrafa Morleigh Steinberg, assim como o artista e amigo de infância de Bono, Guggi, apresentaram objeções aos planos para os terrenos da estrutura protegida.
No lado Norte, Larry Mullen Jr., morador de Howth, não deixa nada ao acaso quando se trata de vizinhos que querem construir suas propriedades. O baterista tem uma solução simples para o problema: comprar as casas vizinhas.
Larry já possui um amplo complexo na Claremont Road, composto por três casas. Há uma década, ele demoliu uma das propriedades, Claremont Cottage, para ter mais que o dobro do tamanho do Claremont Lodge, onde mora há mais de duas décadas.
Larry também é dono de outra casa vizinha, conhecida como Strand Lodge, que ele está reformando e disse aos planejadores que pretende usá-la como acomodação para hóspedes.
Agora, ele adicionou outra propriedade vizinha ao seu portfólio em Howth. Em dezembro, ele comprou Marino Lodge, ao lado de sua casa, por € 2,65 milhões em um negócio off-market do contador Carl Moynihan e sua esposa, a estilista de vestidos de noiva Kathy Stafford, de acordo com registros recentemente arquivados no Cartório de Registro de Imóveis.

sábado, 12 de abril de 2025

Hobby de Adam Clayton em cultivar magnólias e camélias surgiu quando ele estava gravando 'The Joshua Tree' do U2


Adam Clayton adotou três hedgehogs de Linda Martin, e os três pequenos se sentem em casa cavando os 6 hectares de jardins e bosques de Adam em sua casa em Southside.


Adam visitou o santuário de animais The Dog Hub, da vencedora do Eurovision, Linda Martin, no Condado de North Dublin, onde rapidamente adotou os três hedgehogs.
"Adam ama animais", disse Linda ao Extra.ie, "e sua filha adora hedgehogs, então agora os três pequenos estão vivendo a melhor vida possível e podem circular livremente pelos enormes jardins de Adam", disse Linda.
De fato, Adam ama tudo o que envolve a natureza, e sua casa, Danesmoate, em Rathfarnham, é um verdadeiro jardim do Éden.
Adam gosta de passear pelos extensos jardins com um regador na mão e se entregar à sua paixão pela vegetação.
Adam já havia falado sobre seu interesse por jardinagem e revelou como seu hobby de cultivar magnólias e camélias surgiu quando ele estava gravando 'The Joshua Tree' do U2.
Em entrevista ao programa Gardeners' World da BBC, o baixista explicou como frequentou um internato ao lado de Danesmoate.
Adam começou o ensino médio no St. Columba's College, em Rathfarnham, antes de se transferir para a Mount Temple, onde conheceu os outros membros do U2.
Ele disse que, enquanto estava no internato, costumava olhar para o jardim por cima do muro – e entrar "nos primeiros dias em que fumava cigarros e bebia".
Em 1986, ele retornou a Danesmoate, depois que a equipe do U2 escolheu o local para gravar 'The Joshua Tree', o álbum que catapultou a banda para o estrelato mundial.
No final da gravação, o dono disse: "Olha, se alguém da banda quiser comprar a casa... eu estaria disposto a descontar o aluguel". E eu pensei: "Ah, tem um negócio aí", lembrou Adam.
Ele acrescentou que a banda "tinha uma ideia" do sucesso que seu quinto álbum de estúdio poderia trazer. "Eu sabia que, acontecesse o que acontecesse depois de 'The Joshua Tree', eu não queria sair da minha casa e ir para a rua", disse ele ao apresentador da BBC, Adam Frost.
Adam teria comprado Danesmoate por € 380.000 em 1988, quando tinha 28 anos.
Ele disse a Frost que o jardim estava "seriamente envelhecido demais" e que havia sido "abandonado" quando assumiu o controle. Ele começou a limpar o loureiro que estava "sufocando" algumas áreas e plantou mais de 4.000 árvores, muitas das quais já têm 30 anos. Suas árvores incluem mais de 50 variedades de camélia, além de muitas magnólias e rododendros.
Os 7 hectares incluem um jardim formal e uma área arborizada. Embora tenha iniciado seu projeto de jardim há 30 anos, Adam o vê apenas como um "jardim adolescente", acrescentando que "já dá para ver como será" quando estiver maduro.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Entendendo "Elvis Ate America" de 'Original Soundtracks 1'


Do site U2 Songs

Bono foi convidado a escrever um prefácio para o livro que acompanharia a exposição 'Elvis + Marilyn: 2 X Immortal'. A exposição, que celebrava as obras de Elvis e Marilyn Monroe, foi inaugurada em Boston, no Instituto de Arte Contemporânea, em 2 de novembro de 1994, antes de uma turnê de três anos. 
Bono se recusou a escrever o prefácio, mas escreveu um poema intitulado "Elvis: American David", que foi incluído. O poema também foi a fonte da letra de "Elvis Ate America", embora a música em si tenha cortado grande parte do poema. 
O poema também foi incluído na edição de primavera de 1995 da revista Propaganda da banda (edição 22) como um pôster colorido desdobrável. Também foi produzido como um pôster em preto e branco pela White Fields Press naquele ano e apareceu na edição de junho de 1995 da revista Q (edição 105) como parte de uma matéria "O Disco que Mudou Minha Vida", com contribuição de Bono.
"Elvis Ate America" parece quase não combinar com o restante do álbum. A peça é conduzida por Howie B, que chegou ao final das sessões de Passengers para trabalhar nas mixagens do álbum. Ele havia trabalhado inicialmente com Bono em seu cover de "Hallelujah" para um álbum tributo a Leonard Cohen e, enquanto tocava na boate Kitchen, do U2, em Dublin, foi convocado para o álbum Passengers. Ele também trabalharia com a banda no álbum 'POP' e também se juntou à banda como DJ na turnê PopMart. É Howie B quem pode ser ouvido na música fazendo os vocais de "Elvis" na faixa.
Howie conta: "Foi uma loucura. Eu estava tocando não só com o U2, mas também com o Brian Eno – o cara que me deu minha carteira de motorista em termos musicais. Ele foi o cara que me fez perceber que eu faço música sem ter aberto um livro de música. Tenho muito respeito por ele, ele é jogador de críquete. Eles são uma gangue e você tem que se infiltrar nisso. Mas eles são uma gangue aberta; eles me deram muito espaço e tinham respeito por mim. Percebi que foram eles que me convidaram, então comecei a conversar".
Perguntado para Howie B sobre o álbum, se havia algo que ele gostaria de ter usado, ele compartilhou: "Talvez um falsete nos meus backing vocals em "Elvis". Para mim, a beleza daquele álbum foi que ele foi tão improvisado. Pode não soar assim, embora tenha sido. Então, para mim, é intocável. Façam a parte 2, sim!!!".
O poema de Bono, "American David", também teve vida além do álbum. Em 2002, como parte do especial de televisão 'Elvis Lives', Bono aparece no especial lendo a letra, muito parecida com a que é ouvida no álbum. É uma leitura bastante direta, exceto por um efeito de eco multivoz em alguns versos. O programa foi ao ar no Dia de Ação de Graças pela NBC na América do Norte para celebrar o lançamento de Elvis 30 #1 Hits.
Em 2009, a BBC exibiu uma apresentação de 15 minutos intitulada "Elvis By Bono" na Rádio 4. Novamente, Bono estava lendo a letra de "Elvis Ate America", mas desta vez ele acrescentou bastante à letra, e a maior parte do que foi publicado originalmente na Propaganda está incluído. 
Em 2006, Bono participou de um documentário da BBC sobre o Sun Studios, o estúdio de Memphis onde partes de 'Rattle And Hum' foram gravadas. Ao final da entrevista, ele leu o poema completo, que foi gravado, mas nunca transmitido. 
Em 2009, a BBC sobrepôs uma paisagem sonora de citações de Elvis, canções e algumas músicas originais por trás da peça composta por Chris O'Shaughnessy e a exibiu na íntegra. Ao analisar a peça, seu amigo de longa data, Neil McCormick, escreveu: "Estou acostumado a defender Bono. Já enfrentei todos os concorrentes, considerando seu talento... seu ego... seu ativismo político e caridoso... e sua música. Mas devo admitir que seu poema sobre Elvis me deixou perplexo".
Um desses versos se destaca: "Elvis transformou a América em uma igreja quando cantou "Love Me Tender"". O U2 incluiu "Love Me Tender" em sua residência no Sphere, transformando aquele pedacinho da América em uma igreja por alguns minutos. Até Priscilla Presley assistiu ao show. E por falar em igreja? A passagem de Coríntios 13 é mencionada na letra da música. Dizem que, quando Elvis estava longe de sua Bíblia, ele deixava o livro aberto naquela passagem, então era o que ele via ao pegá-lo novamente. É uma passagem sobre o amor e diz: "E agora estes três permanecem: a fé, a esperança e o amor. Mas o maior destes é o amor".

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Mathematic criando o "bebê" para o anúncio de 'U2: UV Achtung Baby Live At Sphere'


Produzido pela Moment Factory, estúdio de entretenimento multimídia de Paris, o vídeo 'U2: UV Achtung Baby Live At Sphere' anunciou a residência da banda no MSG Sphere em Las Vegas.
Troublemakers esteve envolvido na direção musical criativa, design de som e mixagem. A Mathematic de Paris foi a responsável pelos efeitos visuais do vídeo.
Um vídeo de 15 segundos foi exibido durante o Super Bowl LVII para milhões de telespectadores.
Em uma brilhante colaboração criativa envolvendo diversas equipes de talentos da Mathematics, eles projetaram e produziram os efeitos visuais para o trailer.
Aqui estão alguns trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de pré-produção, juntamente com algumas fotos do evento.











quarta-feira, 9 de abril de 2025

"Para todos aqueles que acham que o Bono tem uma cabeça grande, vejam V-U2. Nunca foi tão grande e é algo de rara beleza"


"Um dos elementos mais singulares do Sphere é o tamanho do prédio, mas mesmo assim a relação com o público ainda é íntima em muitos aspectos", afirma Adam Clayton, ao descrever a grandiosidade imersiva do local em Las Vegas. 
Como sugere Adam Clayton, apesar da escala prodigiosa do local, ele promove o engajamento pessoal.
Quem perdeu o U2:UV pode assistir ao V-U2, dirigido por Morleigh Steinberg e The Edge, o primeiro filme de show a utilizar o sistema de câmera de alta resolução desenvolvido para o Sphere. Um livro a ser lançado em breve oferecerá uma perspectiva adicional.
The Edge: "É impossível transmitir o espetáculo U2:UV em duas dimensões, mas estas duas imagens dão uma ideia do imaginário inovador que acompanhou o show do U2:UV. Ambas farão parte do álbum de fotos V-U2 Sphere. Tivemos a sorte de trabalhar com alguns artistas digitais do mais alto calibre.
A primeira imagem é de uma obra chamada 'King Size', de Marco Brambilla. É uma verdadeira viagem psicodélica, dedicada a Elvis Presley, e cada vez que assisto a esta obra, vejo algo novo. Ou será que estou apenas alucinando? 


A segunda imagem é de um artista digital irlandês chamado John Gerrard. Seu 'Flare (For U2)' é uma poderosa obra de arte digital, que ele nos permitiu usar durante "Until The End Of The World". Bela e assustadora ao mesmo tempo. É um comentário sobre a ameaça existencial que o aquecimento dos oceanos representa para as terras baixas, bem como sobre os fatores econômicos e geopolíticos que contribuem para a crise climática; verdadeiramente a ameaça mais urgente para o nosso mundo".


Adam Clayton: "Esta foto realmente captura a essência da experiência sônica de se apresentar no Sphere. Quando as pessoas pensam no Sphere, geralmente pensam no visual, mas acho que esta foto realmente captura o elemento musical de uma banda no palco e a maravilhosa experiência de show ao vivo que acontece dentro daquele prédio".


Adam Clayton: "Esta é uma imagem incrível que captura o prédio, a banda e o público juntos neste momento revolucionário para a música ao vivo. Um dos elementos mais singulares do Sphere é o tamanho do prédio, mas a relação com o público ainda parece íntima em muitos aspectos. Quando fizemos o filme V-U2, propositalmente fizemos uma tomada do público de trás do palco, o que capturou um novo ponto de vista para os fãs, e acho que esta foto faz o mesmo".


The Edge: "Trabalhar no filme imersivo V-U2 foi um verdadeiro desafio, mas também uma verdadeira emoção. Ao final, eu realmente senti que a equipe havia conseguido criar uma experiência cinematográfica imersiva e crível de um show da U2:UV. Ao final da última sessão, senti como se tivesse visto o U2 em um show pela primeira vez, e, se me permite dizer, não fomos nada mal. Embora tenhamos tentado nos manter o mais próximo possível da experiência de um show ao vivo da U2:UV, sentimos que era importante romper com essa restrição uma ou duas vezes para mostrar todo o potencial da tela Sphere. Com uma enormidade, é uma tela e tanto.
Esta imagem foi tirada daquele momento em V-U2, em que nos deliciamos com um close enorme de Bono enquanto ele canta "One". Para todos aqueles que acham que o Bono tem uma cabeça grande, venham ver o V-U2. Nunca foi tão grande e é algo de rara beleza".

terça-feira, 8 de abril de 2025

30 Anos de 'Original Soundtracks 1' - Parte 2

Do site U2 Songs

A gravadora planejava lançar o álbum como uma colaboração entre U2 e Brian Eno. No final de 1994, Edge sugeriu o nome 'Babel' para o coletivo, mas não pegou. A própria Island sugeriu um "nome de grupo" alternativo, sentindo que eles poderiam não querer comercializá-lo sob o nome U2. 
Nos últimos dias de mixagem do álbum final, que já havia sido mencionado na imprensa, Eno relata em seu diário: "Trabalhando com Cally [diretor de arte da Island] na Bron. Ele me convenceu a não usar a capa com alvo de 'Always Forever Now' e explicou que a Island estava nervosa sobre o disco confundir o perfil público do U2. Eu resisti até o fim, por dez minutos inteiros, e disse que achava que todos estavam sendo covardes". 
Mais tarde, Eno disse: "Eu vejo o ponto: ninguém quer vender coisas sob falsos pretextos – especialmente para um público que pode não estar em posição de simplesmente descartar um disco indesejado para 'experimentar'. Em vez disso, tivemos a ideia de Passengers…" 
Eno trouxe a ideia do nome do supergrupo para a banda em 11 de agosto. Naquela época, ele estava trabalhando na mixagem final da faixa bônus para o lançamento japonês do álbum. Howie B, que entrou no projeto no último mês de trabalho, compartilhou sobre o nome Passengers: "Eu me lembro de falar sobre isso, mas ele se juntou de fato com todos os diferentes artistas que contribuíram para isso, sem muito ego".
O marketing do álbum foi muito diferente do lançamento típico do U2. A campanha do álbum viu a Island alcançando espaços incomuns. "A Island está lançando uma campanha publicitária impressa pesada em revistas de arte, entretenimento e música, estilo de vida gay e alternativo e cafeterias. A gravadora também importou centenas de pôsteres grandes da divisão do Reino Unido, assinados por Eno, para distribuir em lojas de rua de música alternativa". 
Outra área de foco foram os cybercafés que estavam começando a aparecer na Europa. Outra variação do normal na época? Não houve um single lançado antes do álbum. O vice-presidente da Island, Hooman Maid, compartilhou: "Este é um álbum conceitual no verdadeiro sentido da palavra. Se você ouvir qualquer faixa sozinha, terá uma ideia errada. "Miss Sarajevo" poderia ser uma gravação do U2. Queremos que as pessoas recebam o álbum inteiro no rádio para que possam tocar várias faixas". 
As estações de rádio receberam cópias do álbum completo em 23 de outubro, e muitas começaram a tocar músicas do álbum, com muitas estações focando em "Miss Sarajevo", porque um vídeo dessa música estreou no Top Of The Pops em 21 de outubro. 
Esse vídeo apresentava apenas filmagens de Sarajevo, sem filmagens da banda. Um segundo vídeo incluindo filmagens ao vivo de Bono, Edge e Eno em show foi lançado em 28 de outubro de 1995. 
"Miss Sarajevo" foi finalmente lançada como single, para rádio em 6 de novembro de 1995, seguido por um lançamento comercial em 20 de novembro de 1995. O vice-presidente de vendas da Island Records, David Yeskel, compartilhou que a gravadora estava tendo problemas com o marketing do álbum. Os clientes estavam procurando o disco, mas não conseguiam encontrá-lo, pois as lojas o estavam arquivando em "Trilhas Sonoras" em vez do nome Passengers, ou mesmo U2. 
Em janeiro de 1996, foi lançada uma campanha para rotular as cópias de saída do álbum como "File under U2" para ajudar os varejistas a entender onde ele deveria ser exibido nas lojas.
As vendas do álbum foram menores do que as de qualquer outro disco do U2. No Reino Unido, o álbum passou 8 semanas no total nas paradas, com um pico na posição #12 na semana em que o álbum foi lançado. No Canadá, o álbum alcançou a posição #15, na Austrália, atingiu a posição #11. A Nova Zelândia foi um dos poucos países que viu o álbum ficar no Top 10, ficando na posição #9 na semana do lançamento. A parada de álbuns da Billboard 200 nos EUA viu o álbum estrear na posição #76.
A arte da capa também divergiu dos padrões usuais do U2. A capa não foi feita pelo designer do U2, Steve Averill, que trabalhou com a banda desde 'Boy'. O design da capa é baseado em um conceito de Brian Eno e Cally, e produzido por Cally. Cally era o nome de trabalho de Martin Callomon, o diretor de arte da Island Records. A imagem usada para a ilustração da capa frontal é de Teodor Rotrekl. Rotrekl foi um ilustrador e pintor tcheco, nascido em 1923, e designer de vários pôsteres de filmes, capas de livros de ficção científica e similares. A ilustração para a capa do álbum foi tirada do livro Six Days on Luna 1 (Šest dnů na Luně 1) de 1963 por Ivo Štuka, que é ilustrado por Rotrekl.
Tem havido conversas sobre um Passengers 2. Desta vez, são Bono e Edge trabalhando em um álbum "Sci-Fi Irish Folk" com Jacknife Lee, mas Brian Eno está envolvido. 
Em novembro de 2024, The Edge compartilhou: "Desde álbuns como 'October' e 'War', não olhamos realmente para a influência irlandesa. Desde então, ganhamos uma perspectiva externa e nos tornamos mais conscientes da singularidade da música irlandesa. Agora parece um novo lugar para nós irmos. Pode render um álbum do U2, um projeto paralelo como Passengers. Não estamos pensando muito sobre onde isso nos levará".

30 Anos de 'Original Soundtracks 1' - Parte 1


Do site U2 Songs

Em 13 de setembro de 1995, um press release da Island Records confirmou um novo álbum do Passengers. Quem? 
O press release: "Bono, Adam Clayton, Brian Eno, Larry Mullen Jr. e The Edge formaram um coletivo solto conhecido como Passengers. Em seu primeiro álbum, eles se juntam ao maestro do Mo'Wax Howie B., à cantora japonesa Holi e à lenda da ópera Pavarotti. Intitulado 'Original Soundtracks 1', será lançado pela Island Records em 7 de novembro de 1995". 
Este ano marca o 30º aniversário do álbum e, para comemorar, uma nova versão está sendo lançada para o Record Store Day em 12 de abril de 2025, em vinil preto reciclado. A nova versão, que será lançada no sábado, 12 de abril, é remasterizada por Scott Sedillo sob a orientação de The Edge.
O projeto Passengers levou sete semanas para ser gravado. Duas semanas de sessões iniciais aconteceram em Londres no estúdio Westside em novembro de 1994, com U2 e Eno trabalhando juntos no estúdio. A gravação foi concluída em cinco semanas em Dublin, onde a banda trabalhou em um estúdio de gravação, enquanto Howie B trabalhou em outro estúdio fazendo mixagens de faixas. Howie tinha se juntado recentemente ao projeto para essas sessões de 1995, e os vocais para Pavarotti também foram gravados durante esse tempo. No total, 25 a 40 horas de música foram gravadas.
O U2 é destaque em cada faixa, mas foi planejado desde o início para ser um projeto com U2 e Eno. O disco do Passengers foi concebido no Japão no final da turnê 'Zooropa'. O plano desde o começo era colocar Eno no comando. "Basicamente fizemos Brian capitão. É o navio dele e nos colocamos à disposição. Ao mesmo tempo, não é tão simples, porque somos uma banda com uma identidade muito forte e ideias fortes sobre o que queremos fazer – então, inevitavelmente, algumas músicas, por exemplo, apareceram, que não faziam parte do plano original", compartilhou Bono. 
Bono conclui: "Não é um disco do U2, é um disco do U2-Brian Eno, então é muito melhor". 
Adam Clayton compartilhou: "A ideia sempre foi algum tipo de colaboração, dependendo do material que saísse dela, mas nunca tivemos certeza de qual forma isso tomaria. Uma vez que pensamos nisso como uma trilha sonora, então parecia um disco que era uma colaboração entre nós cinco".
Inicialmente, o projeto começou como uma trilha sonora para um filme real, 'The Pillow Book', mas esses planos fracassaram, e Eno e o U2 decidiram seguir um caminho diferente. Eno sugeriu um álbum conceitual, mantendo a ideia de fazer música para filmes e associando cada música a um filme, alguns reais e outros imaginários. Eno forneceria vídeos que seriam reproduzidos no estúdio para inspirar os músicos e fornecer a eles algo para o score. Eno compartilhou: "Tínhamos grandes TVs no estúdio e colocávamos a animação sem som e tentávamos criar uma trilha sonora para ela". 
As animações usadas foram criadas por alunos do Royal College Of Art em Londres, onde Eno lecionava. Eles também usaram filmes reais, incluindo uma cena do ainda não lançado 'Heaven's Prisoners', o corte bruto de Wim Wenders de 'Beyond The Clouds' e o filme 'Alphaville'. 
Eno compartilhou: "No estúdio, é fácil chegar à um nível onde você está debatendo sobre as menores coisas e ficando obsessivo, e eu sugeri que fizéssemos algumas sessões de improvisação, apenas ligando a fita e tocando, então aumentamos a coisa, em vez de ficar naquela coisa menor que estávamos. Foi projetado para nos abrir um pouco, e provou ser uma boa maneira de originar música".
Em um ponto, o álbum estava sendo chamado de 'Music For Films 4'. Eno lançou três álbuns da série, 'Music For Films 1' (1978), 'Music For Films 2' (1983) e 'Music For Films III' (1988). O terceiro da série foi o primeiro a incluir outros artistas, e o projeto com o U2 poderia facilmente ter se encaixado como uma quarta entrada na série. 
Anos depois, Eno incluiria algumas faixas do Passengers em suas compilações de Film Music também. 
Outro título alternativo inicial para o projeto Passengers foi 'Always Forever Now'. No final, 14 faixas foram gravadas. Várias delas são faixas instrumentais ou com vocais limitados. Um remix de Eno da música de 1991 do U2, "Zoo Station", renomeada "Bottoms", foi incluído no lançamento japonês, e no lado b do single "Miss Sarajevo". 
Essa faixa bônus agora será incluída na edição do álbum de 2025, disponível no Record Store Day.
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